"REAGINDO A ASSALTOS"
COM A EXPANSÃO DOS SISTEMAS DE SEGURANÇA
EM CARROS, CASAS E LOJAS COMERCIAIS, CRIMINOSOS ESTÃO COLOCANDO EM PRÁTICA UM
"PLANO B": O ASSALTO A MÃO ARMADA
RESULTADO: SOMENTE NA CAPITAL PAULISTA,
EM APENAS UM ANO HOUVE AUMENTO DE 220% NO NÚMERO DE MORTES DURANTE ASSALTOS A
BANCOS
O avanço de novas
tecnologias voltadas à segurança, principalmente dos automóveis, como travas e
sistemas antifurtos de última geração, além dos bloqueadores via satélite, têm
levado os criminosos de todo o País a colocar em ação um "plano B":
os assaltos a mão armada, prática que tem se estendido também a outros setores,
como agências bancárias e lojas comerciais.
Somente na capital paulista, por
exemplo, os assaltos à mão armada registraram aumento de 20% nos últimos dois
anos. Já os assaltos a bancos seguidos de morte, no Brasil, tiveram uma
explosão no número de casos, com alta de 113% entre 2011 e 2011, segundo
levantamento da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro) e CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes). Em outras palavras,
a pesquisa revela que 49 pessoas foram assassinadas em crimes envolvendo
instituições financeiras, com uma média de quatro por mês.
O Estado de São Paulo lidera a
lista em números absolutos de vítimas que morreram durante assaltos a bancos,
com alta de 220% entre 2010 e 2011, o que significa dizer que saltou de 5
para 16 os mortos nesse tipo de crime. Em segunda lugar está o Rio de Janeiro,
com 9 mortos durante o mesmo período. Goiás (4), Paraná (4) e Rio Grande do Sul
(4) surgem na sequência como os Estados com o maior número de casos.
SAIDINHA DE BANCO
Com relação ao perfil das vítimas que
perderam a vida nesse tipo de crime, a principal ocorrência foi a
"saidinha de banco", com 32 mortes registrada. A maioria dos casos
envolveu clientes (30), seguido de vigilantes (8) e policiais (6).
CUSTOS
Trezentos milhões de reais por dia. Esse
é o custo estimado da violência no Brasil, o equivalente ao orçamento anual do
Fundo Nacional de Segurança Pública, e um valor superior ao envolvido na
reforma da Previdência que tanto mobilizou os governos. Os dados, divulgados no
início do mês, são do próprio governo federal.
Esses valores não contabilizam o
sofrimento físico e psicológico das vítimas da violência brasileira, uma das
mais "críticas" do mundo. Com 3% da população mundial, o Brasil
concentra 9% dos homicídios cometidos em todo o planeta.
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