sábado, 12 de setembro de 2009

Pesadelo familiar

Pesadelo familiar
Como em tantas outras manhãs, um jovem australiano, de 16 anos, foi acordado pela mãe com um beijo e chamado para tomar café com ela e o pai. Mas, o que parecia ser mais um dia normal na casa da família, em Baulkham Hills, no leste da Austrália, acabou se transformando em pesadelo. Assim que foi até a sala, o filho perguntou sobre a gata dele, Bella, e passou a agir estranhamente. Começou a falar de forma diferente, com uma voz rouca e abafada. O rosto ficou deformado. Num momento de total descontrole, ele tentou atacar, a facadas, a mãe que estava brincando com a gata. Durante as tentativas de acertá-la com a faca, ele dizia a todo o momento a frase “vida após a morte”. E só parou com a chegada do pai, que ouviu os gritos da mulher e foi socorrê-la. Mas o esforço de impedir os ataques do garoto foi em vão: o pai acabou fatalmente ferido com várias punhaladas, uma delas no coração. Na confusão, a mãe conseguiu escapar e pedir ajuda. Os detalhes dessa história assustadora, que ocorreu em março do ano passado, fazem parte do depoimento da mãe dado à Suprema Corte de Sydney, no mês passado, num caso que chocou a Austrália. Depois do ocorrido, o adolescente, hoje com 18 anos, tentou ser inocentado do crime, justificando problemas mentais, e contou que já tinha ouvido outras vezes o que ele descreve como “a voz do diabo”. Diante das acusações, o advogado de defesa do jovem continua a sustentar a tese de problemas psiquiátricos como explicação para o crime. Ele estaria sofrendo de esquizofrenia e alucinações. No quarto do rapaz, a polícia achou desenhos, textos e livros sobre satanismo e vida após a morte.

UMA PALAVRA PODE MUDAR A SUA VIDA


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A QUEDA DA GLOBO

Clique no link abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=lNhqwkpX2Q8

Os Amantes


Os Amantes
Tenho me perguntado: Por que há tantos crentes caídos ou fracassados?
Não crêem em Jesus? Não crêem na Bíblia? Não dizem ter o Espírito Santo?
Então, por que têm vivido como sal insípido?
Jesus disse: “…se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor?” (Mt. 5.13)
Eles estão espalhados pelos quatro cantos da Terra. Não há um só lugar que tenho visitado que não encontre sal insípido!
Mas por quê???
A resposta encontrada até agora é: Porque eles nunca se casaram com o Senhor Jesus…
Aceitaram-No muitas e muitas vezes. Mas nunca, jamais se entregaram de fato e de verdade.
Sabe como são os amantes?
Eles se juntam à noite, de vez em quando, mas não se comprometem porque querem ser livres para curtir as aspirações da carne.
Assim também o fazem em relação ao Senhor Jesus. Crêem nEle e isso tem sido suficiente, prático e muuuito confortável.
Mas quando a coisa aperta, correm para a igreja. E se não acham a solução, correm para outra. E vivem assim, como passarinhos, pousando de árvore em árvore buscando resultados.
E o pior é que conhecem bem a Bíblia e ainda tentam ensiná-la aos novatos…
Mas, como sal insípidos, como lhes restaurar o sabor???
Publicado por
Bispo Edir Macedo

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Reino de Deus começa com fé e coragem.

