sexta-feira, 24 de julho de 2009

A BELEZA TRAZ DINHEIRO OU DINHEIRO TRAZ BELEZA?

QUAL AFIRMAÇÃO CONDIZ MAIS COM A REALIDADE:A BELEZA TRAZ DINHEIRO OU DINHEIRO TRAZ BELEZA?O conceito de beleza não é algo estático, imutável. Longe disso, o belo varia de tempos em tempos e, a cada novo padrão estabelecido, trava-se uma guerra quase doentia para conquistá-lo. Durante a Renascença, por exemplo, a beleza estava diretamente associada ao que hoje é rejeitado, ou seja, às formas roliças e volumosas. A mulher que deixava à mostra o tecido adiposo transbordar era objeto de desejo e devoção. Nas artes, Renoir retratou a beleza feminina ao pintar mulheres gordas deitadas na relva. Monet é outro bom exemplo de exaltação àquilo que, hoje, deixou de ser belo e virou até motivo de chacota. Sua obra está recheada de mulheres ‘arrojadas fisicamente’. Não importa qual seja o modelo de beleza exigido por uma época, a regra pede estar sempre adaptado a ele. O jogo é assim, desde os antecedentes renascentistas, e assim continuará a ser. Hoje, no entanto, com as novas tecnologias e a ascensão do mercado de cosméticos, alcançar o padrão de beleza exige apenas um pouco de disposição e a um bocado de dinheiro. Algumas clínicas de estética de São Paulo chegam a cobrar até R$8 mil por um tratamento que se restringe aos cuidados com o cabelo e a pele. As expressões faciais podem ser amenizadas por pouco mais de mil reais. E para quem deseja abandonar de vez a Renascença, o mercado oferece as lipoaspirações por preços convidativos. Bastam dinheiro e um pouquinho de coragem. No Oriente, região marcada pelo conservadorismo extremo, o comércio de produtos para branquear a pele se tornou uma atividade milionária Na Índia, por exemplo, artistas de Bollywood - centro cinematográfico do país - participam de anúncios de televisão que procuram convencer os consumidores de que serão mais populares e belos se tornarem a pele mais clara. Nem todos concordam com esse tipo de apelo comercial. Para parte da população, os produtos para clarear a pele podem fortalecer o preconceito. É o que acredita também a atriz indiana Rani Moorthy. Para ela, essa tendência trata a cor mais escura como se fosse uma “doença a ser curada”. “Às sextas-feiras era obrigada a tomar banho de óleos, com limão e outros produtos usados tradicionalmente para clarear a pele”, conta.

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