sábado, 21 de abril de 2012

CONSAGRAÇÃO DE PASTORES EM 1991 NO BRAS (VEJA)

IURD poupa milhões ao Governo. Ex-Traficante de DROGAS se converte na Igreja Universal do Reino de Deus.


Meu nome é Amauri, tenho 36 anos, Iniciei no mundo das drogas aos 11 anos, provei todos os tipo de drogas, quando me vi sem recursos para usar as drogas, comecei no mundo do tráfico de armas e munição. Permaneci envolvido no crime por 10 anos, contratava meninos de 11 anos aqueles que eram ágeis e ligeiros

Era pego para trabalhar no tráfico o processo e igual até hoje, eu não tinha nenhum sentimento mesmo colando os meninos na frente da batalha. As mães hoje, nem sequer tem o direito de enterar seus filhos, eles eliminam e somem com o corpo esquartejam e queimam. Tive vários amigos , que já morreram nas mãos dos traficantes. As drogas é um espírito maligno que fica por detrás atuando na vida, daqueles que não tem um encontro com Deus,

Fazendo que você faça coisas horríveis para que seus sonhos sejam esquecidos ou até perdidos. Hoje sou liberto, e transformado, hoje faço ao contrario levo aos jovens uma palavra de libertação, é pode ter certeza que o único caminho é o Senhor Jesus não tem meio termo.

PERGUNTAS

O que você fez para se libertar das drogas?

Quais são as maiores armadilhas para um usuário de drogas?

Qual a cena que marcou quando você estava na vida do crime?

Qual foi a maior dificuldade quando você abandonou as drogas?

Qual foi sua motivação para sair do mundo do crime?



BRASIL É O SEGUNDO MAIOR CONSUMIDOR DE CRACK, COM 1,2 MILHÃO DE DEPENDENTES; NO MUNDO TODO, ELES SÃO MAIS DE 200 MILHÕES



PAÍS GASTA MENOS DE 0,5% DO PIB PARA TRATÁ-LOS; EUROPEUS E AMERICANOS RESERVAM ATÉ 1,3% DE SEU PIB PARA O MESMO FIM

Atualmente existem mais de 200 milhões de viciados em algum tipo de droga ilícita no mundo. Só no Brasil, os dependentes do crack somam mais de 1,2 milhão de pessoas, número que coloca o país no segundo lugar no ranking mundial. Se somados os viciados em cocaína e maconha, a população brasileira de dependentes químicos pode triplicar, chegando a quase 4 milhões. No País, a idade média para o início do consumo do crack é de 13 anos. A média mundial é de 15,3 anos Os dados são do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC).

BRASIL É ADVERTIDO PELA ONU

Ainda de acordo com o UNDOC, a vice-liderança brasileira no número de dependentes químicos se deve principalmente aos investimentos abaixo da média mundial no combate às drogas. Enquanto a maioria dos países destina entre 0,5% e 1,3% do PIB no combate e tratamento ao uso de entorpecentes - número ainda considerado insuficiente pela ONU, o Brasil destina apenas 0,2% de seu PIB para o mesmo fim. Essa política de combate e prevenção adotada pelo País tem sido motivos de seguidas advertências por parte da ONU, que exige que o Brasil se enquadre na média mundial. O País se comprometeu a ajustar os investimentos, mas até o momento a promessa continua no papel.

GRAVIDEZ E DEPENDÊNCIA

Entre as grávidas brasileiras, cerca de 10% usam com frequência ou já experimentaram o crack durante a gestação, índice muito superior ao verificado em outros paises. Na década passada elas eram apenas 5%; um aumento de 100% em apenas dez anos.

RISCOS

Segundo a medicina, os recém-nascidos que foram expostos ao crack ainda na barriga da mãe apresentam logo nas primeiras 48 horas de vida alterações neurológicas e comportamentais provocadas pela exposição prolongada à droga. "Mas essas crianças não são viciadas e os danos podem ser minimizados", afirmam os médicos. Atualmente, só em Porto Alegre, por exemplo, mais de 150 bebês de mães viciadas na droga recebem assistência no Hospital Presidente Vargas.

JUVENTUDE CENSURADA



SURGIMENTO DE LEIS DE TODA ESPÉCIE, CADA VEZ MAIS DURAS E POLITICAMENTE CORRETAS, SÃO, SEGUNDO ESPECIALISTAS, UMA TÁTICA USADA PELOS ESTADOS QUE PREFEREM PUNIR A CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO



Nos últimos anos o Brasil vem assistindo à disseminação constante de novas e severas leis de âmbito nacional, o que tem aumentado consideravelmente o controle do Estado sobre a população, principalmente entre os mais jovens. Mas se para alguns tais medidas ameaçam a liberdade individual, para outros garantem a proteção coletiva.

"BOA PARTE [DA POPULAÇÃO] NÃO RESPEITA

OS LIMITES IMPOSTOS PELO BOM SENSO"

(Olavo de Carvalho, filósofo, sociólogo e jornalista)

Segundo os sociólogos, a proibição acaba sendo o modo mais efetivo de organizar uma sociedade carente de educação sólida e de senso de coletividade. "É sabido que a população brasileira conhece muito pouco sobre seus direitos e obrigações, já que grande parte dela não respeita os limites impostos pelo bom senso", diz o filósofo, sociólogo e jornalista Olavo de Carvalho. Desta forma, o surgimento de leis cada vez mais severas e polêmicas, bem como o aumento da vigilância de muitas famílias sobre os filhos, acabam sendo o reflexo daquilo que os brasileiros fizeram no passado e continuam a fazer no presente.


"A POPULAÇÃO BRASILEIRA CONHEÇE MUITO POUCO DE SEUS DIREITOS E OBRIGAÇÕES"

(Olavo de Carvalho, filósofo, sociólogo e jornalista)


Uma das leis mais polêmicas, a 577/2008, idealizada pelo então governador de São Paulo José Serra, proíbe o consumo de tabaco e seus derivados em todos os locais fechados do Estado, públicos ou privados. Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná são apenas alguns dos que também adotaram posteriormente a medida. Há indícios de que a Lei Antifumo alcançará âmbito nacional. Apesar da rigidez imposta, pesquisas mostram que mais de 80% dos fumantes se mostraram favoráveis à restrição.


"OITENTA POR CENTO DOS FUMANTES

SÃO FAVORÁVEISÀ LEI ANTIFUMO"


Pouco tempo antes do surgimento da Lei Antifumo, a Lei Seca também deu o que falar. Em vigor desde junho de 2008, determina punição a quem dirigir sob qualquer dosagem de álcool no sangue. Desta forma, um simples enxágue de boca feito com produtos à base de álcool já se torna motivo suficiente para punir o motorista. O mesmo acontece com quem degustar um bombom de licor e se sentar ao volante. A lei surgiu como tentativa de inibir os inúmeros prejuízos aos cofres públicos relacionados a acidentes de trânsito envolvendo motoristas embriagados, principalmente entre a população na faixa de 20 a 35 anos, responsável por cerca de 75% dos acidentes automotivos motivados pelo consumo de álcoo.

"PARA O ESTADO, ENCURTAR AS RÉDEAS

DO POVO SAI MUITO MAIS BARATO DO QUE EDUCÁ-LO"


Enfim, leis como a antifumo, a lei seca, os toques de recolher e outras mais ousadas e menos necessárias (a exemplo da regulamentação do tamanho do colarinho dos chopes paulistas e tantas outras) são, para muitos, uma maneira eficaz, rápida e barata de o Estado "encurtar as rédias do povo", pois suprir o déficite de conscientização e responsabilidade dos brasileiros são tarefas que despendem muito mais dedicação, boa vontade e, logicamente, investimentos.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

MÉDICOS VICIADOS E ESTRESSADOS


A CADA TRIMESTRE, MAIS DE 300 MÉDICOS PROCURAM AJUDA PARA TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA NAS CLÍNICAS DA UNIFESP



SEGUNDO O CREMESP, USO DE ENTORPECENTES NA CLASSE MÉDICA ATINGE NÍVEIS SEMELHANTES AOS DO RESTANTE DA POPULAÇÃO


Somente na capital paulista, cerca de 100 médicos assumem o papel de pacientes na Unidade de Álcool e Drogas da Universidade de São Paulo (Unifesp) para o tratamento da dependência química. Esse número, segundo pesquisadores, comprova que o diploma em medicina, em vez de proteger os profissionais da saúde, retarda o reconhecimento da dependência, o pedido de socorro e o início do tratamento.

"NÃO SOMOS SEMIDEUSES"

(Mauro Aranha, vice-presidente do Cremesp, justificando a incidência de médicos nos mundo das drogas)

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), em parceria com a Unifesp, depois de analisar os casos de médicos que chegam até a unidade para tratar o vício chegaram a conclusão de que, entre os profissionais da saúde, a incidência de uso de entorpecentes é praticamente a mesma verificada entre o restante da população.

"AS PESSOAS PRECISAM PERDOAR OS MÉDICOSELES TAMBÉM FICAM DOENTES"

(Idem)


Quando questionado sobre a estatística - a cada trimestre mais de 300 médicos e residentes são atendidos na clínica de recuperação da Unifesp -, o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Mauro Aranha, é categórico: "Não somos semideuses. As pessoas precisam perdoar os médicos, eles também ficam doentes. O caso de Sócrates, ex-jogador e líder do Corinthians, é um exemplo disso".


ÁLCOOL, MACONHA E CRACK


As substâncias mais consumidas por médicos e residentes, segunda a Unifesp, são o álcool e a maconha. Dos 308 profissionais médicos com idade média de 35 anos e em tratamento por dependência, 48,2% são dependentes do álcool e 17,8%, da maconha. Os benzodiazepínicos e os opiáceos somam 24% entre as drogas mais consumidas pela classe médica. Crack, cocaína, anfetaminas e inalantes pontuaram, juntos, 8,5% entre as drogas mais usadas.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Algumas pessoas falam que são o lixo da sociedade.(VEJA)


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http://busca.uol.com.br/imagem/?ad=on&q=pastor+geraldo+vilhena&start=0&ie=iso

É tempo de mudar o foco

Pouco conhecida, mas muito comum nos dias de hoje, a Síndrome da Visão de Computador é responsável por dores de cabeça, vista embaçada e outros danos à saúde ocular


As horas ininterruptas em frente ao computador ou à televisão podem provocar muitos problemas quando o assunto é a saúde dos olhos. Ressecamento, ardor, visão borrada, dificuldade para focalizar imagens, dor de cabeça, tremores nos músculos ao redor dos olhos e fotofobia (sensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luz) são sinais da Síndrome da Visão de Computador, distúrbio provocado pela exposição prolongada a monitores de computador e televisão.


A oftalmologista Roberta Lilian Fernandes de Sousa, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirma que o computador não é o causador da síndrome. Ele apenas a desencadeia em pessoas que já têm alguma alteração ocular devido ao extremo esforço visual necessário para a focalização das imagens durante o uso do aparelho.


"Muitas vezes estes pacientes precisam usar óculos de baixo grau e não usam. Isso acaba dificultando a focalização das imagens e colaborando para o desenvolvimento dos sintomas durante o uso do computador", destaca. "Em outros casos, os pacientes podem apresentar sintomas de olho seco, que surgem devido à diminuição do ato de piscar durante o uso deste aparelho, o que altera a lubrificação ocular normal", completa a médica.


O tratamento indicado pelos profissionais envolve tanto o uso de colírios e óculos quanto a adoção de medidas que minimizam os sintomas da síndrome. "Colírios lubrificantes devem ser usados enquanto fazemos o uso prolongado do computador. Eles aliviarão as queixas de olho ressecado e o ardor ocular", explica Roberta. Já o uso de óculos se faz necessário no alívio às dores de cabeça e turvação visual, segundo ela.


Além disso, é essencial que haja iluminação adequada, posicionamento correto da tela do computador e postura ao se sentar para trabalhar ou usar o computador em casa. A oftalmologista também ressalta que o descanso é fundamental.