O Reino de Deus começa com fé e coragem
Em julho de 1992, com toda a minha família, parti para a Índia. Durante um mês, procuramos iniciar o trabalho da Igreja Universal; no entanto, não obtivemos êxito. Retornamos ao Brasil e, dessa vez, parti em direção à África, deixando minha família em São Paulo. Ainda no Brasil, eu contatei um pastor, de nome Chagas, já estabelecido em Johannesburgo,
África do Sul, que se prontificou a me esperar no aeroporto.
Assim que desembarquei, nos encontramos, conversamos por alguns instantes e, logo em seguida, ele me deixou em um pequeno hotel, próximo ao aeroporto, chamado “Fórmula 1”, onde não havia restaurante, nada para comer. Andei pelas redondezas e nada encontrei. Um pequeno detalhe: eu não falava palavra alguma em inglês.No dia seguinte, o pastor Chagas retornou e me levou até uma igreja em Bez Valley, onde, até algumas semanas antes, ele fazia cultos regularmente. Após me mostrar o lugar, as condições, os bancos e o som, ele me perguntou se eu gostaria de alugar o imóvel com tudo o que estava dentro e começar imediatamente o trabalho na
África do Sul. Embora o local fosse pequeno, era bem organizado. Isso parecia um sonho para mim, pois eu havia acabado de chegar e tudo já estava pronto. Mesmo parecendo bom demais para ser verdade, aceitei imediatamente. Telefonei para o Bispo Macedo, que ficou bastante animado e prometeu-me enviar, nos próximos dias, um pastor norte-americano chamado David


Alguns dias depois, já com a família e com o pastor David, nós começamos a trabalhar. Então, descobri que o local onde a Igreja estava localizada parecia um verdadeiro deserto. Ninguém passava na rua e as pessoas, a maioria branca, não saíam de casa. Mesmo assim, começamos a evangelizar de porta em porta. Lembro de várias vezes ficarmos na porta da Igreja e, quando avistávamos uma pessoa ainda ao longe, nossa expectativa era que ela estava atendendo ao nosso convite. Porém, a maioria passava direto. Descobrimos, então, que o pastor Chagas havia desistido daquele lugar para trabalhar em La Rochelle, onde havia uma grande concentração de portugueses. Não nos abatemos. Continuamos o trabalho e, após algumas semanas, colocamos testemunhos com o endereço da Igreja em um jornal português. A partir daí, pessoas chegavam de todas as partes. Lembro-me de um domingo pela manhã quando um carro estacionou e nele estava o Dr. José Guerra e toda sua família, que, por sinal, permanecem na IURD de Maputo até hoje. Eles foram através do testemunho no jornal.
A Igreja em Bez Valley estava se desenvolvendo, já tínhamos reuniões com todos os lugares ocupados. Mas sabíamos que a África é um continente negro. Em uma ocasião, por convite do Dr. José Guerra, fomos a Maputo, em Moçambique. Era o maior cinema da cidade e lá realizamos uma Concentração de Fé para mais de 3 mil pessoas. Algo ficou marcado nessa reunião: no momento da oração, precisamos parar, pois parecia que a maioria estava manifestada com demônios. Para ajudar aquelas pessoas, só havia eu, um pastor e nossas respectivas esposas. Observei, então, que o Dr. Guerra estava gravando o culto. Imediatamente, virei para a câmera e fiz um apelo para que quem assistisse ao vídeo no Brasil fosse tocado para lutar em favor daquelas almas. O interessante é que até hoje eu encontro pastores, na época obreiros, que foram tocados e tomaram a decisão de servir a Deus naquele momento. Outro fato importante foi em relação ao dízimo. Os envelopes não foram suficientes e ninguém queria ir embora sem eles. Havia uma sede naquelas pessoas de fazer o que estava sendo ensinado.


Voltando à África do Sul, decidimos que trabalharíamos com os negros. Conversamos com o Pr. Chagas, o proprietário da nossa Igreja em Bez Valley. Falamos do nosso desejo de iniciar esse trabalho no Soweto. Para nossa surpresa, ele disse que isso seria a pior coisa que poderíamos fazer, que nem deveríamos pensar em ir para lá, o maior bairro negro do mundo. Segundo ele, tratava-se de um lugar sem lei, muito perigoso e que uma pessoa da igreja dele havia sido esfaqueada, simplesmente porque era branca. Recordo-me de que quando comentei isso com o Bispo Macedo, ouvi que estas palavras eram um grande sinal do que Deus queria fazer naquele lugar. Partimos para lá eu e o Pr. David (norte-americano, branco, louro de olhos claros). Daquele momento em diante, o Espírito Santo realmente abriu as portas. Imediatamente encontramos uma garagem de tratores e caminhões, a maior construção daquele local na época, que havia acabado de fechar. Alugamos o imóvel e, após algumas modificações, inauguramos a Igreja. O primeiro pastor foi o David, o norte-americano branco. Durante as reuniões, as pessoas admiradas alisavam os cabelos de Tody, filho dele. Aquela experiência era nova para elas: gente branca dentro do Soweto. O trabalho cresceu, as pessoas perceberam que a Igreja Universal era diferente, que estávamos ali realmente para ajudá-las e levá-las ao Reino de Deus. Hoje, no Soweto está a maior e mais bonita catedral do mundo.

