sexta-feira, 25 de junho de 2010

TWITTER,ORKUT E BLOGS


TWITTER, ORKUT E BLOGS:O MUNDO VIRTUAL FASCINA MAIS QUE O REAL PORQUE LÁ TUDO É POSSÍVEL, TODOS SÃO IGUAIS OU NADA É PROIBIDO? Segundo pesquisas divulgadas recentemente pelo Ibope Nielsen online, o acesso à internet, no Brasil, já atinge 64,8 milhões de pessoas, que usam essa tecnologia em residências, no trabalho, nas escolas, em lan-houses, bibliotecas e telecentros. A estatística considera apenas os brasileiros de 16 anos ou mais, com posse de telefone fixo ou móvel. Já o número de residências em que há presença de computador ligado à rede mundial soma, atualmente, cerca de 40 milhões (21% da população), o que faz do Brasil, em números absolutos, o sexto maior usuário dessa tecnologia no planeta. No mundo todo, 1,2 bilhão de pessoas estão conectadas à internet. Há dez anos, elas somavam 70 milhões. Os dados são do mesmo instituto. Com relação ao tempo gasto na internet, o Brasil é líder mundial. Em média, cada brasileiro passa 22 horas mensais conectado à rede, superando com grande folga os norte-americanos e os japoneses, que ficam cerca de 18 horas mensais ligados à internet. Ainda segundo as pesquisas do Ibope, os sites mais acessados pelos internautas brasileiros são os buscadores, como o Google, e os portais de relacionamento, como o Orkut e os blogs. O site de vídeos YouTube vem logo depois. A grande novidade é o crescimento do número de acessos a sites de moda, decoração, viagens e gastronomia. A assiduidade do internauta brasileiro já faz também da língua portuguesa a sétima mais usada no mundo virtual, superando até mesmo o árabe, uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). O inglês é o idioma mais praticado na web, seguido do mandarim, falado na China, e do espanhol.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Surto no Ceará


Surto no Ceará
Desde o começo do mês, cerca de 30 alunas de 12 a 19 anos da Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa, colégio rural do distrito de Cachoeira, no município de Itatira, no Ceará, entram em transe e têm crises nervosas durante as aulas e alegam ver imagem que seria de um ex-aluno que morreu afogado há 7 anos. Elas se debatem, desmaiam e precisam ser levadas para o hospital São Francisco de Canindé, cidade vizinha. “Elas chegaram com um quadro de crise nervosa, foram medicadas e liberadas”, contou uma médica do hospital que preferiu não ser identificada. Os sintomas relatados pelas vítimas ao jornal “Diário do Nordeste” foram dores musculares, de cabeça e no peito, falta de ar, palidez, calafrio, dificuldades para caminhar, náusea, paralisia muscular, aumento nos batimentos do coração, pressão alta, desmaio, inquietação e medo de morrer. Após os ataques, alunos e professores se recusaram a voltar para a escola, que está com as aulas suspensas. Procurada pela Folha Universal, a secretaria Municipal de Educação de Itatira preferiu não se pronunciar. Uma funcionária, que não quis se identificar, disse por telefone que os esforços da secretaria estão concentrados em tentar minimizar o sofrimento e o medo das famílias. “Os jornalistas foram procurar a escola e as meninas por conta própria porque não respeitam a dor alheia”, declarou.Há 3 anos, um episódio parecido preocupou pais e professores de um internato no México. Cerca de 600 alunas começaram a se comportar de forma estranha. Sem motivos aparentes, elas gritavam, desmaiavam e relataram às autoridades sintomas parecidos aos das meninas de Itatira. Na época, o diretor de epidemiologia do Departamento de Saúde do Estado do México, Torres Meza, disse à imprensa que havia cerca de 80 casos parecidos documentados em todo o mundo e que aconteceram em comunidades fechadas, como escolas e fábricas, e entre meninas e adolescentes. “Temos um grupo formado apenas por meninas, vivendo em situação de rígido controle e disciplina que elas precisam seguir rigorosamente. Os fatores emocionais têm efeito cumulativo”, disse Meza ao jornal norte-americano “The New York Times”. Alguns jornais no Brasil chegaram a atribuir o episódio ocorrido em Itatira a um surto psicótico, o que não procede, segundo o psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas Helio Elkis: “Surto psicótico ocorre de forma individual, em pessoas que têm doenças específicas. As pessoas ouvem e enxergam coisas, mas isso não ocorre de forma coletiva.” Ele acredita que fatos como o visto entre as alunas cearenses têm características de histeria coletiva, que acontece por sugestão. “Parece algo baseado em crenças culturais. Pessoas mais suscetíveis, sugestionáveis, são levadas pelo comportamento de outras a sentir as mesmas coisas”, explica.