"É preciso descansar de 5 a 10 minutos a cada 1 hora de trabalho e olhar para pontos distantes, para relaxar a musculatura ocular. Praticar exercícios de relaxamento e alongamento do pescoço e costas também amenizam os problemas", afirma a especialista.

terça-feira, 17 de abril de 2012

EPIDEMIA DE CRACK NO BRASIL



BRASIL É O SEGUNDO MAIOR CONSUMIDOR DE CRACK, COM 1,2 MILHÃO DE DEPENDENTES; NO MUNDO TODO, ELES SÃO MAIS DE 200 MILHÕES



PAÍS GASTA MENOS DE 0,5% DO PIB PARA TRATÁ-LOS; EUROPEUS E AMERICANOS RESERVAM ATÉ 1,3% DE SEU PIB PARA O MESMO FIM

Atualmente existem mais de 200 milhões de viciados em algum tipo de droga ilícita no mundo. Só no Brasil, os dependentes do crack somam mais de 1,2 milhão de pessoas, número que coloca o país no segundo lugar no ranking mundial. Se somados os viciados em cocaína e maconha, a população brasileira de dependentes químicos pode triplicar, chegando a quase 4 milhões. No País, a idade média para o início do consumo do crack é de 13 anos. A média mundial é de 15,3 anos Os dados são do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC).

BRASIL É ADVERTIDO PELA ONU

Ainda de acordo com o UNDOC, a vice-liderança brasileira no número de dependentes químicos se deve principalmente aos investimentos abaixo da média mundial no combate às drogas. Enquanto a maioria dos países destina entre 0,5% e 1,3% do PIB no combate e tratamento ao uso de entorpecentes - número ainda considerado insuficiente pela ONU, o Brasil destina apenas 0,2% de seu PIB para o mesmo fim. Essa política de combate e prevenção adotada pelo País tem sido motivos de seguidas advertências por parte da ONU, que exige que o Brasil se enquadre na média mundial. O País se comprometeu a ajustar os investimentos, mas até o momento a promessa continua no papel.

GRAVIDEZ E DEPENDÊNCIA

Entre as grávidas brasileiras, cerca de 10% usam com frequência ou já experimentaram o crack durante a gestação, índice muito superior ao verificado em outros paises. Na década passada elas eram apenas 5%; um aumento de 100% em apenas dez anos.

RISCOS

Segundo a medicina, os recém-nascidos que foram expostos ao crack ainda na barriga da mãe apresentam logo nas primeiras 48 horas de vida alterações neurológicas e comportamentais provocadas pela exposição prolongada à droga. "Mas essas crianças não são viciadas e os danos podem ser minimizados", afirmam os médicos. Atualmente, só em Porto Alegre, por exemplo, mais de 150 bebês de mães viciadas na droga recebem assistência no Hospital Presidente Vargas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cigarro, do glamour à maldição

Já foi chique tragar. Em 25 anos, o fumo virou vilão da saúde. Brasil proíbe cigarro com sabor. Na Austrália, nem a marca pode aparecer no maço

Considerado durante anos símbolo da elegância e do glamour, o cigarro virou nas últimas duas décadas um dos maiores inimigos da saúde pública mundial. Medidas para restringir seu uso, divulgação e comercialização se multiplicaram em muitos países, na tentativa de frear o responsável por uma das principais causas de morte evitável do planeta. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, no mês passado, a resolução que proíbe o uso de aditivos que dão sabor a produtos derivados de tabaco, como mentol, chocolate e cravo. Essa é a medida mais recente tomada pelas autoridades do País na luta contra o fumo. Se antes a indústria tabagista conseguia, numa incrível manobra de construção de imagem, associar o cigarro à sedução e ao poder, hoje a sociedade civil, profissionais da saúde e poder público unem forças para controlar e reduzir a epidemia do tabagismo.


