sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Menopausa



Tão natural quanto a puberdade, climatério chega para todas as mulheres




















O primeiro sinal é a alteração no ciclo menstrual, que pode ficar mais fraco ou mais intenso. A produção de hormônios femininos diminui e a mulher para de ovular. Tão natural quanto a puberdade, o climatério vai dos 40 aos 65 anos e representa a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. É também quando ocorre a última menstruação, a chamada menopausa, entre 40 e 55 anos.

Temido por algumas mulheres, esse período deve ser encarado como uma oportunidade para fazer mudanças que vão garantir qualidade de vida no futuro. O conselho é do ginecologista Aarão Mendes Pinto Neto, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp). “Menopausa não é doença, a vida continua por muitos e muitos anos. Por isso, é importante controlar o peso, parar de fumar, evitar bebida alcoólica, cuidar do lado afetivo e ter atividades de lazer”, ensina o especialista.

O ganho de peso é uma das principais preocupações das mulheres, mas a gordura em torno da cintura é a grande vilã. Um estudo da Sociedade Internacional da Menopausa publicado pela revista Climacteric, em 2012, mostra que as mulheres apresentam um rápido aumento da gordura abdominal a partir do terceiro ano da menopausa, o que eleva o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. “A gordura no abdôme está ligada à queda de estrogênio e ao aumento dos hormônios masculinos, mas dá para controlar com exercícios. Não pode ficar sentada vendo televisão o dia todo”, brinca Aarão.

A falta de estrogênio também pode provocar ondas de calor, rubor no rosto, sudorese, insônia, cansaço, dor de cabeça, dores ósseas, irritabilidade, depressão, ansiedade e suor frio. As unhas ficam quebradiças, a pele e os cabelos se tornam mais finos. A queda dos hormônios sexuais causa atrofia da mucosa vaginal e diminuição da lubrificação, o que pode reduzir a libido. “A terapia hormonal é o tratamento mais eficiente para controlar esses sintomas, pois repõe o nível hormonal”, explica Angela Maggio da Fonseca, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Para que os riscos sejam reduzidos, toda mulher deve fazer um acompanhamento médico rigoroso antes, durante e após o tratamento.”

Após a menopausa, a perda de massa óssea oscila entre 1% e 4% ao ano, o que aumenta muito o risco de osteoporose. “A ingestão de pelo menos mil miligramas de cálcio por dia, além da associação de exercícios e substâncias para repor cálcio, ajuda a evitar a doença”, diz Aarão.

Fase saudável

Dicas para ter mais saúde e qualidade de vida durante a menopausa

• Faça exames laboratoriais e ginecológicos periodicamente

• Use roupas leves e confortáveis

• Evite banhos muito quentes

• Mantenha uma alimentação rica em cálcio e pobre em gordura e açúcar

• Beba bastante água

• Diminua o consumo de sal e de café

• Pratique exercícios físicos: faça caminhadas de 45 minutos a uma hora todos os dias

• Prefira: frutas, leite desnatado, queijo branco, ricota, iogurte, vegetais verdes, peixes, aves sem pele, carne magra (cozidas, assadas ou grelhadas sem gordura)

• Evite: leite integral, creme de leite, manteiga, queijos integrais, curtidos e cremosos, frituras, sorvete cremoso, gema de ovo, tortas, bolos, biscoitos, abacate, coco, banha de porco, bacon, chocolates, camarão, miúdos e carne de porco

Fonte: Dra. Angela Maggio da Fonseca, professora associada e livre-docente da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

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