quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PAIS E FILHOS


PAIS E FILHOS:QUEM MAIS ESTÁ DEIXANDO A DESEJAR NESTA RELAÇÃO?Mais uma vez, as relações sociais estão passando por um intenso processo de transição. A mudança ainda é mais aparente nas relações familiares, que começaram a perder força principalmente após a Revolução Industrial Americana, no final do século 19, quando a mulher, timidamente, abandonou o papel de mantenedora do lar e passou a se dedicar ao trabalho e lutar pela sua independência. Essa nova geração vive hoje momentos de insegurança, de incerteza e de ausência de valores morais e sociais estáveis. Parte disso se deve à ausência dos pais que, impulsionados pelas exigências do mundo moderno, se veem obrigados a abandonar os filhos em casa, ou nas mãos de terceiros, para poder trabalhar. Antes, essa era uma exigência apenas do homem; hoje, em busca de renda e condições mínimas de conforto, a mulher acatou a atitude masculina. Como consequência, portanto, está havendo a ‘terceirização’ da instrução e da formação moral dos filhos. A escola, a TV, a secretária, os computadores e os videogames assumiram friamente o papel de orientadores. Nossos jovens vivem em verdadeiras ‘famílias eletrônicas’, em que a internet assumiu o papel do pai, um outro eletrônico qualquer o da mãe, e assim por diante. A ausência do afeto, do amor, nas relações interpessoais aumentou mais ainda e o individualismo cresceu; a hipertrofia do ego predomina em quase todos os ambientes. Os valores morais também acompanharam esse momento transitório. A humildade converteu-se em sinônimo de fraqueza. Egoísmo agora é sinal de inteligência e progresso. É a inversão e subversão dos valores. Por esse ângulo, os pais são, de certo modo, vítimas das circunstâncias. Em parte são omissos diante de situações novas que não compreendem nem procuram compreendê-las. Os filhos caem na delinquência e os laços familiares se desfazem. A sociedade, então, pede por socorro. “Ninguém aguenta mais”, dizem por aí uns. “É o fim dos tempos”, filosofam outros. E todos, quase sem exceção, não percebem que não é nada disso. Estamos apenas colhendo os frutos que, carinhosa e inocentemente, plantamos.

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