Pelo menos um bilhão de pessoas ainda devem morrer por uso e exposição ao fumo até o final deste século, de acordo com o relatório da Fundação Mundial do Pulmão e da Sociedade Americana do Câncer. O número equivale a uma morte a cada 6 segundos. Apesar de todas as medidas restritivas tomadas no mundo, na última década as mortes pelo uso de tabaco triplicaram, chegando a 50 milhões. Somente em 2011, 6 milhões de pessoas morreram, sendo 80% delas em países pobres e em desenvolvimento. De acordo com a fundação, o cigarro e outros derivados de tabaco são responsáveis por 15% das mortes de homens em todo o mundo e 7% entre as mulheres.


Ricardo Henrique Meirelles, pneumologista da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), explica que só será possível medir os resultados positivos das leis antifumo daqui a alguns anos. "Grande parte das doenças do tabagismo é de longa duração. Demora um tempo para o viciado adoecer. São doenças de evolução lenta. O que podemos perceber de imediato é que a restrição do fumo reduziu a incidência de doenças cardiovasculares", diz. Hoje o Brasil tem cerca de 25 milhões de fumantes. Meirelles destaca que, em alguns anos, esse alto número de tabagistas ainda deve impactar negativamente nos índices de adoecimento e morte.


O administrador Rui Almeida, de 62 anos, fumante desde os 14, conseguiu deixar o vício há 4 anos. Ele lembra que há poucos anos, o cigarro era socialmente bem aceito nos lugares onde frequentava. "Eu fumava em todos os lugares. No supermercado, no banco e até no ônibus. Ninguém reclamava. Fumar era bonito, transmitia responsabilidade", recorda. A médica Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, diz que o tabaco não era visto como veneno há 30 anos e sim como estilo de vida. Segundo ela, a recente proibição do cigarro aromatizado é uma grande vitória na luta contra o fumo. "O cigarro com sabor era a porta de entrada dos jovens para o vício. O fumo tem gosto desagradável para o iniciante. Com aromatizadores, o jovem era conquistado." Uma pesquisa recente feita no Brasil em parceria om a Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que o cigarro com sabor é o preferido entre adolescentes de 13 capitais. Os jovens que escolhem esse tipo de produto fumam mais e com maior frequência que aqueles que escolhem cigarros sem aditivos. O estudo foi feito com 17.127 estudantes de 13 a 15 anos. "Um aspecto traiçoeiro da dependência é que quando você fala a um jovem que daqui a 30 anos ele ficará doente, aquilo não o atinge. É distante", diz ela.


O estudante, Emanuel Ferreira, de 20 anos, começou a fumar há 3 anos. Filho de pais fumantes, ele é de uma geração que não se recorda dos tempos em que o cigarro era liberado. "Para mim é impossível pensar que era permitido fumar dentro de avião. É estranho", conta. O pneumologista Ricardo Meirelles ressalta que a única vacina eficiente contra o cigarro é a prevenção. "Temos que continuar a fazer campanhas nas escolas e a reduzir a propaganda." O Brasil é um dos signatários da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, em vigor desde 2005, que prevê esforços contra o tabagismo no mundo. A sanção da presidente Dilma Rousseff, no final do ano passado, à lei que proíbe o fumo em locais coletivos fechados, acabando com os fumódromos, foi considerada pela OMS como um grande avanço.



Como a indústria enganou as pessoas


Até a metade do século passado não havia nenhum tipo de regulamentação para a propaganda de cigarro. De olho no crescente público, a indústria tabagista usava as mais diferentes formas para explorar os supostos "benefícios" do fumo. Parece incrível dizer isso hoje, mas muitas propagandas exibiam médicos e dentistas recomendando uma marca de cigarro. Até crianças eram usadas em anúncios, mostrando o valor familiar que o cigarro trazia e lembrando como "fumar é bom".


Além disso, a indústria tabagista era patrocinadora de eventos esportivos e artísticos, aliando à imagem do cigarro pessoas de sucesso, como atletas e estrelas do cinema, como Eva Garbo, John Wayne, Fred Astaire, Humphrey Bogart e Frank Sinatra. Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, reuniram várias peças publicitárias de época e organizaram um acervo que percorreu o mundo, mostrando o paradoxo dos anúncios tabagistas.


