quarta-feira, 29 de julho de 2009

MEDO DO AVENTAL BRANCO


Medo do avental branco
Por Guilherme Bryan guilherme.bryan@folhauniversal.com.br O receio e o medo do médico fazem com que uma em cada seis pessoas sofra com o aumento da pressão arterial apenas quando está em consulta. Uma hora depois da medição com o profissional de saúde, a pressão retorna ao nível normal. Trata-se da chamada síndrome da hipertensão arterial do avental branco, referência à vestimenta habitual dos médicos. Segundo pesquisadores da Universidade de Milão, na Itália, que avaliaram mais de 1,4 mil adultos, as pessoas com a síndrome dobram, em 10 anos, as chances de terem hipertensão arterial sistêmica. Por isso, recomenda-se que aqueles que acharem que a pressão indicada pelo médico está baixa ou alta demais, repita a medição em casa, desde que saiba como fazê-lo, e realize exames periódicos. Os médicos também podem verificar as condições do paciente pela monitorização ambulatorial da pressão arterial, feita com o auxílio de um aparelho digital conectado à pessoa durante 24 horas. “Quando nos sentimos estressados ou ansiosos, é normal a liberação de adrenalina e o aumento da pressão. Porém, algumas pessoas têm esse mecanismo exacerbado diante do médico e possuem componentes genéticos desencadeadores da hipertensão, que podem ser acelerados por fatores como faixa etária e peso”, explica Fabiana Roveda, cardiologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Para prevenir, é recomendável fazer atividade física, controlar o peso, principalmente com relação à gordura abdominal, não exagerar no consumo de sal e não fumar”, indica Márcio Oliveira de Souza, professor de Educação Física das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Em 2003, ele descobriu, durante o mestrado em Educação Física pela USP, que, ao fazer exercícios em bicicleta ergométrica três vezes por semana, durante 4 meses, algumas pessoas que sofriam da hipertensão do avental branco não apresentaram variação na pressão. A conclusão foi que o exercício aeróbico reduz os riscos de desenvolvimento da pressão alta nos pacientes.

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