Violência psicológica também causa marcas profundas na vítima, levando a problemas graves, como depressão
É comum pensar que o principal e predominante tipo de violência cometido contra as mulheres é a física. Porém, isto não é verdade. Muitas são as ocasiões em que palavras, acusações ou gestos são usados para ferir.
A violência psicológica também é considerada crime e tem aplicação legal no artigo 7º da Lei Maria da Penha (11.340/2006), que define como violência atos como constrangimento, humilhação, manipulação, insulto, chantagem, ridicularização, entre outros fatores que causem danos emocionais.
Alileia Pereira, de 33 anos, casada há 17 com Leandro Daniel Pereira, de 35, sofreu na pele diversas agressões emocionais. "O Leandro era muito bonito e chamava a atenção. Como vivíamos em um meio social agitado, ele acabou me traindo com outras mulheres", conta.
Das traições vieram os problemas de baixa autoestima enfrentados por Alileia. "Ele me humilhava na frente das pessoas, dizia que eu era burra. Por conta disso, me tornei muito amargurada e tive duas crises de depressão profunda", relembra.
De acordo com a terapeuta de casais Rita Dantas, o fator que leva um dos membros do casal agredir o outro são as diferenças pessoais entre eles. "As pessoas são diferentes e, por não conseguirem aceitar e entender essas diferenças, elas se agridem." E completa, afirmando que o indivíduo precisa resolver o problema "dentro de si, para que a atitude com o outro possa mudar".
Investindo nesta mudança interior, Alileia passou a buscar em Deus uma renovação em sua autoimagem e com isso saiu da depressão. Ela conta que a "ficha do marido caiu" quando preparou uma festa surpresa de aniversário e chamou os melhores amigos dele. "Terminada a festa, ele me disse que tudo seria diferente a partir de então. E, de fato tem sido assim", comemora Alileia, ao lado do marido e do filho, Filipe, de 16 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário