ELIZE MATSUNAGA
CONFESSA TER ESQUARTEJADO O MARIDO E DIRETOR DA GIGANTE YOKI, NUM DOS CRIMES
MAIS "BIZARROS" JÁ REGISTRADOS NO PAÍS
PARA OS ESTUDIOSOS DO
CASO, A RÉU-CONFESSA TINHA TOTAL CONTROLE DE SI ENQUANTO SECIONAVA O CADÁVER DE
MARCOS MATSUNAGA
O empresário Marcos Kitano Matsunaga, diretor executivo da Yoki, uma
gigante do setor alimentício, foi vítima de um dos crimes mais cruéis a que o
País já assistiu nos últimos anos. A bacharel em Direito e esposa do
empresário, Elize Matsunaga, 30 anos, é assassina confessa do crime, ocorrido
dia 20, no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo.
"Trata-se de uma cena dantesca"
(Guido Palomba, psiquiatra forense, sobre o esquartejamento)
Durante a
reconstituição do crime, Elize descreveu detalhadamente o que ocorreu entre a
noite de 19 de maio e a manhã do dia 20. A autora do crime, que tem formação
técnica em enfermagem, usou de seus conhecimentos na área para assassinar o
marido. À polícia, ela relatou ter esperado cerca dez horas para esquartejar o
marido, depois de tê-lo matado com um tiro certeiro na testa. Esse, segundo
Elize, era o tempo necessário para que o corpo entrasse em estado de
"rigidez cadavérica", o que evitaria deixar vestígios fluídos durante
o esquartejamento.
"Não existe crime passional sem ciúmes"
(Guido Palomba, psiquiatra forense)
Passadas as dez horas,
Elize tomou uma faca de 30 centímetros, própria para corte de carnes, e começou
a esquartejar o empresário. Primeiro, foi dilacerada as cartilagens, em
seguida, os membros inferiores e superiores de Marcos foram retirados. Depois,
ela confessou ter cortado a barriga de Marcos Matsunaga e, por fim, a cabeça.
As partes do corpo, então, foram colocadas em três malas de viagem.
"NA HORA DO
CRIME, ELIZE TINHA TOTAL DOMÍNIO DE SI"
Segundo o diretor do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São
Paulo, Jorge Carrasco, durante o assassinato, Elize foi fria o suficiente para
usar todo seu conhecimento de anatomia no crime, como ter cortado o corpo nas
juntas e articulações. O fato de ela ter secionado o corpo do marido no quarto
de hóspedes do apartamento do casal, na Vila Leopoldina, Zona Oeste da capital
paulista, também é forte indício da frieza de Elize. Diante desses fatos, a
hipótese de a autora do esquartejamento ter agido por um "ataque de
fúria" ou motivada por crise psicótica está praticamente descartada. Elize
alega ter matado o marido por ciúme.
CARACTERÍSTICA
INÉDITA
Segundo avaliação do
psiquiatra forense Guido Palomba. Esse tipo de esquartejamento "é sempre
característica de pessoas com alta periculosidade: afinal, trata-se uma cena
dantesca à qual poucas pessoas têm estômago para assistir". Palomba ressalta
também não ter dúvida que o crime é passional, motivado por ciúmes.
"Não existe crime passional sem ciúmes", diz. Ele chama a atenção,
também, para o fato de esse ter sido o primeiro crime registrado no Brasil em
que uma mulher realiza um esquartejamento sozinha.
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