sábado, 29 de outubro de 2011

SEXO MADRUGADA


ADOLESCENTES BRASILEIROS TÊM INCIADO A VIDA SEXUAL CADA VEZ MAIS CEDO, POR VOLTA DOS 14 ANOS, BEM ANTES DA MÉDIA MUNDIAL, QUE FICA PRÓMIXA DOS 17,5 ANOS



PESQUISAS REALIZADAS PELA UNESCO MOSTRAM QUE OS ADOLESCENTES BRASILEIROS são os que iniciam a vida sexual mais cedo, por volta dos 14 anos, enquanto a média mundial é aos 17,5 anos. Na Europa é onde os adolescentes se inicial sexualmente mais tarde, por volta dos 17,6 anos.

NO BRASIL, A UNESCO OUVIU 16.422 ALUNOS DE 241 ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES de 13 capitais mais o Distrito Federal. Eles representam um universo de 4,658 milhões de jovens entre 10 e 24 anos. Os questionários também foram direcionados a 4.532 pais e 3.099 professores deles.

"MENINOS E MENINAS ESTÃO FAZENDO SEXO

CADA VEZ MAIS CEDO, O QUE NÃO SIGNIFICA

DIZER QUE ESTÃO FAZENDO SEXO SEGURO

OU QUE ESTEJAM PREPARADOS PARA ISSO"

EM QUASE TODAS AS CAPITAIS, MAIS DE 10% DOS ALUNOS ENTRE 10 E 14 ANOS relataram já ter tido relação sexual. A idade média em que tiveram a primeira relação varia, para meninos, de 13,9 (Cuiabá) a 14,5 anos (Florianópolis) e, para as meninas, de 15 (Porto Alegre) a 16 anos (Belém).

CONSEQUÊNCIAS

PARA A COMUNIDADE MÉDICA BRASILEIRA, esse cenário é fruto de uma nova revolução sexual, a primeira após o advento da pílula anticoncepcional, ocorrido há 40 anos. "Meninos e meninas estão iniciando a vida sexual mais cedo do que nunca, mas diferente de algumas décadas, com pessoas conhecidas, não necessariamente o namorado ou a namorada, o que não significa dizer que estão fazendo sexo seguro, nem que estejam preparados para isso".

POR ANO, MAIS DE 100 MIL GRÁVIDAS NO INÍCIO DA PUBERDADE

A PESQUISA MOSTROU TAMBÉM QUE a entre 12,2% (Florianópolis) e 36,9% (Recife) das alunas disseram já ter ficado grávida alguma vez. Pelas projeções feitas para o País, isso representa 107.076 adolescentes grávidas ainda no início da puberdade, e esse número tem se repetido anualmente.

BALADAS "PICANTES" E COM DIREITO A SWING

AS CASAS DE SWING, VOLTADAS AOS ADEPTOS DA TROCA DE CASAIS para a prática sexual, estão recebendo um novo público nas grandes cidades brasileiras: jovens entre 18 e 25 anos, curiosos em bisbilhotar a vida sexual alheia.

"NESSES AMBIENTES [cabines da casa de swing] É COMUM

ENCONTRAR UMA ÚNICA MULHER FAZENDO

SEXO COM CINCO CARAS"

(Gerente de Casa de Swing na Zona Sul de S.Paulo)

NAS CASAS MAIS PROCURADAS DE SÃO PAULO, por exemplo, há salas de cinema (onde são exibidos filmes eróticos e pornográficos) e labirintos destinados aos que procuram o "troca-troca". Mesmo quem não quer fazer sexo pode circular livremente de cabine em cabine, só para apreciar diversos casais tendo relações num mesmo quarto. "Nesses ambientes, é comum ver uma única mulher fazendo sexo com cinco homens", revela o gerente da casa, situada na Zona Sul de São Paulo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

VINGANÇA DE EX.


"INSTINTO VINGATIVO, QUE SE CONFUNDE COM O DE JUSTIÇA, É COMUM A TODO SER HUMANO", RELATAM CIENTISTAS; "ATÉ AS PESSOAS MAIS BOAZINHAS SENTEM, DE VEZ EM QUANDO, ESSA NECESSIDADE"



O DESEJO DE VINGANÇA, APESAR DE SER UMA DEMONSTRAÇÃO CLARA DO POLITICAMENTE INCORRETO, é um sentimento inerente a todos os seres humanos e, portanto, tem um fundo fisiológico. Isso é o que diz a maioria dos psicólogos. Outros, mais audaciosos, chegam a afirmar que o instinto vingativo é uma ferramenta necessária à perpetuação da espécie e necessário para a existência da vida em sociedade."Mesmo as pessoas mais boazinhas e pacíficas, de vez em quando, sentem vontade de retrucar com mais vigor, em demonstração clara de vingança e defesa de seus valores", exemplificam.

"MESMO AS PESSOAS MAIS BOAZINHAS

SENTEM VONTADE DE RETRUCAR

COM MAIS VIGOR, DE VEM EM QUANDO"

AINDA DE ACORDO COM A PSICOLOGIA MODERNA, O DESEJO DE VINGANÇA FUNCIONA feito um gatilho, acionado sempre que um estímulo externo provoca algum tipo de prejuízo a pessoa. Ou seja, a vingança está diretamente relacionada ao desejo, mesmo que inconsciente, de fazer justiça, a fim de que o prejuízo tomado seja reparado. Só assim o acometido por esse sentimento perturbador volta ao estado normal de equilíbrio emocional.

SENDO ASSIM, A GRANDE PARTE DOS PSICÓLOGOS DEFINE VINGANÇA COMO "UMA SIRENE que dispara indicando que algo está errado". Desarmá-la, portanto, passa a ser um grande desafio que, além de trazer equilíbrio, apaga um pouco os "costumes tão ancestrais" do ser humano, dos quais, definitivamente, ninguém mais precisa para viver.

O GRANDE PROBLEMA, NO ENTANTO, É QUE A VINGANÇA SURGE DA SEDE DE JUSTIÇA, MAS O CONCEITO DE JUSTIÇA NÃO É MESMO PARA TODOS. Uma situação que para alguns é apenas incômoda, para outros é motivo de consternação, ira e necessidade urgente de vingança. "Por isso, impor limites à sociedade e a si mesmo é a ordem a ser seguida. Agir de forma racional e com bom senso pode ser uma tarefa árdua para muitos, mas é também essencial para a vida em comunidade", explicam os psicólogos. É aí que entra o papel do Sistema Judiciário: padronizar as situações que caracterizam injustiça. "Através dele, tenta-se frear o instintivo vingativo e substituí-lo por algo mais universal, justo, lógico e imparcial", completam

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O amor e as redes sociais.

Relacionamentos têm sido afetados pelo mau uso das novas tecnologias


As redes sociais são atualmente uma das ferramentas mais utilizadas pelos internautas, fato confirmado por uma pesquisa realizada pela InSites Consulting, empresa europeia que apresenta dados sobre as mídias sociais. Os resultados mostram que dos 2 bilhões de usuários no mundo, metade deles está conectada às redes sociais. Criadas inicialmente com o objetivo de ligar amigos, em alguns casos o mau uso dessa ferramenta tem influenciado de forma negativa os relacionamentos afetivos.


Durante o programa Escola do Amor, o bispo Renato Cardoso falou sobre os desafios que o uso das redes sociais tem trazido às relações atuais. “Muitos, por não saber lidar com as redes sociais, estão permitindo que o relacionamento seja afetado. Com um clique ele pode acessar a página de uma ex-namorada, por exemplo, e ver as informações. Isso vai gerar curiosidade que pode afetar o relacionamento”, disse.


Outra reclamação se refere aos falsos perfis. Usuários mal-intencionados podem publicar informações, fotos, nomes e dados diferentes dos verdadeiros. “Os homens sabem que, hoje em dia, as mulheres não estão achando facilmente uma pessoa digna de se relacionar. Muitos se aproveitam disso e não há meio melhor para se aproveitar do que nas redes sociais”, afirma.


Aos casados, o bispo alerta para o uso da ferramenta. Caso um dos cônjuges desconfie do comportamento do parceiro, o ideal é ter uma conversa franca. “É necessário ter cautela em como abordar o assunto, mas é imprescindível conversar e pedir para ele não ter contato com ex-namoradas. No casamento tem de haver uma expectativa de alto nível de fidelidade e de companheirismo. Se começar a aceitar tais coisas, o nível vai baixando. É preciso cortar o mal pela raiz”, ensina.

É possível recuperar o respeito?

Agressões verbais e físicas são apontadas por especialistas como vilãs dos relacionamentos


A família é a base do desenvolvimento de uma pessoa. E o principal pilar disso é o casal. Se há desentendimentos, discussões, brigas e agressões (verbais e físicas), tudo se desestrutura, barreiras são formadas e, dificilmente, esses pilares aguentam. E quando se desestruturam, é possível superar os traumas, as marcas e restaurar o que, aparentemente, está perdido?


Para o casal Sueli da Silva, de 41 anos e Edgar Luis, de 44, passar por essas adversidades foi um dos maiores desafios. Casados há 22 anos, ela conta que mesmo antes do casamento sofria agressões do então namorado. “Na primeira vez que ele me deu um tapa, éramos namorados. Não terminei o relacionamento, porque acreditava que a situação mudaria quando casássemos”, relata.


No entanto, com o passar do tempo, as agressões entre eles se tornaram cada vez mais frequentes. “Ele chegou a cortar a minha orelha com uma faca”, relembra.


O casal, que trabalhava junto, também enfrentava problemas no ambiente profissional. “As clientes chegavam à loja e viam o meu rosto inchado, roxo, ou até mesmo ele gritando e jogando objetos em mim. Não tinha conversa, resolvíamos tudo nas brigas e, na maioria das vezes, com agressões físicas”, pontua.


A especialista em terapia de casais, Rita Dantas, explica que o diálogo é fundamental numa relação, e a falta de respeito, alerta, definha um relacionamento. “A escolha de estar juntos é de ambos. Se eles só discutem, não chegam a nenhum ponto. Não há possibilidade de duas pessoas conviverem sem que haja uma comunicação de fato”, orienta.


Rita explica ainda que se não houver uma mudança interior de ambos, é improvável que a situação do casal mude. “Nem terapia resolve o problema que a agressão traz. Realmente, é preciso haver uma mudança interior e completa de ambos para reverter essa situação”, afirma.


Corações restaurados


Sueli conta que, a convite da cunhada, chegou ao Cenáculo do Espírito Santo, entretanto, a mudança demorou a acontecer. “Eu achava que nem Deus pudesse mudar a minha vida, pois uma mulher que sofre todos os tipos de violência, como eu sofri, torna-se fria e descrente de tudo”, diz.


Com muita perseverança, Edgar, que também participava das reuniões na Igreja, começou a mudar. “Deus não só mudou a situação, como a transformou da água para o vinho. Restaurou o coração de ambos e agora somos felizes de verdade”, comemora Sueli, ao lado do marido.

Quando o cabelo cai.

Quando o cabelo cai

Calvície atinge cerca de 30% das mulheres adultas. Saiba o que fazer para prevenir queda e como tratar o problema

Ninguém deseja ficar calvo, muito menos as mulheres. Mas a calvície pode, sim, atingir o público feminino. Chamada de alopecia androgênica, esta doença atinge cerca de 30% das mulheres adultas e se apresenta em diversos estágios de evolução. O principal fator é genético, isto é, a calvície é herdada do pai ou da mãe.


No caso das mulheres, diferentemente dos homens, os cabelos não caem aos montes, mas sofrem um processo de enfraquecimento e se tornam menores, mais finos e escassos. O quadro é mais comum depois da menopausa, pois os hormônios femininos têm sua produção diminuída. O desequilíbrio hormonal está diretamente ligado à queda.


Isso porque o afinamento e o enfraquecimento dos cabelos são resultados da combinação da enzima 5-alfa-redutase com a testosterona, um hormônio mais comum nos homens, mas também presente nas mulheres. A combinação dos dois resulta no DHT (di-hidrotestosterona), que age sobre as estruturas que fixam os cabelos na cabeça, os chamados folículos pilosos.


Geralmente, para que a calvície avance, é necessário que ocorra desequilíbrio hormonal, que pode ser causado por problemas da tireoide, gravidez, menopausa, uso de anticoncepcionais e ovário policístico, por exemplo. Ao notar a queda, a mulher deve procurar um médico, que vai pedir exames e descobrir a causa da calvície.


“O principal resgate é o da autoestima. O tratamento reverte o processo e pode ser feito via oral ou com loções, dependendo do caso. Além disso, é feito o estímulo de crescimento com suplementação vitamínica e substâncias de uso local”, diz o médico dermatologista Roberto Barbosa Lima.


É importante que o tratamento seja levado à sério, sem interrupção, pois os hormônios masculinos voltam a agir e o cabelo volta a cair.


Em casos avançados, o resultado pode variar, mas há também a possibilidade de transplante. Em todos os casos, deve-se evitar alguns fatores que contribuem para a queda de cabelos, como fumo, uso excessivo do secador, escova e chapinhas.


Já o medicamento finasterida, utilizado contra queda capilar em homens, não é indicado para mulheres.

Jogo baixo e traição

Site especializado em relacionamentos adúlteros apela e faz especulações envolvendo atletas e clubes de futebol para ganhar manchetes e audiência

Da redação

redacao@folhauniversal.com.br


Como estratégia para ganhar visibilidade, um site dedicado a facilitar relacionamentos extraconjugais tem feito especulações envolvendo alguns dos principais atletas e clubes de futebol do planeta.


Os diretores da empresa, após anunciarem que trabalhariam para que o pivô Anderson Varejão, hoje no Cleveland Cavaliers, voltasse para o basquete brasileiro, e de dizerem que patrocinariam o Sevilha, clube da Espanha, agora fazem promessas envolvendo o São Paulo. Eles afirmaram que arcariam com os custos da transferência do jogador de futebol Vágner Love para a equipe brasileira, com a condição de estampar o nome e o slogan na camisa do clube. O anúncio foi feito no começo do mês. O site lidera o mercado mundial de redes sociais para a traição e acaba de iniciar negócios no Brasil. Mas, ao que tudo indica, o patrocínio para o jogador não passa de tática para atrair novos adúlteros.


“A informação sobre o Vágner Love é descabida. O São Paulo tem uma posição ética e jamais fecharia acordo com uma empresa de relacionamentos extraconjugais”, disse em entrevista ao portal “Terra” o vice-presidente de Futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes. Ele negou a possibilidade de o clube se associar com esse tipo de negócio.


O empresário do jogador, Evandro Ferreira, também disse desconhecer a negociação e classificou como “blefe” a manobra dos responsáveis pelo site. Love, assim conhecido por ter sido flagrado com uma namorada na concentração quando jogava nas categorias de base do Palmeiras, começou a carreira no futebol brasileiro e, desde 2009, joga no CSKA da Rússia, clube com o qual tem contrato até 2014. Dias após boato sobre o site de traição, ele esteve no Brasil acertando os termos de seu divórcio com Marta Love, com quem foi casado até abril.

Impotência Sexual no Casamento.


MULHER ÁRABE QUER R$ 19 MIILHÕES DE INDENIZAÇÃO POR SUPOSTO PROBLEMA DE DISFUNÇÃO SEXUAL DO EX-MARIDO; "ELE NÃO CUMPRIU AS SUAS OBRIGAÇÕES MATRIMONIAIS", DIZ


UMA MULHER DE DUBAI, NOS EMIRADOS ÁRABES, QUER O EQUIVALENTE a R$ 19 milhões de indenização do ex-marido. O motivo é um suposto problema de impotência sexual do parceiro, que teria culminado com o fim da relação. No processo, a mulher afirma que o "ex" não cumpriu as suas "obrigações matrimoniais" e não atendeu às necessidades dela, como esposa.

