A CRIOGENIA HUMANA, POLÊMICO PROCESSO
DE CONGELAMENTO DE CADÁVERES PARA RESSUSCITAÇÃO NUM FUTURO INCERTO, É A NOVA
APOSTAS DOS CIENTISTAS PARA TORNAR O HOMEM IMORTAL
PROCESSO, NO ENTANTO, ALÉM DE INCERTO,
PODE CUSTAR ATÉ MEIO MILHÃO DE REAIS; MAS ACREDITE, NAS ÚNICAS DUAS
CLÍNICAS DO MUNDO ESPECIALIZADAS NO ASSUNTO, HÁ FILA DE ESPERA DE GENTE
QUERENDO IR PARA O FREEZER
O desejo de o homem se tornar
imortal o acompanha desde o Egito Antigo, no século 5º, quando os alquimistas
tentavam descobrir o "elixir da longa vida". De lá para cá, o que
mudou foi apenas a forma como os cientistas buscam atingir essa meta. O
sonho de eternidade, no entanto, continua o mesmo.
Hoje, uma das grandes apostas para
driblar a morte, apesar de ainda não ter sua eficiência comprovada, é a
criogenia, um polêmico - e caro - método que consiste em congelar cadáveres a
temperaturas baixíssimas (próximas ao "Zero Absoluto", quase 200
graus Celsius negativos) para que sejam ressuscitados um dia. O processo visa a
impedir a deterioração do corpo e, para tal, além do congelamento, substâncias
são injetados no corpo - declarado clinicamente morto - , enquanto máquinas
mantêm a circulação e a oxigenação celular.
Feito isso, o próximo passo é esperar
que a ciência descubra como combater o que levou aquela pessoa à morte para,
então, descongelá-la e curá-la da enfermidade. Ela, então, passaria a viver
novamente, até que uma nova causa colocaria a sua vida em risco. Quando
isso ocorrer, ela seria novamente congelada e esperaria até o dia em que a
ciência pudesse dar um jeito. Quanto tempo esse processo de espera pode levar,
ninguém sabe. Se o processo de ressuscitação dará certo, depois de séculos de congelamento,
também é uma incógnita.
PREÇOS CONGELADOS
Atualmente, só existem duas clínicas no
mundo todo que fazem a criogenia. Ambas ficam nos Estados Unidos. A empresa
Alcor cobra cerca de R$ 400 mil para congelar o corpo inteiro, e por volta de
R$ 170 mil para a criogenia só da cabeça (cientistas acreditam ser possível
congelar apenas o cérebro, para ser ligado posteriormente em um 'corpo doador'
ou artificial, e descartar o restante). Em ambos os casos, é cobrada uma taxa
anual de cerca de R$ 700 para manter em funcionamento os tanques de nitrogênio
líquido onde a "pessoa" permanecerá submersa.
Outra empresa a oferecer a criogenia é a
Cynics Institute (EUA). Com preços mais modestos, ela cobra cerca de R$ 100 mil
pelo congelamento do corpo inteiro, e R$ 20 mil para o congelamento apenas do
cérebro. Lá também é cobrada uma taxa anual pelo serviço, de quase R$
600.
Visitar o corpo do "ente
querido" (e congelado), quando bater umas saudades, é possível nos dois
estabelecimentos. Nesse caso, não é cobrado "ingresso". Mas é preciso
ter coragem. E estômago também.
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