sábado, 11 de fevereiro de 2012

A crise dos trinta

Excesso de cobranças incomoda e afeta a busca pela pessoa ideal


Com o avanço da idade, homens e principalmente mulheres solteiras enfrentam um bombardeio de cobranças com relação à vida sentimental. Festas de família podem se tornar um verdadeiro martírio se a pergunta exaustivamente repetida for sobre “quando será o casamento”, ainda que a pessoa nem mesmo esteja namorando. Para as mulheres, termos pejorativos como “solteirona” e “ficar para titia” são comuns, só que, além de serem brincadeiras impróprias, podem incomodar e interferir na busca pela pessoa ideal.


De acordo com a psicóloga Mariana Pusch, a mulher brasileira se preocupa muito com a questão do casamento. “Necessariamente ela não precisa ter casado, mas pelo menos ter a perspectiva, porque, aos 30 anos normalmente as amigas estão casando ou tendo filhos. Então se ela não tem nenhuma perspectiva de parceiro e está solteira, isso começa a incomodar bastante”, esclarece.


Com tantas cobranças, é comum que as pessoas respondam com grosserias, mas a especialista afirma que a melhor saída é o bom humor. “Se perguntarem ‘não casou ainda?’, o melhor é responder ‘estou investindo na minha carreira’, ‘quero ficar rica primeiro’, ou coisas desse tipo. Sempre ter uma brincadeirinha, para poder sair disso sem constrangimentos”, ensina.


Crise existencial


Este assunto, que foi tema do programa A Escola do Amor, apresentado por Renato e Cristiane Cardoso e exibido na IURD TV, falou sobre as dificuldades enfrentadas por solteiros com idade um pouco mais avançada. Eles receberam o casal Jeronimo e Rosângela Alves (foto), casados há mais de 20 anos.


“Tive minha crise existencial aos 26 anos, porque queria constituir família, mas não tinha concluído meus estudos. A gente namorava, porém não havia definido a minha vida e foi justamente nesse momento que veio a chamada crise existencial. Com ela, a depressão e pensamentos de suicídio. Foi um momento difícil”, revela Jeronimo.


Para ele, a famosa “crise dos 30” chegou mais cedo por conta de problemas familiares. “Eu assumi minha família muito cedo. Desde os 13, eu já tinha carteira assinada, mas não havia referencial na minha casa. Essa crise surgiu como uma cobrança minha de casar, até mesmo para provar que conseguiria. Realizei este objetivo e hoje estamos casados há mais de 20 anos”, revela.

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