sábado, 9 de outubro de 2010

Ritmo jovem


Cada estilo musical tem características próprias, que podem refletir diretamente no comportamento daqueles que o apreciam. Não é tarefa das mais difíceis identificar, no meio da multidão, o adepto do reggae, do funk, do rock, do pop, do pagode, e assim por diante. Na adolescência tal distinção ainda é mais evidente, pois é nessa fase da vida que o jovem procura se diferenciar dos demais indivíduos, principalmente dos pais, como forma inconsciente de provar sua independência comportamental e intelectual. Buscar a identidade própria, para ele, é uma questão de autoafirmação, a corroboração de sua entrada na fase adulta. A forma mais fácil e acessível para que o jovem molde sua “nova personalidade”, obviamente, é a música, dada seu aspecto abrangente de propagar ideais e ditar estilos e comportamentos. Embora praticamente todos passem por essa necessidade de autoafirmação, a música pode exercer sobre os jovens boas ou más influências, mas ainda é muito difícil dizer com precisão o porquê de alguns seguirem a tendência negativa dela e outros não. A ciência ainda não tem explicação plausível e convincente para o fenômeno. O aspecto positivo pode ser visto na liberdade de expressão proporcionada pela música, na busca pela cultura, na sociabilidade, no estímulo dado para que se desenvolva discernimento de mundo, no aumento da autoestima, etc. Do mesmo modo, alguns aspectos da influência musical podem agir de modo inverso, incitando o jovem à violência, ao machismo, ao consumo de drogas e ao menosprezo pelos valores morais. Como se vê, a influência da música sobre o indivíduo pode assumir papéis opostos, como uma faca, capaz tanto de cortar o pão quanto a jugular. Apesar de menos evidente, é de bom senso considerar também a hipótese inversa da exposta acima, ou seja, a possibilidade de o comportamento juvenil influenciar o estilo musical. Segundo essa ótica, a música passa de modeladora de comportamento para simples espelho dele. Essa é, obviamente, a forma mais eficaz de ganhar adeptos e gerar lucros para o artista. E qualidade musical, neste caso, passar a ser algo totalmente renegado a segundo plano.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Alegria do palhaço é ver o Circo pegar FOGO


“Vote Tiririca, pior do que tá não fica”. Com esse bordão, por muitos considerado um deboche explícito ao cenário político nacional, o palhaço Francisco Everardo Oliveira Silva (PR) obteve mais de 1,3 milhão de votos e se consagrou o deputado federal mais votado do Brasil. Desta forma, o número 2222 rendeu pelo menos nove cadeiras ao PR na Câmara dos Deputados. Para os cientistas políticos, a candidatura de Tiririca é uma das mais audaciosas estratégias de levar à Câmara candidatos que jamais chegariam lá se não fosse no vácuo do humorista. Durante a confusão de sua chegada à Universidade Paulista (UNIP), da Aclimação, onde ele vota, Tiririca garantiu à imprensa que sabia ler e escrever. Depois, em meio a seus seguranças, um repórter perguntou ao candidato quais eram suas propostas concretas como político. “De concreto, só o cimento”, retrucou o palhaço. O candidato disse também que só aceitou ser candidato para atender a um pedido de sua mãe. “É um sonho dela”. E finalizou o interrogatório imprevisto dizendo que, se eleito, não vai virar piada. “Não sou um ‘abestado’ igual aos outros (políticos). Sou um ‘abestado’ diferente. Sou um homem do povo, igual ao presidente Lula”, disse. Agora, o brasileiro fica na expectativa para ver quem irá para Brasília: Se o palhaço Tiririca ou Everardo. Assim como o autor do hit “Clementina de Jesus”, inúmeros outros candidatos “exóticos” disputaram uma vaga na política nacional. A maioria, no entanto, não conseguiu se eleger. É o caso, por exemplo, da Mulher Pera (PTN), que está aguardando recurso contra o veto à sua candidatura. O ex-lutador de boxe Maguila, também do PTN, conseguiu pouco mais de 2 mil votos. Um verdadeiro nocaute. Ficou de fora. O ex-jogador de futebol Vampeta (PTB) também esteve na disputa por uma vaga na Câmara, mas com pouco mais de 14 mil votos não teve a mínima chance de entrar. O mesmo aconteceu com a saladas de frutas de mulheres candidatas. E na briga por uma cadeira na Câmara teve até quem se insinuasse sexualmente para o eleitorado. Foi o que fez a atriz pornô Cameron Brazil (PTN), que não empolgou a classe masculina paulista e ficou com cerca de 9 mil votos. Já Obama Brasil (PTB), o sósia do presidente norte-americano, teve apenas 850 votos. Um fracasso. Juca Chaves também não empolgou com suas toadas e ficou de fora, assim como Magaiver (PDT), o parceiro eleitoral de Caju, Frank Aguiar (PTB), Marcelinho Carioca (PSB), Kiko do KLB (DEM) , Aguinaldo Timóteo (PR) e tantos outros que fizeram das eleições 2010 a festa da democracia brasileira, uma celebração que contou, também, com uma boa pitada da já tão conhecida anarquia nacional.

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