Direitos Esquecidos


Direitos esquecidos
Excluídas de benefícios trabalhistas, domésticas brasileiras ainda se consideram vítimas de herança da escravidão Todos os dias, Cícera da Silva, de 48 anos, acorda às 5 horas, toma café e vai para o trabalho em um trem que parte às 5h45. Ela mora na cidade de Itapevi, a 43 quilômetros da capital paulista e, para chegar nas casas em que trabalha, na zona oeste de São Paulo, utiliza dois ônibus e um trem que, quando atrasam, fazem com que ela leve até 2h50 para chegar ao serviço. “Ciça”, como é conhecida, trabalha como doméstica. Ela estudou até a segunda série do ensino fundamental e depois disso o pai achou que escola era “perda de tempo” e a levou para trabalhar na roça. Há 20 anos ela passa os dias com pilhas de louças e roupas para lavar. “Não pude ter uma profissão melhor. O trabalho é pesado e tenho muitas colegas que não são tratadas dignamente, que não podem comer a mesma comida da casa e sempre existem mais tarefas do que o combinado com o patrão. Eu não indico isso para ninguém. Minha filha não vai trabalhar em casa de família. Quero um futuro melhor para ela.” “Ciça” faz parte dos mais de 6 milhões de mulheres que exercem o trabalho doméstico no Brasil, 73% delas sem carteira de trabalho assinada, de acordo com o último estudo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Ciça” optou por não ser registrada porque diz conseguir ganhar mais como diarista, em várias casas, a R$ 70 por dia. O salário mínimo da empregada doméstica no Brasil varia em cada Estado, mas começa em R$ 511,29, no Rio Grande do Sul (veja tabela na página ao lado). “O fato de não se registrar as domésticas é herança da cultura escravagista que há no Brasil. Até hoje nunca houve investimento do Governo para orientar e até incentivar esse registro”, conta Mario Avelino, presidente da organização não-governamental (ONG) Doméstica Legal. Na entidade ele luta pela aprovação de vários projetos de lei para incentivar as contratações com carteira no setor, entre eles o que reduziria os atuais 20% pagos ao INSS, quando se registra um trabalhador doméstico, para 12%, percentual dividido entre patrão e empregado.Ele relembra ainda que, desde 2008, o Brasil faz parte de uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que proíbe atividades domésticas para menores de 18 anos. “Mas por aqui temos cerca de 410 mil trabalhadores menores. No interior do País há casos de pessoas que pegam crianças e adolescentes de pais pobres e dizem que vão levar para a cidade para estudar mas, na verdade, as crianças ou adolescentes passam a trabalhar como domésticos”, relata Avelino. Muitas nem recebem salário e trabalham por comida e moradia, como aconteceu com a hoje presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria Oliveira, de 53 anos. Ela, que tem experiência de 40 anos limpando casas de famílias, conta que começou aos 10 anos, no interior da Bahia, depois da morte do pai, quando trabalhava só para poder comer. “Antigamente era muito pior porque não tinha lei que protegesse a criança e o adolescente. Trabalhei por restos de comidas, em troca de roupas usadas. É muito sofrimento. Via os filhos da minha patroa com a minha idade brincando e indo para a escola enquanto eu estava trabalhando. Isso tudo faz com que a pessoa se sinta inferior e incapaz. Depois para recuperar essa estima é dificílimo”, descreve. Hoje ela luta por direitos iguais aos dos outros trabalhadores para a categoria que, entre outras coisas, não tem direito a multa de 40% sobre o FGTS se dispensada sem justa causa. “Queremos que se mude a Constituição, que nos exclui de alguns benefícios trabalhistas. E a patroa que não puder pagar o que é certo, que não tenha doméstica e vá para a própria cozinha fazer o trabalho”, diz. (A.M)

