terça-feira, 2 de agosto de 2011

Decadência precoce.

Com uma carreira de sucesso meteórica, a cantora inglesa Amy Winehouse morre aos 27 anos viciada em álcool e drogas

Raquel Maldonado

raquel.maldonado@folhauniversal.com.br

“A morte dela era apenas uma questão de tempo”, disse Janis Winehouse, após ser avisada da morte precoce de sua filha, a cantora britânica Amy Winehouse, de 27 anos, no último dia 23. Assim como a família da artista, os fãs também não foram pegos de surpresa. Afinal, ultimamente ela era notícia não mais pela voz potente, comparada às das grandes divas do jazz, e suas músicas contagiantes, mas por seu envolvimento com álcool e drogas e pelos frequentes escândalos que estampavam a capa dos tabloides ingleses. Amy foi encontrada morta em seu apartamento em Londres, Inglaterra. A polícia aguarda o resultado dos exames toxicológicos, que devem sair em até 3 semanas, para confirmar a causa da morte, embora especulações apontem para overdose.


A decadência de sua brilhante, porém curta, carreira era evidente. Em 2007, Amy foi hospitalizada por causa de uma suposta overdose de cocaína, heroína, quetamina, ecstasy e álcool. Na época, ela também foi flagrada fumando crack. Um ano mais tarde, a cantora foi presa duas vezes por posse de drogas e agressão. Em junho deste ano, ela suspendeu a turnê que fazia pela Europa, pois não conseguia concluir as apresentações. Durante os shows, esquecia as letras, ficava sem voz e, em alguns momentos, não conseguia nem ficar em pé. “Isso é resultado de muitos anos de uso contínuo de drogas cada vez mais pesadas e da falta de um tratamento correto e do apoio da família. Ela começou a ganhar muito dinheiro e a gastá-lo todo para manter o vício que ia crescendo a cada dia”, afirma Leonardo Gonzalez, acompanhante terapêutico. “No caso da Amy, como no de tantos outros artistas, a indústria cultural teve papel fundamental para esse desfecho”, completa.


Amy Winehouse – que em janeiro deste ano fez cinco shows no País – começou cedo na música. Aos 16 anos, já cantava profissionalmente nos pubs londrinos. Aos 19, lançou seu primeiro álbum “Frank”. Mas foi com seu segundo trabalho, “Back to Black”, que ela alcançou a fama e o reconhecimento internacional, ganhando, em 2008, seis prêmios Grammy.


Entrevistas com familiares nos últimos anos evidenciavam o temor com relação à morte precoce de Amy. O pai dela, Mitchell Winehouse, chegou inclusive a afirmar, em 2007, após ela ser internada por consumo excessivo de drogas, que tinha pronto o discurso fúnebre para homenagear a filha.


A “maldição dos 27”


Amy Winehouse entrou para a lista de ídolos da música que morreram de forma trágica coincidentemente aos 27 anos. Conheça alguns deles:


Jimi Hendrix (1942 - 1970): Um dos maiores guitarristas da história. Morreu após tomar anfetaminas e sedativos e se sufocar em seu próprio vômito enquanto dormia.


Kurt Cobain (1967 - 1994): O ex- vocalista e guitarrista da banda Nirvana se matou com um tiro na cabeça após consumir heroína.


Janis Joplin (1943 - 1970): A cantora morreu de overdose depois de misturar álcool com heroína.


Jim Morrison (1943 - 1971): O ex-vocalista da banda The Doors foi encontrado morto na banheira após sofrer uma overdose de heroína.

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