domingo, 26 de julho de 2009

VIDA DE AMANTE.

VIDA DE AMANTE:NA MAIORIA DOS CASOS ELAS SÃO VÍTIMAS OU PROVOCAM A SITUAÇÃO?O jornalista e escritor Olavo de Carvalho escreveu, certa vez, que “as mulheres sempre foram exploradas pelos homens”. Mais adiante, de modo convincente, o escritor mostra que essa exploração ultrapassa os limites da soberania do sexo masculino sobre o feminino e alcança níveis próximos à servidão escravagista, principalmente no que diz respeito à exploração sexual da mulher. Ao homem, por exemplo, cabe o direito de trair e desfrutar dos prazeres de suas amantes em paz. Ele é exaltado por essa atitude. Mas a mulher que age assim é duramente condenada. Que as mulheres ainda são muito mais recriminadas pelo comportamento poligâmico, é fato. Que existem homens que apenas nutrem um relacionamento para explorá-las sexualmente, também. Mas isso não significa que a traição é uma exclusividade do sexo masculino. Há estudos que indicam que as mulheres traem quase com a mesma freqüência que os homens. Mesmo assim, não importa se a atitude parta do homem ou da mulher, quem já traiu, seja motivado pela falta de amparo, pela falta de atenção por parte do companheiro ou apenar para saciar uma curiosidade ou um desejo, sabe que aquele que trai, trai primeiro a si próprio. E não há nada mais sofrível do que conviver com a mentira, mesmo porque o espelho da alma sempre devolverá a imagem da verdade, ou seja, o peso de estar defraudando a si e ao companheiro. Os estudiosos do comportamento humano já levantaram inúmeras hipóteses para explicar a traição conjugal. As mais comuns são a incompatibilidade do casal e a insatisfação sexual. Mas por que a traição no lugar do acerto de contas? Neste caso, o que parece prevalecer, de acordo com os pesquisadores, é a “lei do mínimo esforço”. Ou seja, trair é mais fácil que sentar com o parceiro e abrir o jogo, expor problemas e insatisfações. Mas como preferem tomar outro caminho, alguns casais são capazes de sacrificar a própria felicidade para sustentar a aparência do relacionamento-padrão. Definitivamente, trair não compensa. E engana-se quem imagina que apenas a pessoa traída sofrerá consequências. As seqüelas quase sempre marcam tanto o traído quanto o traidor, e não é raro que o segundo seja afetado ainda com maior intensidade e tempo. Como ensinam os terapeutas, o ato de trair pode ser comparado ao ato de se embriagar. “Depois de esgotada uma garra inteira, quem sofre com a ressaca nunca é a bebida”.

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