"ME SINTO ENGANADA"

(processante, ao descobrir o problema do marido)

"QUANDO ACONTECEU PELA PRIMEIRA VEZ [impotência] ELE ME TRATOU de forma desumana e inapropriada", afirmou a árabe ao tribunal que cuida do caso. O tratamento dispensado a ela na cama não foi detalhado pela mulher. O casal esteve junto durante 15 anos e, segunda a alega a "vítima", seu companheiro só dormiu ao lado dela mais de quatro meses depois do casamento. O distanciamento, acredita ela, seria uma forma de o seu ex-companheiro, um importante empresário de Dubai, tentar esconder o problema de disfunção erétil.

"ELE ME TRATOU DE FORMA

DESUMANA E INAPROPRIADA"

("Vítima", ao se referir ao comportamento do ex-marido quando teve problemas de disfunção erétil)

A MULHER SE QUEIXA TAMBÉM QUE, DEPOIS DO DIVÓRCIO, DESCOBRIU que o empresário era um "colecionador" de casamentos e que já havia subido ao altar com doze mulheres diferentes. Segunda a árabe, o motivo de ele ter tentado tantas vezes se casar, sem sucesso, estaria no problema de ordem sexual. "Me sinto enganada, assim como devem se sentir as outras tantas mulheres que se casaram com ele", diz a mulher. Ela alega também ter sofrido emocionalmente ao saber que poderia desistir de ser mãe.

DEPOIS DA SEPARAÇÃO, O EMPRESÁRIO ÁRABE TOMOU de volta todas as joias que havia dado à esposa como parte do dote. "Ele me quebrou não só psicologicamente, mas emocionalmente também", diz a mulher.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

(IURD Pastor Geraldo Vilhena) Quando se planta vento se colhe o que?


Todos os momentos temos que tomar decisões, e nos temos que ter o maior cuidado com estas atitudes, pois se nos plantamos um semente mal na nossa vida, com certeza absoluta vamos colher o mal (maldição) Fala o Pastor Geraldo Vilhena para os internos e famílias da Fundação Casa.


"Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna." (Gálatas 6 : 8)



Nesta cartolina um jovem interno da Fundação Casa escreveu contado as suas atitudes e o que recebeu atravez destas atitudes. (leia)
Obs nesta cartolina fotografada você clika para amplia-la


Ritual macabro

Ritual macabro

Crianças são mortas com crueldade e enterradas vivas em cerimônias religiosas em Uganda, na África. Governo e organizações internacionais tentam parar bruxos, mas ataques continuam

Allan Ssembatya tinha apenas 7 anos em 2009, quando foi sequestrado por feiticeiros para ser morto em um ritual. O episódio não é a único em Uganda, país africano onde ainda acontecem sacrifícios macabros de animais, crianças e adultos. Mas talvez seja um dos mais impressionantes pela violência do ataque e, principalmente, porque Allan sobreviveu.


Com a marca de um talho na cabeça, resultado de um golpe de facão tão fundo que rachou seu crânio, o pequeno Allan resistiu à barbaridade e tornou-se um dos símbolos das campanhas internacionais contra este tipo de ritual covarde e desumano.


O esforço para acabar com a prática envolve forças policiais locais e instituições internacionais, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), além de organizações indepententes que vêm realizando importante trabalho de documentação e divulgação de histórias como a do menino Allan. É o caso da britânica VSO, formada com o objetivo de combater a pobreza em países em desenvolvimento, e da Campanha do Jubileu, grupo cristão de defesa dos direitos humanos e contra opressão. As fotos e muitos dos relatos desta reportagem fazem parte de um relatório recente com denúncias graves feitas pelo grupo.


Mais do que noticiar, a organização Jubileu também tem ajudado vítimas como Allan. Seu pai, Hudson Kizza Semwanga, teve que vender a casa em que a família vivia para pagar o tratamento do menino. Além do talho na cabeça, ele também tem cicatrizes no pescoço e nos ombros e pode ter problemas no seu desenvolvimento por ter sido castrado no ritual. Até hoje, chora ao lembrar do episódio e acorda assustado em meio a pesadelos lembrando o que aconteceu.


