TRÁFICO INTERNACIONAL DE MULHERES PARA FINS SEXUAIS MOVIMENTA CERCA DE US$ 30 BILHÕES AO ANO; MAIS DE 85% DESSE VALOR É GERADO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE, MOSTRA RELATÓRIO DA OMI
DADOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIA DE IMIGRAÇÃO (OMI) divulgados no final de 2010 revelam que o tráfico de mulheres movimenta, no mundo todo, cifras superiores a US$ 30 bilhões. Desse valor, 85% são gerados na América Latina e no Caribe, locais que fazem, juntos, mais de 100 mil vítimas todos os anos.
O DOCUMENTO MOSTRA TAMBÉM que as vítimas são, majoritariamente, mulheres de classe baixa e de pouca ou quase nenhuma escolaridade, que vivem em famílias instáveis e desestruturadas. Tais características inibem a oferta de trabalho a essas mulheres e as estimulam a se aventurar em diferentes esquemas, em busca de dinheiro e qualidade de vida.
METADE DAS MULHERES NÃO TEM CONSCIÊNCIA DE SEU ESTADO DE VÍTIMA
AS VÍTIMAS DAS ORGANIZAÇÕES geram lucro líquido de US$ 13 mil para seus exploradores, que Sa vendem para uma rede de exploração sexual por entre US$ 100 e US$ 1.600. Argentina, Chile e Uruguai são os principais polos exploradores. Nesses países, ainda não existe uma rede de proteção às vítimas, uma vez que essa prática não é considerada crime, e os exploradores, portanto, precisam ser julgados por outras causas. Além dessa agravante, o fato de 50% das mulheres não terem consciência de seu estado de "vítima" dificulta ainda mais a contenção do crime, informa o relatório.
CHILE: O MAIOR RECEPTOR DAS AMÉRICAS
As pesquisas mostraram, ainda, que o Chile é o principal receptor das vítimas da exploração sexual. Em 2007, o país recebeu 40% das argentinas, 25% das peruanas, 24% das colombianas, 5% das chinesas e 2% das equatorianas, dominicanas e brasileiras exploradas pelas redes de tráfico humano do planeta.
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