Profissional de depilação
Nosso país é tropical e a procura pelo serviço das depiladoras ocorre o
ano todo. Saiba o que é preciso fazer para ter êxito nessa área
Por Amanda Aron / Fotos: Fotolia e Demetrio Koch
Há quem afirme que não existe dor pior no mundo do que a provocada pela
depilação. A extração dos pelos pela raiz é incômoda, dolorida e, para
muitos, até insuportável. É aí que entra uma depiladora de sucesso. Essa
profissão exige de quem a desempenha que tenha sensibilidade, mão firme
e destreza para amenizar o desconforto dos clientes e tornar essa
experiência um pouco mais agradável para os que procuram deixar o corpo
livre dos indesejados pelos.
E é exatamente o que Lina Maria
Silva da Cunha (foto abaixo) procura fazer. Ela trabalha como
depiladora, designer de sobrancelha e manicure em um salão de beleza de
São Paulo e conta que começou na profissão há 17 anos. “Minha irmã fez
um curso, vi o que era e gostei da ideia. Resolvi fazê-lo também.
Aprendi os diferentes tipos de pele, as posições corretas para puxar os
pelos após aplicar a cera, como atender bem o cliente e deixá-lo à
vontade e conquistar sua confiança, além de higienização da pele pré e
pós-depilação”, explica.
Lina comenta que o segredo é ser bem
ágil. “Assim o cliente não sente dor. É importante também entretê-lo,
aí, quando ele menos espera, já tirei todos os pelos”, orienta. Além
disso, é importante que o pelo esteja com ao menos três centímetros de
altura para que seja possível extraí-lo da raiz. Ela aproveita para
compartilhar um segredo profissional que faz toda a diferença para o
conforto do cliente: “Se eu seguro a pele, dói menos”, diz.
Cuidado para não apanhar
A depiladora conta que já se meteu em situações inusitadas por causa da
profissão, afinal, não é fácil lidar com a dor alheia. “Até cheguei a
apanhar da cliente, mas foi um movimento involuntário dela. Quando eu
puxei o pelo, ela me empurrou e me bateu. Outras pedem licença para
gritar”, lembra.
Apesar de ser um serviço muito mais
procurado por mulheres, os homens também estão cada vez mais
interessados em se livrar dos próprios pelos, segundo relato de Lina. “É
uma questão de gosto. Muitas vezes é a própria esposa que pede que o
homem se depile, mas há os se acham melhores sem os pelos”, salienta.
Com
relação aos ganhos, se a depiladora trabalhar para um salão de beleza,
receberá entre 40% e 60% dos lucros pelo serviço e é preciso combinar
quem ficará com as despesas relativas aos materiais. Se o profissional
trabalhar por conta própria, poderá fazer o serviço na casa das clientes
ou em casa, em um sala própria para depilação, e ficará com o pagamento
total.
Designer de sobrancelha
Além da depilação,
quem atua nesse ramo também pode ser o responsável por fazer as
sobrancelhas dos clientes (desenhar o formato delas com a retirada dos
pelos).
Lina conta que fez um curso destinado apenas aos
cuidados dos pelos do rosto. “Aprendi a fazer o desenho da sobrancelha
de acordo com o rosto da cliente. Ela pode ser mais arqueada ou reta”,
destaca.
Ele pode ser feito com cera, pinça ou linha – este
último um método muito usado em países do Oriente Médio, mas que vem
ganhando cada vez mais adeptas no Brasil. “Eu prefiro a pinça porque
acho que ajuda a delinear melhor e uso uma navalha para finalizar”,
revela Lina. Além do design, o profissional também pode fazer a
coloração dos pelos.
Lina ressalta que está feliz com sua
profissão. “Gosto de depilar. É algo que me dá satisfação porque mexe
com a autoestima das clientes. A depilação as deixa com uma sensação de
limpeza e de estar ainda mais bonitas. O mesmo acontece com uma
sobrancelha bem feita. Ela modifica totalmente o rosto de uma pessoa”,
finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário