sexta-feira, 24 de julho de 2009

Crianças querem comprar




Crianças querem comprarCrianças entre 5 e 10 anos, sentadas no chão, são indagadas sobre o que mais gostam de fazer. “Aqui está escrito comprar, e aqui brincar”, diz a entrevistadora, mostrando dois pedaços de papel. Na sequência, pede que elas coloquem as mãos sobre o que preferem. A maioria, sem hesitar, deposita a mãozinha sobre o “comprar”. Apenas duas delas optam por “brincar”. Surpresa diante da reação dos demais, uma menina pergunta: “Ninguém gosta de brincar?” Essa é uma das cenas do documentário “Criança, a Alma do Negócio”, dirigido pela publicitária e cineasta Estela Renner, mãe de três crianças entre 2 e 7 anos. Por que decidiu fazer o filme? Para conscientizar a todos sobre o que está em jogo nesta batalha comercial, que é o bem-estar da criança. Infelizmente, a publicidade de hoje não apenas fala diretamente com a criança para vender produtos infantis, mas também para vender produtos para os adultos. Tudo é anunciado diretamente para a criança, que tem um poder de persuasão sobre os pais muito maior do que os comerciais. Como o mercado captou isto, usa as crianças, pois sabe que elas são como mensageiras. O filme retrata, por meio de depoimentos e várias situações, as consequências dos excessos da propaganda dirigida às crianças. Há alguma saída para minimizar esse impacto sobre as crianças? Muitas empresas já perceberam que aquelas que não enterrarem este tipo de publicidade junto com a de cigarro vão ficar para trás. Tenho sido convidada por empresas e agências mais conscientes para mostrar o filme, dar palestras e participar de debates. A culpa por esse consumismo infantil não seria dos pais ou responsáveis? No meu ponto de vista, os pais devem insistir na construção dos valores dos filhos e mostrar, de todas as formas, que o “ser” é mais importante do que o “ter”. Infelizmente, a propaganda diz o inverso o tempo inteiro. Por isso, os pais devem redobrar a atenção. Esse consumismo atinge todas as classes sociais? É uma batalha que não vê classe social. Um dia, recebi uma carta de uma senhora que se dizia de uma classe social privilegiada e havia assistido ao meu documentário. Na ocasião, ela relatou: “É cruel ver minhas netas buscando no ‘ter’ a resposta para as suas angústias, e as crianças da favela culpando o ‘não ter’ pelas suas angústias”, disse. Computador, celular e outros eletrônicos são sonhos de consumo de muitas crianças. Seus filhos têm? Eu ainda não dei para os meus filhos. Eles são atarefados o bastante, e não acredito que precisem de mais ocupações. Entretanto, quando der, colocarei limites. Percebo nos pais de hoje um medo muito grande de dizer “não” para os filhos. Digo “não” para os meus sempre que acho prudente, e nem por isso acredito que me amem menos. É claro que sofrem diante da negativa de algo que desejam, mas, ao mesmo tempo, amadurecem. Se tudo fosse “sim”, eles estariam sendo criados num mundo irreal.



Projeto UNIVERSAL na Fundação CASA





















Ação social na FUNDAÇÂO CASA (ANTIGA FEBEM)IURD ajuda na ressocialização de menores da Fundação CasaAgência Unipress InternacionalSÃO PAULO - Voluntários da Igreja Universal do Reino de Deus de todo o Brasil visitam, diariamente, unidades da Fundação Casa. Em São Paulo, cerca de 150 pessoas acompanham o pastor Geraldo Vilhena, – responsável pelo trabalho no Estado – nas reuniões realizadas nos locais. Segundo dados da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência (SEDH/PR), no Brasil, o número de menores infratores que cumpre pena aumentou em 28%, entre 2002 e 2006. Em média, há nove adolescentes em regime de internação para cada um em regime semi-aberto. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os Estados com maior execução para este regime. Com o objetivo de ajudar na reintegração desses jovens na sociedade, há sete anos a IURD conta com a ajuda de voluntários de todas as áreas para a realização do trabalho espiritual. Durante os encontros, os internos recebem uma palavra de fé e de esperança. “Nós oramos para que eles sejam libertos dos problemas espirituais e possam receber a presença de Deus”, diz o pastor Geraldo. Semanalmente, são distribuídos cerca de três mil exemplares da Folha Universal e mensalmente mil livros e duas mil revistas Plenitude, para que os adolescentes possam conhecer, de uma forma diversificada, a Palavra de Deus. O grupo também organiza palestras sobre saúde da mulher – nas unidades femininas –, higiene e educação, além de oferecer doações e amparo aos familiares dos internos. No mês passado, cerca de 200 famílias do Complexo do Brás receberam lanches, roupas, calçados e brinquedos. “Durantes esses eventos, procuramos conscientizar todos sobre a importância de resgatar os valores da família, da formação da criança e do adolescente para a nossa sociedade”, explicou o pastor, acrescentando uma palavra de fé aos que estão sofrendo por terem algum parente sendo escravizado pelo mundo do crime: “Disse o Senhor que se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”, finalizou.

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