quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Síndrome do Ninho Vazio.

Como enfrentar a solidão e a depressão depois da saída dos filhos de casa?

As pessoas podem sentir solidão por muitas razões e esta sensação está associada a vários fatores. Algumas mães se dedicam aos seus filhos e depositam todas as suas expectativas neles. Porém, quando eles saem de casa, seja porque casam, vão morar sozinhos ou com amigos, elas ficam desoladas.


Estas diferentes formas da ausência dos filhos deixam pais e mães, muitas vezes, tristes, apreensivos, solitários, depressivos e com uma sensação conhecida como Síndrome do Ninho Vazio, que é caracterizada pela dor e pelo vazio que ficou no lugar daquela pessoa de quem se cuidou a vida inteira e que, por algum motivo, partiu.


O psicólogo clínico, Cláudio Cavalcante explica que o processo de afastamento entre pais e filhos é progressivo e frequente.


“Este momento de separação entre pais e filhos pode ser vivenciado como uma forte emoção que pode se transformar em uma dor crônica”, explica.


De acordo com o especialista, o perfil das pessoas que passam pelo problema em sua maioria é de mães que se doam muito.


“Elas se apegam tanto aos filhos que têm a impressão da perda de si próprias quando eles por algum motivo saem de casa. O resultado disso pode ser doloroso, trazendo como resultados, em muitos casos, a depressão profunda e a tristeza”, explica.


“Após 30 anos, procurei minha esposa”


Normalmente quem enfrenta a Síndrome do Ninho Vazio não acredita em muitas mudanças quando tem de encarar a solidão. Buscar ocupar o tempo com algo prazeroso ou até um novo relacionamento não parecem opções viáveis.


A aposentada Terezinha Rocha, aposentada, de 57 anos, teve apenas uma filha, de quem cuidou com dedicação durante toda a vida. Após o casamento dela, sua vida mudou radicalmente.


“Neste mesmo período, João, de 63 anos, meu companheiro, foi embora, coincidindo com o casamento de minha filha. O que restou para mim foi um vazio imenso. Realmente foi um período difícil para mim”, admite.


Longe de Terezinha, João procurou seguir o seu caminho. Entre as experiências, ele conta que conheceu a Igreja Universal, onde começou a participar da Terapia do Amor. “Eu queria uma mudança nesta área de minha vida. Sabia que Deus poderia me fazer feliz. Depois de 30 anos, procurei a minha esposa para uma conversa definitiva: propus casamento e fui atendido”, conta João Rocha.


Terezinha aceitou a proposta e não esconde o amor que sente pelo marido.


“A resposta não poderia ser outra. É claro que Deus está em primeiro lugar, mas João também é muito importante para mim. Se ele tivesse ainda mais idade, eu me casaria com ele da mesma forma”, garante.


Casados há apenas dois meses, João declara detalhes do relacionamento. “Hoje temos diálogo e cumplicidade. Eu a amo muito mais do que antes. Depois de Deus, ela é tudo para mim”, conclui.

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