quarta-feira, 13 de junho de 2012

"AMOR E DELITO"




PARTICIPAÇÃO DA MULHER EM CRIMES DE TODA NATUREZA VEM AUMENTANDO DESDE 2005 E, SEGUNDO ESPECIALISTAS, A PRINCIPAL CAUSA É A INFLUÊNCIA DO COMPANHEIRO


TRÁFICO É A ATIVIDADE A QUE ELAS MAIS TÊM SE DEDICADO; 90% DE TODO O TRANSPORTE INTERNACIONAL DE DROGAS É EFETUADO POR MULHERES

participação do sexo feminino em praticamente todas as modalidades de crimes aumentou no Brasil pelo quinto ano consecutivo. O tráfico de drogas foi o tipo de delito em que mais cresceu a participação de mulheres. Enquanto o índice tráfico entre os homens cresceu 4%  no último ano, entre as mulheres o  aumento foi bem maior e chegou a 11%. Segundo especialistas, o principal motivo para que esse quadro se estabelecesse é que, além de despertar menos suspeitas, o sexo feminino é mais vulnerável a sofrer influência do companheiro que já está no mundo do crime. "Em outras vezes, elas são coagidas, são obrigadas a praticar crimes sob ameaças do parceiro", diz o especialistas em criminalidade feminina e psiquiatra do HC de São Paulo Ronaldo Bicalho.

90% DO TRANSPORTE INTERNACIONAL DE DROGAS É PRATICADO POR MULHERES

Só no Estado da Bahia, por exemplo, das cerca de 400 mulheres que cumprem pena, 280 (ou 59,5%) estão enquadradas em ocorrências relacionadas com o tráfico de entorpecentes. Em todo o País, de cada  20 mulheres presas na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente - cuja carceragem é destinada a abrigar mulheres detidas - 15 (75%) estão lá por flagrantes de tráfico de drogas.  Com relação ao tráfico internacional de entorpecentes, 90% dos casos são praticados por mulheres.

A faixa etária das detentas, em todo o País, varia de 20 a 30 anos. Os números são da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e foram divulgados recentemente pelo jornal A Tarde.

MULHERES SÃO AS QUE MAIS APLICAM GOLPES CONTRA A PREVIDÊNCIA

Quase a totalidade de crimes contra a Previdência no Brasil é cometida por quadrilhas lideradas por mulheres. Até o início do ano 2000, esse tipo de crime tinha mais de 90% de participação masculina.

Como consequência da inserção feminina no mundo da criminalidade,  pesquisas têm mostrado que, apenas nos últimos cinco anos (de 2005 a 2010), o número de mulheres encarceradas subiu de 3% para 6%. Do total de presos em delegacias e penitenciárias brasileiras, estimado em 420 mil detentos, existem atualmente 26,2 mil mulheres.

FIM DO "ESTEREÓTIPO DO CRIME"

Quanto ao perfil das mulheres criminosas,  a maioria tem entre 18 e 24 anos e é da cor branca (cerca de 30%, contra 10% da raça negra). Apenas pouco mais de 3% são analfabetas e mais de 30% têm apenas o ensino fundamental incompleto. As que concluíram a 8ª série são apenas 10% e as que possuem ensino superior não representam nem 0,5% da população encarcerada. Os dados são do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça

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