Pesquisa aponta que número de usuários de drogas ilícitas em todo o mundo é maior do que a população do Brasil
Uma pesquisa divulgada recentemente estima que pelo menos 200 milhões de pessoas consumam drogas ilícitas no mundo todos os anos. Realizado por pesquisadores australianos, o estudo aponta que uma em cada 20 pessoas, com idade entre 15 e 64 anos, é usuária de alguma droga. O levantamento ainda relaciona o uso de droga a diversas doenças e mostra que o uso é maior nos países desenvolvidos, onde as pessoas têm renda mais alta.
Os autores do estudo, Louisa Degenhardt e Wayne Hall, desenvolveram o trabalho com base em drogas como maconha, cocaína, anfetaminas e heroína, alegando que substâncias como ecstasy, alucinógenas, inalantes, calmantes e anabolizantes esteroides não puderam ser estudadas, pois são poucas as pesquisas relacionadas aos efeitos desses químicos no corpo.
Existem quatro tipos de efeitos adversos à saúde produzidos pelas drogas ilícitas: overdoses; intoxicação aguda, que acaba envolvendo acidentes ou violência; criação de dependência física ou psicológica pelo corpo; e os que surgem pelo uso prolongado dessas substâncias.
“Cada droga traz problemas particulares. A maconha, além de causar dependência psicológica, pode desencadear danos de ordem psíquica, como esquizofrenia ou transtornos; a cocaína, além de poder causar overdose, quando usada de forma crônica oferece riscos cardiovasculares, respiratórios e até para o sistema digestivo. O crack causa isso tudo e ainda o ressecamento das mucosas, levando à perda de dentes. Todas as drogas estão relacionadas ao desenvolvimento de depressão e desinteresse em diversas áreas da vida”, explica o médico psiquiatra José Carlos da Fonseca, da Clínica de Reabilitação Renascer, de São Paulo.
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