Tudo pelo futebol


TUDO PELO FUTEBOL:O MOVIMENTO EM TORNO DA COPA REPRESENTA UMA VÁLVULA DE ESCAPE, A TRADIÇÃO QUE NÃO PODE ACABAR OU É SÓ COMÉRCIO? O futebol brasileiro sempre foi referência no mundo. E não é para menos. Num país mergulhado em abismos sociais, assolado pela precariedade da educação, saúde e outras tantas mazelas, o brasileiro vê nesse esporte um dos raros motivos de orgulho nacional. Não há patriotismo verde-e-amrelo sem o futebol. Essa imagem romântica que o Brasil ganhou diante do mundo, e de si mesmo, se construiu principalmente até a década de 70, quando a Seleção garantiu, misturando futebol com arte e ousadia, o tricampeonato mundial. De lá para cá, no entanto, perdeu-se quase toda a arte. Pouco ou quase nada sobrou de ousadia, e o País corre o risco de o “Futebol” – o princípio de tudo - cair também em extinção. Isso porque os maiores craques brasileiros são como ouro nos tempos da colônia. Mesmo antes de serem encontrados, já têm destino certo: a garganta europeia! Foi isso o que afirmou, em outras palavras, a revista britânica The Economist: “O sucesso das exportações de jogadores brasileiros reflete a decadência doméstica. Sem gestão profissional, os clubes brasileiros não conseguem competir com os salários oferecidos pelos de outros países. Por isso mesmo, existem aos montes jogadores gabaritados que sonham em defender clubes indonésios, vietnamitas, indianos e Islandeses. Resultado: falta de público nos estádios brasileiros, enfraquecimento das marcas dos grandes clubes e a disseminação de brucutus em campo”. Diante desse mercado capitalista-esportivo, nossos jogadores de ouro mal se revelam aqui e já partem para enriquecer (e se enriquecerem) lá fora. A única diferença é que, hoje, esses “escravos da bola” suplicam para serem comercializados e não querem nem imaginar um possível ressurgimento de uma nova Princesa Isabel.

IURD Uma Palavra pode mudar a sua vida.




segunda-feira, 21 de junho de 2010

Por que sofremos de inibição?


Por que sofremos de inibição?
São várias as causas (não confundir com timidez). Podemos ser motivadas desde uma simples contração muscular, ou de um órgão qualquer que não respondeu a um estimulo habitual, ou ainda, até mesmo nos estados mentais em que mediante uma força contrária impede ou tende a impedir certas formas de expressão, especialmente aquelas que poderiam se manifestar através das idéias, ou do caráter do indivíduo. Para a Psicanálise, a inibição consiste em um confinamento inconsciente, em uma repressão de um impulso instintivo, ou de algumas de suas manifestações.

