sábado, 1 de agosto de 2009

IMAGEM VULGARIZADA DA BRASILEIRA


IMAGEM VULGARIZADA DA BRASILEIRA NO EXTERIOR:RESULTADO DA REALIDADE, DA SENSUALIDADE MAL INTERPRETADA OU DO PRECONCEITO?Quem não se lembra do polêmico funk “eguinha pocotó”, recheado de versos que comparam a mulher a animais irracionais? E dos comerciais de cerveja, que misturam boas doses de sensualidade e erotismo aos anúncios publicitários para, além de vender, transformar a mulher em objeto, matéria de divertimento e de prazer masculino? A cultura ocidental contemporânea mercantilizou o erotismo e a sensualidade feminina, utilizando-se do desejo e do sonho como principais ingredientes para obtenção de lucro. Com esse objetivo, imagens eróticas e linguagem ambígua invadem todos os meios de comunicação de massa, seja através de comerciais, músicas, novelas ou na veiculação de informações. Ou seja, a exploração e a divulgação da “mulher-objeto” acontecem explicita ou implicitamente, causando a impressão de que nada poderia ser diferente. Muitos publicitários, quando criam seus anúncios, parecem não estar preocupados em informar a qualidade do produto anunciado, tamanha a exploração de posições, movimentos e ações eróticas das garotas-propaganda. Certamente, tal cenário só se estabeleceu na sociedade atual devido à grande aceitação pública e a uma grande “troca de interesses”. Se por um lado mídia e publicitários lucram com esse tipo de comportamento, por outro, é preciso que existam personagens para assumi-los, ou seja, a mulher. Todo esse contexto acabou por reverter o uso que se fazia no passado da figura da mulher. A dona de casa, mãe de família, eficiente dona do lar dá lugar à mulher objeto, sensual, tratada como “coisa”. Obviamente, o que se contesta não é a ascensão social da mulher. Mesmo porque a revolução feminista, além de necessária, foi uma conquista épica. Hoje, muitas delas estão à frente de grandes empresas, no executivo de importantes nações. Mas essas, no entanto, acabam sendo ofuscadas, uma vez que o conceito de liberdade e igualdade sexual se deturpou a ponto de se fazer imaginar que trocamos a mantenedora do lar por “mulheres preparadas”, “popozudas”, “cachorras” e tantas outras denominações que beiram à selvageria sexual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

MACACO LADRÃO PM 1