segunda-feira, 1 de julho de 2013

LIBERTE-SE (Dependência de drogas, do fumo, da bebida alcoólica, retarda os reflexos motores, compromete a memória e o raciocínio. Para livrar-se dela é preciso querer)




Estudo divulgado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) revelou que, anualmente, são gastos em torno de R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro no País. Além disso, o fumo é responsável por 130 mil óbitos por ano, ou seja, 350 mortes por dia. Em todo o planeta, o número de óbitos em decorrência do consumo de cigarro chega a 10 mil mortes por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Já a dependência de álcool, droga mais popular entre os brasileiros, atinge 12% dos adultos do País e responde por 90% das mortes associadas ao uso de outras drogas. Ou seja, o álcool mata muito mais do que as drogas ilícitas.

A funcionária pública Elaine Cristina Sales de Oliveira, de 65 anos, poderia ser mais uma vítima dentro dessas estatísticas, já que começou a fumar aos 15 anos de idade, influenciada por colegas que, como ela, achavam que o cigarro era sinônimo de status social. Com o passar do tempo, além dos dois maços de cigarros por dia, ela também começou a beber, ao ponto de ficar embriagada sempre que saía com os amigos. Na época, o fumo e a bebida funcionavam como válvulas de escape para as constantes brigas conjugais, provocadas pelo vício do marido, usuário de crack e cocaína.

Não demorou muito, ela começou a sentir dificuldades para respirar, cansaço excessivo e mal-estar. Mas nem isso fez com que ela tivesse vontade de ser livrar do vício. Ao contrário, ela afirma que “antes mesmo de escovar os dentes, acendia um cigarro”.

Difícil, mas não impossível

Especialistas acreditam que em, no máximo, 10 anos a medicina poderá tratar e até curar todo e qualquer tipo de vício. Isso graças ao avanço na compreensão dos caminhos percorridos pela dopamina – neurotransmissor envolvido na sensação de prazer – no cérebro.

Já se sabe que o uso contínuo de drogas como o cigarro, o álcool e o crack, alteram o comportamento, as emoções e a forma de como a pessoa se relaciona com o mundo ao seu redor. Além de retardar os reflexos motores, também comprometem a capacidade de memorizar, racionar e tomar decisões.

Como a droga age diretamente no cérebro, principalmente nas regiões relacionadas ao prazer e à recompensa, é muito difícil para o viciado se libertar de determinada substância. Porém, não é impossível. Prova disso é a própria Elaine, que hoje não fuma, não bebe e leva uma vida saudável.

“A convite de uma amiga fui à Igreja Universal, onde assisti a algumas palestras e percebi que diversas pessoas que tinham problemas semelhantes aos meus haviam conseguido se libertar de seus vícios”, conta. “Percebi, então, que ficar livre do cigarro e do álcool se tratava única e exclusivamente de uma escolha minha, pois aquilo estava acabando com a minha saúde, prejudicando o meu trabalho e o meu relacionamento com a família. Então, me enchi de fé, confiança e perseverança e tomei a decisão que mudou para sempre a minha vida”, declarou.

Já se passaram 10 anos desde o dia em que Elaine jogou no lixo o maço de cigarros que trazia no bolso e, a partir daí, nunca mais fumou ou bebeu. Hoje, ela utiliza sua vivência para ajudar outras pessoas a se libertar da dependência química. “Explico para elas que, assim como eu mudei, a vida delas pode também mudar e para melhor”, conclui Elaine.

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