terça-feira, 20 de setembro de 2011

VIOLENTADAS


VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER PREOCUPA AMÉRICA LATINA: SÓ NO BRASIL, A CADA TRÊS MINUTOS É RELATADO UM CASO DE ABUSO SEXUAL; PARA ESTUDIOSOS, "ESTUPRADORES NÃO RECONHECEM O CARÁTER CRIMINOSO DE SEUS ATOS"


NA AMÉRICA LATINA, CERCA DE 50% DAS MULHERES CONFESSARAM QUE A PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL que tiveram fora forçada pelo parceiro. A proporção de mulheres que disseram ter sido vítimas de uma tentativa de abuso ou que foram forçadas por um companheiro íntimo a fazer sexo em algum momento de suas vidas é de 10,1% no Brasil (São Paulo) e chega a 46,7% no Peru (Cuzco). Para chegar a esses números, a National Crime Victimization Survey Bureau of Justice Statistics, dos Estados Unidos ouviu 6 mil mulheres durante os últimos cinco meses.

NO BRASIL, APESAR DE AS ESTATÍSTICAS MOSTRAREM QUEDA NO NÚMERO DE CASOS durante a última década, calcula-se que uma mulher seja estuprada a cada três minutos. No Hospital Pérola Byington, em São Paulo, por exemplo, são atendidos cerca de 10 casos diários de mulheres vítimas de abusos sexuais.

O MESMO ESTUDO MOSTROU TAMBÉM QUE VIOLÊNCIA SEXUAL contra a mulher preocupa mais a sociedade do que o câncer ou a AIDS. Mais de 51% dos entrevistados disseram conhecer alguma mulher que já tenha sido agredida pelo companheiro, mas apenas 27% já tiveram contato com alguma vítima do vírus hiv ou do câncer de mama, por exemplo.

AINDA DE ACORDO COM OS ESTUDOS NORTE-AMERICANOS, a grande maioria dos estupradores é alguém próximo da vítima, como o namorado, o marido ou um parente. Cerca de 70% das mulheres que prestaram queixa nas delegacias brasileiras disseram ter menos de 17 anos e conhecer o violentador, e em mais de 20% dos casos ele era o próprio pai ou o padrasto da vítima.

DE VÍTIMA À VIOLENTADOR

CIENTISTAS ACREDITAM QUE MAIS DE 70% DOS ESTUPRADORES FORAM VÍTIMAS OU PRESENCIARAM alguma cena de violência sexual de um parente próximo quando crianças. Os pesquisadores acreditam que, desta forma,, eles se espelham nesses casos e, por isso, inconscientemente, não conhecem o caráter criminoso de um estupro ou de um crime de pedofilia.

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