O Pr. Chagas foi muito importante para o início da Igreja na África do Sul. Lembro-me de outra ocasião em que, atendendo a um convite, fomos à casa dele para um jantar. Comentamos que estávamos em negociação para alugar um imóvel em Joubert Park, no centro de Johannesburgo. Ele, que já estava na África havia muito tempo e conhecia muito bem a situação política e social, nos disse que, em breve, o país estaria em guerra e que Joubert Park era uma panela de pressão prestes a explodir. Disse também que se eu tivesse amor pela minha família, deveria fazer o mesmo que ele: arrumar tudo para ir embora. Entendi, então, que o jantar era de despedida. Dessa vez, não precisei ligar para o Bispo Macedo. Fomos em frente e inauguramos a Igreja. Esta enchia tanto que as paredes ficavam molhadas. Um dia, o Bispo Macedo, após uma reunião em uma de suas visitas à África, passou em frente a uma igreja Anglicana, que trabalhava só para os brancos, e ficou revoltado. Disse para Deus que não aceitava a multidão no calor do subsolo enquanto aquela construção em frente estava vazia. Aquilo era uma afronta para o povo de Deus. Compramos o local e construímos uma grande catedral para aproximadamente 2 mil pessoas, que hoje precisou ser demolida para a construção de uma catedral muito maior.
Bispo Gonçalves

Pais que abandonam os filhos.


PAIS QUE ABANDONAM OS FILHOS:DEMONSTRAÇÃO DE DESESPERO, DE CRUELDADE OU DE FALTA DE VOCAÇÃO FAMILIAR?Apesar de o Brasil ter conseguido baixar as taxas de mortalidade infantil, ainda é na América Latina e, especialmente no País, onde a violência contra crianças atinge os níveis mais alarmantes do globo. Anualmente, são registrados mais de 500 mil casos de maus tratos contra crianças de até 12 anos, mas acredita-se que esse número possa dobrar, levando-se em consideração que apenas uma pequena parte é denunciada. Estatísticas do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (Sipia), do Ministério da Justiça, apontam os pais como os principais autores da violência contras crianças. De todos os casos analisados anualmente, mais de 70% ocorreram dentro de casa e, depois da violação ao direito da convivência familiar, os casos mais observados são os de violência física e psicológica. Só em 2005 foram registradas 70 mil ocorrências desse tipo, o que significa uma média diária de 189 agressões por todo o País. Ainda de acordo com o mesmo estudo, de cada 150 ocorrências de maus tratos, 60% estão relacionados a crianças que vão de recém-nascidas a pré-adolescentes de até 12 anos, vítimas de estupro, exploração e abuso sexual; 48% são de etnia branca; aproximadamente 60% freqüentam escolas; 66% delas conhecem o agressor; e mais de 60% dos casos ocorreram na casa da própria vítima, tendo os pais como os autores dos abusos. Em relação aos tipos de violentação, 45% foram vítimas de estupro; 33% de atentado violento ao pudor e 7% de atentado com penetração anal. Em 55% dos casos, as denúncias partiram de um membro da própria família, e em apenas 10% dos agressores foram comprovados algum tipo de distúrbio psicológico. O abandono de crianças com menos de um ano de idade, ao invés de recuar, avançou no Brasil. De 2005 a 2008 os casos aumentaram 50%. Só na cidade do Rio de Janeiro mais de 30 bebês, ainda com o cordão umbilical, são encontrados anualmente em lixões e ruas da cidade. Para o representante da Unicef no Brasil, um dos grandes entraves para a resolução do problema é o número reduzido de denúncias. “Os familiares têm medo de levar o caso à delegacia porque temem sofrer represália. A lentidão da justiça é também um empecilho, pois até que se levantem provas concretas contra o acusado, até que sua prisão seja determinada, ele pode fazer muita coisa contra essas pessoas. O fato de o Brasil ser o líder mundial de violência contra mulheres, por exemplo, prova isso”, desabafa.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Filhos: o que mais assusta?


FILHOS:O QUE MAIS ASSUSTA OS PAIS HOJE EM DIA SÃO AS DOENÇAS, A CRIMINALIDADE OU AS MÁS COMPANHIAS?O escritor e roteirista Mário Prata, em um de seus textos mais conhecidos, intitulado “Filho é Bom, Mas Dura Muito”, faz um humorado – mas realista - alerta àqueles que desejam ser ou já são pai ou mãe. Logo na primeira linha, Prata vai logo avisando: “Aproveita agora, porque, depois que o seu filho nascer você nunca mais vai ter sossego na vida. Você nunca mais vai dormir”. E as sucessões de alertas e avisos vão se seguindo por todo o texto, passando pela fase dos “porquês”, do primeiro dia na escola, das corridas frequentes ao hospital, porque o guri se recusa a parar quieto, até chegar à fase mais temida por toda a família: a adolescência! “Aproveita agora, que ele ainda não entrou na adolescência. Pois, quando entrar, você nunca mais vai ter sossego, nunca mais vai dormir. Não se esqueça da íntima relação entre a palavra adolescência e adoecer. Não ele, mas, sim, você”. "Aproveita agora, que ele ainda não está andando em más companhias, porque você vai ter que aturar figuras saídas sabe-se lá de onde, com cabelos, brincos e tatuagens que você jamais poderia imaginar um dia conviver”. Não há dúvidas de que educar os filhos e ajudá-los a moldar o próprio caráter que os acompanhará por toda a vida não é tarefa fácil. E, segundo os psicólogos, de nada adianta ter controle total dos passos dos filhos, afinal, “educar não é sinônimo de controlar”. Os psicólogos deixam claro também que, na relação entre pais e filhos nem tudo é para ser discutido, nem tudo é para ser confessado. “A privacidade é uma necessidade de qualquer indivíduo, e com os adolescentes não há porque ser diferente”, alertam. Tal premissa é válida também para os pais que querem ter total controle sobre todos os aspectos da vida dos filhos. Muitos pais querem saber o que eles leem, o que veem na TV, sobre o que conversam na escola, ou então ficam ligando para o filho de cinco em cinco minutos para saber onde ele está e o que está fazendo. Se à primeira vista o comportamento parece exemplar, saiba que psicólogos e educadores não pensam assim. “É preciso que os pais conheçam bem os filhos não para sufocá-los ou controlá-los impetuosamente, mas sim para ensiná-los a tomar todas aquelas decisões com autonomia, inteligência e responsabilidade”. E é bom que assim seja, pois, do contrário, e como diria Mario Prata, “Aproveita e faça isso agora, antes que eles pensem em te colocar num asilo para velhinhos”.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O QUE A GLOBO FALTOU MOSTRAR DA IURD

