sexta-feira, 31 de julho de 2009

FAVELAS


FAVELAS:AINDA É POSSÍVEL SOLUCIONAR O PROBLEMA?O Brasil deverá ter mais de 55 milhões de pessoas morando em favelas até 2020, o que representará 25% da população total do País. A previsão é da Organização das Nações Unidas (ONU), feita com base no relatório de projeções demográficas, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O relatório prevê também estabilidade na taxa de crescimento das favelas brasileiras durante esse período, com avanço de 0,34% ao ano. Atualmente, 52,3 milhões de pessoas vivem em favelas, o que corresponde a aproximadamente 28% da população do Brasil. Nos Estados Unidos, o país mais rico do planeta, mais de 2 milhões de pessoas não têm casa. Outros 2,2 milhões irão perder a casa até o final deste ano, prevê a ONU. Dados do IBGE mostram também que 36,8% das cidades brasileiras divulgaram ter loteamentos irregulares, e 24,3%, lotes clandestinos, cuja ocupação não é informada à prefeitura. Embora o Brasil experimente relativa estabilidade quanto ao crescimento dessas moradias, o grande avanço das favelas - ocorrido entre 1991 e 2005, quando essa população cresceu três vezes mais que a média nacional – deixa consequências difíceis de serem reparadas, já que o equilíbrio do número dessas habitações está longe de significar problema resolvido. Mesmo que algumas favelas deixem de surgir, a ONU alerta que as crianças moradoras dessas habitações, com até cinco anos, têm até três vezes mais chances de morrer do que aquelas oriundas de famílias com melhores condições financeiras. No Brasil, das 18 milhões de crianças desta faixa etária, 7,9 milhões (44%) não têm acesso aos sistemas de saúde, mesmo não sendo moradoras de favelas. Ou seja, resolver o problema habitacional é apenas um detalhe de um gigantesco e complexo problema. “A questão não se restringe a favelas. Não basta tirar a população desses locais e colocá-la em casas de cimento. Altos níveis de concentração populacional em áreas urbanas tornam as crianças pobres vulneráveis a doenças contagiosas, como diarréia, problemas respiratórios e meningite. Ou seja, ter um lugar para morar é apenas o primeiro passo para que seja possível a resolver o foco do problema”, afirmam os elaboradores dos relatórios.

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