Sua história resume a covardia com que os bruxos costumam agir. Allan foi sequestrado por três homens quando voltava da escola em Mukono, um vilarejo localizado a 30 quilômetros de Campala, a capital de Uganda. Após sofrer golpes profundos, ele perdeu a consciência e entrou em coma. Foi considerado morto pelos feiticeiros e deixado no meio do mato.


O menino foi encontrado horas depois por parentes e amigos em uma poça de sangue. Internado, ficou 1 mês em coma até retomar a consciência, tamanha a gravidade dos ferimentos. Até hoje sofre com as sequelas. Além de ter perdido a sensibilidade do lado esquerdo do corpo, as lesões poderão levar a mais problemas de desenvolvimento no futuro, tais como a diminuição gradual da densidade óssea e o crescimento dos seios, devido à castração.


Recuperado, ele reconheceu os três agressores: um bruxo chamado Awali, e seu irmão Abass, além de outro homem conhecido apenas como Paul. Mesmo assim, dificilmente os agressores serão punidos. Desde que o governo iniciou o combate à prática de sacrifício apenas uma pessoa foi condenada por este tipo de crime.


Falta de vontade política, medo de represálias e temor da suposta magia de tais feiticeiros estão entre os motivos que explicam a impunidade.



Não são poucos os casos de sacrifícios humanos. Nos último 5 anos, ao menos 43 crianças foram assassinadas em rituais, além de 29 adultos. Isso considerando apenas as mortes documentadas por organizações internacionais com base em dados do governo e relatos de familiares e amigos das vítimas.


Na prática, o número de crianças mortas pode ser bem maior do que o registrado. Os dados mais recentes da Unicef no país indicam que 651 crianças desapareceram entre 2006 e 2008. Muitos dos corpos utilizados em sacrifícios não são sequer encontrados.


Além de cortar e deixar as vítimas sangrando, tais feiticeiros também têm o costume de enterrá-las vivas em locais em construção como forma de garantir a prosperidade dos negócios. Em depoimento ao jornal local “Sunday Vision”, um operário de construção civil descreveu o assassinato de uma menina na obra em que estava trabalhando em 2008:


“Foi numa sexta-feira, 1h da madrugada. Como pedreiro, eu fazia turnos noturnos. Na noite em questão, minha turma foi liberada do expediente e orientada a voltar somente no dia seguinte. Eu perdi as instruções e fiquei”, conta o operário, que evita se identificar por temer represálias. “O proprietário, um homem rico, entrou dando a mão para uma criança de cerca de 7 anos, com um vestido branco e uma boneca nas mãos. Primeiramente, pensei que era a filha dele”, descreve, para narrar como a menina foi morta com o auxílio de mais dois homens.


“Um deles começou a misturar concreto. O homem rico entregou a menina para o outro, que a colocou de pé em um dos fossos. Em seguida, eles começaram a encher o fosso de concreto. A criança gritou umas três vezes e então parou. Ela foi enterrada viva”, narra. A construção, ironicamente, virou um shopping com lojas especializadas em roupas de crianças.


Mesmo sendo parte de uma tradição religiosa baseada em crenças locais, tal costume é criticado mesmo por quem defende liberdade de religião e direitos de minorias. Matar crianças em busca de recompensas como dinheiro, poder ou proteção não é algo aceitável. “Esse tipo de prática vai contra todos os padrões civilizatórios. É uma explícita violação do direito humano e de todos os direitos humanos conquistados até hoje pela humanidade”, defende Dojival Vieira, conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo.


“Práticas como estas devem ser banidas. Não sabia que isso ainda acontecia em Uganda, mas infelizmente sempre foram comuns na história da humanidade práticas que utilizam sacrifício humano. O mais chocante é que continuem existindo ainda nos dias de hoje. Isso revela o tamanho do atraso humano e espiritual da nossa sociedade. Esse atraso é compatível com a ganância e a busca pelo dinheiro a qualquer custo”, completa Vieira.



