segunda-feira, 27 de julho de 2009

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO:TRATÁ-LOS COMO SE FOSSEM HUMANOS REVELA AFETO, CARÊNCIA OU FRUSTRAÇÃO DO DONO?Por incrível que pareça, as desigualdades sociais passaram a existir também no mundo animal. Nos Estados Unidos e no Brasil, por exemplo, enquanto o número de ‘cachorros de rua’ cresce vertiginosamente, há também cada vez mais cachorros e outros bichinhos de estimação levando uma vida de luxo e glamour. Fazer um sofisticado tratamento num spa, frequentar creches exclusivas e comprar em lojas de departamentos muito mais chiques que a dos humanos já é rotina para alguns deles. Design de moda para os animais de estimação também virou uma obrigação para qualquer grife de luxo pet que se preze. Pode parecer exagero, mas o crescimento desse mercado no mundo ocidental é incontestável. Cerca de 60% dos lares americanos têm um animal de estimação. Lá, existem 78 milhões de gatos e 65 milhões de cachorros, de acordo com uma pesquisa da American Pet Products Manufacturers Association. Só nos Estados Unidos o mercado de ‘pets’ tem movimentado algo em torno de US$ 45 bilhões. Uma das vitrines da Gucci da Quinta Avenida, em Nova York, foi inteiramente dedicada a produtos para “cachorros de luxo”. Um pacote com cama e coleira sai por US$ 165. Há casacos por US$ 150, mas já estão esgotados. Um prato para ração pode ser encontrado por US$ 900. Depois, o animalzinho endinheirado pode pegar sua limusine e ir relaxar num spa cujos quartos são equipados com hidromassagem e aparelhos de TV que exibem filmes temáticos, como “A Dama e o Vagabundo” e “101 Dálmatas”. No Brasil, um dos mercados mais promissores do globo, muitos pet shops já faturam bem mais que algumas das principais lojas de roupa para “humanos”. Em contrapartida, é assustador o número de crianças abandonadas diariamente pelas ruas desse mesmo país, crianças de que não tiveram a mesma sorte de alguns poodles ou yorkshires. Por outro lado, é crescente o contingente de crianças que não sabem o que é comer, estudar ou brincar. Muitas delas fazem das ruas da cidade seu lar. Sem escola e desprovidas das condições básicas para viver com dignidade, elas crescem à deriva do destino, se lastimando por não terem uma “vida de cão”.

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