terça-feira, 28 de julho de 2009

ESTUPRADORES

ESTUPRADORES:DOENTES, CRIMINOSOS NATOS OU PRODUTO DA BANALIZAÇÃO SEXUAL?Na maioria dos países da América Latina, cerca de 50% das mulheres confessaram que a primeira relação sexual que tiveram fora forçada pelo parceiro. A proporção de mulheres que disseram ter sido vítimas de uma tentativa de abuso ou que foram forçadas por um companheiro íntimo a fazer sexo em algum momento de suas vidas é de 10,1% no Brasil (São Paulo) e chega a 46,7% no Peru (Cuzco). Essa é a conclusão a que chegou a Organização Mundial da Saúde (OMS) depois de pesquisar o comportamento sexual de diversos povos no período de 2002 até 2007. O mesmo estudo mostrou também que a violência sexual contra a mulher preocupa mais a sociedade do que o câncer ou a AIDS. Mais de 51% dos entrevistados disseram conhecer alguma mulher que já tenha sido agredida pelo companheiro, mas apenas 27% já tiveram contato com alguma vítima do vírus hiv ou do câncer de mama, por exemplo. Ainda de acordo com os relatórios, a grande maioria dos estupradores é alguém próximo da vítima, como o namorado, o marido ou um parente. Cerca de 70% das mulheres que prestaram queixa nas delegacias brasileiras disseram ter menos de 17 anos e conhecer o violentador, e em mais de 20% dos casos ele era o próprio pai ou o padrasto da vítima. Para os sociólogos, os dados levantados pela OMS são apenas a ponta de um iceberg, pois todos sabem que esse é o tipo de crime com maior “cifra negra”, ou seja, número de casos que não são denunciados, o que acaba contribuindo com a impunidade desses criminosos. “Muitas mulheres acreditam que esse seja um problema íntimo demais para ser denunciado, algo estritamente pessoal ou, então, que a violência sexual é uma fase passageira. O medo de represália por parte do parceiro também motiva essas mulheres a permanecerem em silêncio”, ensinam. Os especialistas condenam veemente esse tipo de posicionamento. Isso porque mais de 70% dos estupradores vivenciaram ou presenciaram alguma cena de violência sexual de um parente próximo quando crianças. “Se eles não foram denunciados, continuarão a fazer mais vítimas, que futuramente poderão se tornar também criminosos. Daí o ciclo se fecha e a tendência é a disseminação maciça desse tipo de comportamento que ameaça a sociedade”.

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