A crença no poder de tais feitiços é tão grande que, nos vilarejos pobres de Uganda, há registro de casos em que as próprias famílias entregaram crianças em troca de benefícios. Foi o que aconteceu com a pequena Evra Mudaali, morta quando tinha 3 anos, em um ritual no qual fizeram parte seus avós e tios.


No dia em que a mãe Rosemary Anyango viajou para cuidar de um parente doente e o pai Ronald Serwajjo teve que trabalhar, os avós levaram a garota a um feiticeiro. Na frente dos tios, Evra teve a orelha esquerda arrancada e a axila esquerda perfurada. Foi pelo rasgo embaixo do braço que o bruxo arrancou o coração da menina. Mais tarde, os parentes explicaram aos pais que o ritual serviria para iniciar o tio, Yudu Nakacho, na bruxaria. Com a morte, ele ganharia o poder de curar as pessoas.


“O sacrifício de crianças ganhou força porque as pessoas viraram adoradoras de dinheiro. Elas querem ficar ricas e acreditam que o sacrifício trará riqueza”, explicou o pastor Peter Sewakiryanga, em entrevista recente à rede britância “BBC”. “Há pessoas interessadas em comprar essas crianças por um bom preço. O sacrifício de crianças virou um negócio por aqui”, denuncia.


A prática é tão rotineira e fácil de ser encontrada que, na viagem que a equipe da “BBC” fez ao país, o repórter conseguiu encontrar-se com um feiticeiro. Após se apresentar como empresário interessado em fazer negócios na região, o jornalista viu uma cabra ser morta na sua frente e ouviu que, se quisesse, poderia encomendar um sacrifício humano. O vídeo em que ele registra a oferta foi entregue à polícia local. O que normalmente não costuma dar resultado.


Mesmo parentes das vítimas não têm conseguido a punição dos agressores. Tepenensi Nombogwe, avó de Steven Kironde, conta que, ao procurar ajuda após encontrar o neto decapitado e sem o esôfago no quintal de casa, recebeu uma oferta por parte da própria polícia para ficar quieta. As autoridades ofereceram o equivalente a R$ 300 para que a senhora esquecesse o caso.


O poder sobre os locais se reflete na ousadia dos feiticeiros. Sarah Nahkenyoa sentiu isso após mobilizar amigos e vizinhos na busca por seu filho Sula. Após dias tentando encontrar o garoto, a mãe foi chamada à escola. Os assassinos haviam deixado a cabeça do garoto na mesa do diretor com um recado dizendo que ele não era puro o suficiente para os rituais necessários.


Em outro caso, um bruxo conhecido como Otema atacou a criança de uma família da qual era amigo. Ao encontrar o pequeno George Mukisa, de apenas 4 anos, sozinho em casa, ele convenceu o garoto a sair com ele, oferecendo doces. “Ele me levou para o mato, me cortou e eu gritei”, conta o garoto. Sem aviso ou anestesia, Otema utilizou uma faca para castrar o menino. Hoje, além de estar sujeito aos mesmos problemas de desenvolvimento que Allan, ele ainda tem que lidar com dificuldades para urinar. Os médicos tentaram reconstruir seus genitais, mas ele depende de um tubo para conseguir fazer xixi. O ataque foi tão brutal que, ao saber o que aconteceu, seu pai desmaiou. Ambos, o pai e a mãe, abandonaram a criança após a feitiçaria. Nenhuma medida de amparo foi tomada pelo governo e hoje ele é cuidado pela avó Nakku Musana, que diz ter medo do futuro reservado para o seu neto.


A prática de magia com sacrifício de crianças está diretamente relacionada à miséria e à fragilidade institucional do país. Indicadores da Unicef apontam que, mesmo para os pequenos que não sofrem ataques de feiticeiros, a situação é crítica. Uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição no país e uma em cada dez morre antes de completar anos. Um cenário de miséria e pobreza em que superstições encontram amplo respaldo.


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