Futuro na Lona


Futuro na lona
Crianças e adolescentes trocam socos, formam gangues e consomem álcool e outras drogas sem limites. O que está acontecendo com a juventude? Brigas constantes, formação de gangues e consumo frequente de álcool e drogas fazem parte da rotina de crianças e adolescentes em todo o País. O fenômeno que assola parte da juventude brasileira é visto com preocupação por educadores e psicólogos e tem sido estudado com atenção. É difícil quantificar os diversos aspectos e sinais desta crise de valores, mas algumas pesquisas acadêmicas recentes servem de indicativo de como parte de toda uma geração vive sem rumo. A violência talvez seja um dos aspectos mais impressionantes. Na semana passada o pesquisador Rodrigo Torquato da Silva, que além de professor é morador da Rocinha, uma das maiores comunidades carentes do Rio de Janeiro e do Brasil, apresentou em uma defesa de doutorado novas reflexões sobre como o uso da força nas disputas pelo controle dos morros cariocas afeta a educação das crianças. “As comunidades têm as regras do Estado. As pessoas cumprem horários e 99,9% são trabalhadores, mas paralelo a isso têm a ameaça de outro tipo de sociabilidade, que é aquela imposta por um grupo ínfimo que consegue se impor através da força”, diz. “Nesses territórios regulados pela força, o filho nasce e, desde pequeno, é ensinado que a violência é parte de um contexto. Isso cria uma confusão na cabeça da criança”, afirma. Como professor, ele já vivenciou a situação de ter alunos ligados ao tráfico de drogas. “Como não tem garantia do Estado, a escola acaba fingindo que nada está acontecendo. Mas as demais crianças acabam reconhecendo o posicionamento deste estudante fora da escola. O aluno passa a conviver com a lógica da escola e, ao mesmo tempo, com a lógica do medo e do comando de espaços. Esse controle é um processo de educação, transmite regras e valores”, completa. Para Torquato da Silva, esta é a chave para compreender como os confrontos físicos e o consumo excessivo de álcool e drogas se espalham com tanta facilidade entre os garotos. “Os limites não são dados mais entre os adultos, que têm o papel fragilizado. Eles criam fronteiras nas quais a gente não penetra. Se um adulto falar de embriaguez, os adolescentes vão rir da cara dele. Se falar que não precisa ter medo de grupos rivais, que pode frequentar os espaços porque existe segurança, o adolescente não vai”, afirma. O problema está longe de se limitar a comunidades carentes do Rio de Janeiro. Em Jundiaí, no interior de São Paulo, por exemplo, a lógica de controle de espaços tem feito com que pré-adolescentes evitem circular em shoppings e centros comerciais “controlados” por gangues conhecidas como “famílias”, formadas por meninos e meninas que fazem pequenos assaltos e agridem quem não é da turma. “Não adianta falar nada. Eu não vou mais no shopping porque eles estão lá”, diz uma garota de 14 anos que costumava passear nos corredores com amigas. Nem a presença de seguranças do estabelecimento a tranquiliza. Os garotos e garotas podem ser realmente violentos, mesmo com pouca idade.Em Florianópolis (SC), há cerca de 1 mês, cenas de lutas entre garotos de até 11 anos foram colocadas na internet. Em ringues improvisados, os meninos eram incentivados por adolescentes de até 17 anos a trocarem socos até sangrar. Cada rival era orientado a bater até não aguentar mais e, então, desistir assumindo para uma câmera o fracasso. A derrota vinha acompanhada de humilhações e era disponibilizada na rede. Após virarem notícia em canais de televisão e jornais, os combates foram interrompidos. Hoje, porém, na página do grupo há a promessa de que, muito em breve, eles serão retomados. Alcoolismo juvenil Entre as regras próprias criadas por adolescentes está o consumo de álcool e drogas. Estudos recentes mostram que a situação nesta área é preocupante, em especial na questão do consumo de bebidas. No começo do mês, o Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), composto por doutores e mestres da Universidade Federal de São Paulo, divulgou um estudo que indica que o consumo é bastante comum entre os alunos do Ensino Médio. E não se trata de tomar uma cerveja no bar com os amigos eventualmente. Os jovens têm bebido muito. Um terço dos 5.226 estudantes ouvidos pelos pesquisadores declarou ter se embriagado com cinco ou mais doses de álcool ao menos uma vez no mês anterior; 5,4% das meninas e 7,3% dos garotos disseram fazer isso de três a cinco vezes por mês. Foram colhidos depoimentos de adolescentes de 15 a 18 anos de 37 escolas privadas de São Paulo. No final do ano, o Cebrid pretende apresentar um levantamento nacional, com escolas públicas e privadas, que deve fornecer um retrato mais amplo. “A primeira coisa que a gente percebe é que o consumo de álcool começa em casa, através de familiares. Muitas vezes essa embriaguez está associada a uma embriaguez do pai e à aceitação social do consumo do álcool. A família tem um papel muito forte na educação do adolescente”, explica a doutora em psicobiologia do Cebrid, Zila van der Meer Sanchez, uma das responsáveis pelos dados. “Além disso, tem sim a lógica do grupo. O adolescente quer pertencer a uma turma. É uma fase de definição, de se desvincular dos pais”, relata. Além de se basear no controle de espaços e formação de grupos dominantes pelo uso da força, o consumo de álcool em excesso também alimenta a violência, pois quem exagera na bebida pode ficar mais agressivo. Para a especialista do Cebrid, que além de estudar o consumo de álcool em excesso entre os jovens também escreveu uma tese de doutorado sobre a importância de práticas religiosas na recuperação de dependentes químicos, os pais precisam saber dialogar e não simplesmente impor restrições de qualquer maneira. “É preciso conversar e negociar ao impor limites. Sem oferecer alternativas de lazer, sem diálogo, sem explicar os riscos e perigos, a imposição não faz nenhum sentido para o adolescente”, afirma. “A família, a religiosidade e a informação podem ter papel importante ao se lidar com o problema”, destaca.

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