http://www.youtube.com/watch?v=O330TvgocSU

Tática da substituição


TÁTICA DA SUBSTITUIÇÃO:CURA-SE UM AMOR COM OUTRO AMOR OU A MELHOR TÁTICA É A AÇÃO DO TEMPO?Os relacionamentos homem-mulher viraram o novo produto da sociedade moderna. Um bom exemplo disso é a contabilidade realizada por jovens enquanto se divertem na noite, a fim de verificar quantas garotas eles conseguiram “consumir”. E quando se afirma que o relacionamento se tornou mercadoria, isso nada tem a ver com a mercadoria típica do capitalismo moderno, e sim com aquela da Idade Média, comercializada à base de troca. Homens e mulheres vivem, atualmente, o cenário típico de um mercado feudal, em que a única diferença é a mercadoria comercializada: são eles próprios. Atualmente, troca-se de parceiro com a mesma frequência que um mercador da antiguidade trocava seu pacotinho de especiarias por um punhado de sal. Diante desse comportamento, que muitos rotulam de moderno, não seria exagero questionar quem sofreu maior desvalorização, se o pacotinho de sal ou se os homens e mulheres do novo século. Sabe-se que, séculos atrás, o escambo tinha propósitos bem definidos, que conduziam a economia local. A troca incansável de parceiros, nos dias de hoje, parece não ter objetivos que vão além da necessidade carnal. Quando muito, o escambo de parceiros serve como desculpa para esquecer um outro, “perdido” há poucas horas, não se sabe bem por quê. A banalização do outro e dos próprios sentimentos nada mais é que um método imediatista de que o indivíduo dispõe para saciar suas necessidades físicas de consumo carnal. Portanto, o caráter humano desses relacionamentos, que é a base de qualquer tipo de interação entre seres humanos, se dissolveu e passou a ser regido exclusivamente pelo instinto. E, convenhamos, ignorar por completo os apelos do racional e ser conduzido apenas por impulsos, de moderno, não tem nada! Aliás, nem na época das feiras de escambo, durante a Idade Média, a sociedade se mostrava tão arcaica.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vaidade em excesso