"Eu estou enviando Chesterfields para todos os meus amigos. Não há melhor Natal que um fumante possa ter", "Minha garganta está a salvo com Craven A. Você pode acreditar na suavidade e qualidade" e "20.679 médicos dizem que Lucky Strike não irrita a garganta" são alguns dos exemplos de mensagens usadas nos anúncios de cigarro. Segundo médicos da Stanford, a indústria fazia relatórios médicos pseudocientíficos e estudos sobre efeitos "benéficos" do cigarro, e usava dados manipulados nos anúncios como se fossem verdades. A propaganda do fumo é proibida no Brasil desde 2000, exceto em pontos de venda de cigarro. Ela é permitida através de pôsteres, painéis e cartazes, além da própria embalagem, hoje considerada o principal veículo de comunicação da indústria. Recentemente a Austrália aprovou a primeira lei do mundo que proíbe as fábricas de cigarro de colocar seus logos nas embalagens. No Brasil, a propaganda não pode estar associada a esportes, nem sugerir o consumo em práticas perigosas. Crianças não podem participar de nenhum anúncio. E é obrigatória a inserção de imagens e frases de advertência em embalagens e anúncios.


Todos contra o fumo


Conheça as ações de alguns dos 192 países signatários da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da OMS, e veja o que está sendo feito contra o cigarro em todo o mundo

domingo, 15 de abril de 2012

Exagero nada infantil


Para que o filho seja o mais forte, o mais belo ou o mais inteligente do mundo, pais ultrapassam todos os limites e colocam a saúde física e psíquica das crianças em risco

O ser humano nasce puro, mas os adultos já começam a estragar as crianças impondo desejos, forma de pensar e ideias. Os pais querem impor seu ideal e atropelam o desenvolvimento natural. Na infância, as crianças têm de brincar, sonhar, fantasiar e viver o mundo delas", analisa a psicopedagoga e psicanalista Edna Priolli, estarrecida diante da pressão absurda praticada por alguns pais, que para criar o filho mais belo ou o mais forte do planeta praticam aberrações mundo afora.


Os irmãos romenos Giuliano Stroe e Claudiu Stroe são exemplos de uma criação obsessiva. No caso deles, o pai, Iulian Stroe, ensina exaustivamente o ofício de levantar pesos desde que ambos eram bebês. Giuliano é o mais velho e, aos 5 anos, entrou para o Livro dos Recordes como a criança mais forte do mundo. Imagens de alguns treinos do garoto, que hoje tem 7 anos, estão disponíveis na internet e mostram o esforço que ele faz em cada atividade para poder exibir um corpo com os músculos bem definidos –imagem um tanto assustadora. O irmão caçula, 2 anos mais novo, segue os mesmos passos e também já exibe uma massa muscular invejável para muito marmanjo fã de academia. Mas esse tipo de atividade representa um enorme risco para a saúde dos dois no futuro.


"Não é recomendável que criança na pré-puberdade levante peso e ganhe massa muscular por uma questão hormonal. A criança não tem testosterona para fazer o crescimento muscular, não responde adequadamente e a musculação pode colocar em risco articulações, ligamentos, ossos, além de sobrecarregar o coração e causar alteração na pressão arterial", afirma o médico e fisiologista do Clube Pinheiros, de São Paulo, Paulo Zogaib. Para ele, não há uma idade ideal para a criança iniciar a prática esportiva, desde que a modalidade e as regras se adaptem a ela. "Fazer o gesto do arremesso ou do arranco, movimentos do levantamento do peso, pode ser interessante, mas não com peso: pegue um bastão de madeira, sem peso, e simule o movimento. Isso irá trabalhar a coordenação motora. Pode ser também futebol com bola pequena, vôlei com bexiga e tênis com raquete menor", orienta.


No entanto, a dica do especialista é exatamente oposta ao verificado no caso das irmãs ucranianas Varya e Barbara Akulova. O pai delas, Yuriy Akulov, foi um profissional do circo e também se dedica a fazer de suas filhas as mais fortes do mundo. Mas o ucraniano usa métodos ainda mais radicais. Enquanto na família Stroe os exercícios começaram aos 2 anos de idade, as filhas de Yuriy já levantavam pequenos sacos de arroz desde que começaram a engatinhar, segundo declaração do próprio pai ao "Discovery Channel".



A filha mais velha, Varya, que hoje tem 20 anos, também entrou para o Livro dos Recordes, na adolescência. Aos 14 anos e com 40 quilos, ela levantava o equivalente a 400 kg, o equivalente a 10 vezes seu peso. A irmã Barbara, atualmente com 12 anos, segue seus passos, e o futuro de ambas, segundo o pai, é competir no levantamento de peso. "Eu criei as minhas filhas com um propósito e esse objetivo foi traçado desde que nasceram. Minhas filhas têm objetivo na vida e concordam com isso", afirma Yuriy.


Dar um objetivo à vida e traçar metas e desafios para os filhos, como forma de supostamente contribuir na educação, também têm levado pais a situações bizarras, como a vivenciada pelo chinês He Liesheng. Durante as férias, no último mês de fevereiro, em Nova York (EUA), o empresário fez questão de deixar o filho Ho Yide, de apenas 4 anos de idade, só de cueca na rua, enquanto nevava a uma temperatura de 13 graus negativos. Nem quando o garoto foi às lágrimas e pediu um abraço, o pai cedeu. "Eu ajudo o meu filho forçando-o a desafiar limitações e superar as suas próprias expectativas. Isso foi só um presente de Ano Novo", explicou Liesheng, brincando, depois de ser questionado pelo jornal "China Daily". O pai disse que desde que Yide nasceu faz natação, caminhada e corrida, com horários rígidos. Liesheng criou tais exercícios para "fortalecer o filho", que nasceu prematuro.


O caso repercutiu negativamente na imprensa mundial e fez lembrar os métodos de Amy Chua, norte-americana descendente de chineses, autora do livro "Grito de Guerra da Mãe Tigre", em português. A publicação que já é vendida no Brasil indica que para disciplinar as crianças é permitido chamar seu filho de lixo, exigir apenas notas 10 no boletim e vitórias em competições esportivas e proibir brincadeiras. Segundo ela, essa educação rígida explica o sucesso dos chineses no cenário internacional.


Os bem-sucedidos chineses também são vistos na área esportiva. Mas o método utilizado pelos treinadores do país é questionável. Para se transformar em potência olímpica, uma obsessão desde que ganhou o direito de sediar os Jogos de Pequim, em 2008, muitas crianças passaram a treinar exaustivamente para competições como maratona, ginástica e tênis de mesa, por exemplo.


Imagens de pequenos ginastas chineses forçando o corpo ao extremo, chorando durante o treino e até sendo agredidos por técnicos chocaram o mundo. As crianças já começam uma vida competitiva nos primeiros anos de vida, passam a ser treinadas para determinada modalidade, sem que elas sequer tenham experimentado outras atividades.



Segundo Zogaib , o importante é a criança provar diversos tipos de esporte, sem nenhuma pressão. "O interessante é a criança ter vivência motora e optar pelo que mais gosta com 10 ou 12 anos. Esse ganho de aprendizado motor anterior vai ajudá-la no que escolher e ela vai ser uma atleta mais coordenada do que a que se especializou desde cedo e ficou limitada", indica o médico, que ainda alertou para o problema emocional causado pelo excesso de competição desde a infância: "O sujeito não vai suportar 20 anos competindo".


Mesmo diante de exemplos condenáveis, como dos atletas chineses e das crianças mais fortes do mundo, o fenômeno dos atletas mirins não para de crescer e a bola da vez, inclusive no Brasil, são as lutas. Prática comum na Tailândia e na Inglaterra, onde competições violentas com crianças sem proteção já foram questionadas, alguns pequenos lutadores estão sendo preparados pelos próprios pais, que, de forma irresponsável, desejam ver seus pupilos brilhando futuramente na nova febre do suposto esporte mundial, o MMA, competição brutal para especialistas em diferentes artes marciais.

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