Vaidade em excesso
Por Andrea Miramontes e Guilherme Bryan redacao@folhauniversal.com.br Numa sociedade que supervaloriza a aparência física e a beleza, a busca pelo corpo considerado perfeito é uma constante na vida de milhares de pessoas que não gostam da própria imagem no espelho. A vaidade em excesso lota academias de ginástica e, às vezes, leva as pessoas a irem além, submetendo-se às mais diferentes técnicas de modificação do corpo. Segundo o jornal francês “Liberation”, o Brasil é um dos países onde mais se realizam cirurgias plásticas. Em 2008, foram 629 mil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, sendo a maior parte de cirurgias estéticas. Quando o descontentamento com o corpo chega ao extremo, ele pode ser sinal de um distúrbio psíquico denominado Transtorno da Imagem Corporal. Segundo levantamento realizado em 2005, a partir da aplicação de um questionário pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a 164 estudantes de medicina, a incidência do transtorno era maior em mulheres, 25%, do que em homens, apenas 7%. “Os transtornos de imagem mais comuns são anorexia, bulimia e vigorexia. A pessoa olha no espelho e se vê diferente. Você pede a alguém com o distúrbio, e notoriamente magro, que desenhe o próprio contorno corporal e essa pessoa se desenha gorda”, explica a psicóloga Mara Pusch, da Unifesp. A profissional acrescenta que o transtorno pode ser caracterizado por qualquer exagero na busca de uma imagem ideal, caso das cirurgias plásticas. “Hoje, a plástica está acessível para todos. Por um lado, ela ajuda a corrigir algo que incomoda. Mas, por outro lado, ela vicia. Se ela dá certo, você busca outra e acha defeito até onde não tem”, conta a miss Rio Grande do Sul 2009, Bruna Felisberto, de 22 anos, vítima de plástica mal-sucedida no nariz (veja mais no texto ao lado). Felizmente, ela percebeu o exagero e parou muito antes de ficar deformada, sensibilidade que faltou à socialite norte-americana Jocelyn Wildenstein, que teria gasto, segundo tabloides ingleses, 2 milhões de libras (R$ 6 milhões) em plásticas. O objetivo era manter o marido – que a havia trocado por uma modelo russa duas décadas mais jovem –, mas o resultado foi ela ter se tornado uma aberração. Dentre os tipos do transtorno, a vigorexia, caracterizada pelo excesso de musculação, é o que está se tornando mais frequente. “O vigoréxico se vê muito fraco e tem uma compulsão por se tornar mais forte, seja através de exercícios físicos ou do uso de drogas, como anabolizantes. Um ambiente que hipervaloriza a estrutura corporal pode deflagrar o distúrbio em quem tem tendência”, analisa Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, cardiologista e fisiologista da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SMBE). Segundo o jornal britânico “Daily Mail”, a cantora pop Madonna, de 50 anos, é uma das vítimas do transtorno. Ela dedica pelo menos 3 horas diárias à malhação. “Os músculos de Madonna não são superdimensionados com relação ao de um atleta olímpico, porém o que é incomum é o quanto harmônicos e bem-definidos eles são”, avaliou Martin MacDonald, especialista em “body composition” (composição corporal, em tradução livre) da Universidade de Loghborough, da Grã-Bretanha, à Folha Universal.A vigorexia, no entanto, é mais comum entre homens, especialmente os de 18 a 35 anos, com baixa autoestima e visão distorcida do próprio corpo. Eles costumam dedicar pelo menos 3 a 4 horas diárias à modelação física. “Os mais propensos são os homens com baixa autoestima, perfeccionistas, com tendência obsessiva-compulsiva, depressiva e de ansiedade. A saída é aceitar o seu tipo de corpo e entender que a mídia promove, frequentemente, imagens não realistas do corpo masculino”, garante o psicólogo clínico Roberto Olivardia, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Olivardia foi parceiro do psiquiatra Harrisom G. Pope, da mesma universidade, que cunhou o termo vigorexia, ou Síndrome de Adônis, em 1993, num estudo que descobriu que, de nove milhões de pessoas adeptas da musculação, um milhão poderia sofrer dessa patologia, provocando a elevação da taxa de suicídios. Outro dado do estudo foi a prevalência do transtorno em 10% dos atletas e em 84% dos fisiculturistas competidores. “O indivíduo com vigorexia se percebe com o corpo pequeno e fraco e, por isso, desiste de outras atividades importantes na vida para manter uma rotina de treinos. Conheço um rapaz que nadava de camiseta, pois achava que era muito magro e que, se fosse forte, teria felicidade. Porém, quem tem a beleza e o corpo como foco se frustra e pode ter depressão”, conta a psicóloga Juliana Accioly Gavazzoni, especialista em vigorexia e mestre em análise do comportamento pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná. Como consequência, a pessoa pode sofrer com irritabilidade, dificuldade de concentração, desinteresse sexual, fadiga persistente, perda do apetite, maior suscetibilidade a infecções e incidência de lesões musculares, além de problemas físicos nos ossos e articulações. Alguns desses sintomas se manifestaram no rapper norte-americano Eminem, que declarou estar obcecado por exercícios cardiorrespiratórios. “Os vigoréxicos apresentam comportamento de dependência de exercício com crises de abstinência quando impedidos da prática. Semelhante a outros transtornos, como bulimia e anorexia, a negação faz parte do quadro clínico. A aceitação de que apresenta o transtorno é o primeiro passo para se tratar”, garante o professor Vladimir B. Modolo, do Centro de Estudo em Psicobiologia do Exercício, da Unifesp. O efeito provocado pelos exercícios físicos para algumas pessoas pode ser tão poderoso quanto as drogas. Em agosto, pesquisadores da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, descobriram que ratos que praticavam exercícios tiveram sintomas de abstinência iguais àqueles apresentados por viciados em heroína. Outro estudo, feito pela Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos, em 2003, tinha apresentado resultado semelhante. Ainda não há pesquisas comprovando a relação com seres humanos. De qualquer forma, há especialistas que acreditam que a vigorexia deva ser cuidada com a mesma seriedade destinada aos tratamentos para dependentes químicos, uma vez que os exercícios provocam a mesma sensação de prazer e dependência.

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