VIOLÊNCIA NAS GRANDES CIDADES E OFERTA DE DROGAS SÃO APONTADAS COMO A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DE QUEM TEM UM FILHO EM IDADE JUVENIL
Nos grandes centros como São Paulo há festas e baladas para todos os públicos, por todos os preços e a qualquer dia da semana. Mesmo às segundas-feiras, não é preciso muito esforço para encontrar uma balada que tenha a cara típica de uma festa de sábado à noite. Toda essa variedade é um prato cheio para os jovens, mas uma preocupação sem tamanho para os pais.
"A BALADA É Ó ÚNICO LUGAR ONDE
ENCONTRO, DE UMA SÓ VEZ,
SEXO, DROGAS E BEBIDAS"
(de um frequantador assíduo de baladas, de 19 anos, que não quer ser identificado)
Os excessos, acompanhados da euforia típica da idade, nem sempre resultam num final feliz para os baladeiros de carteirinha. O consumo desenfreado de álcool e tantas outras drogas ilícitas, associado ao volante, por exemplo, já é uma das principais causas de morte entre jovens de 16 a 25 anos no Brasil. É certo que medidas como a Lei Seca e a pesada fiscalização contribuíram muito para que houvesse queda no número de mortes em acidentes de trânsito, principalmente entre os mais jovens. Mesmo assim, alguns relutam, colocando a própria vida em risco e a de centenas de outros inocentes.
"É NA BALADA QUE A GENTE
DESCONTA O ESTRESSE
DO DIA A DIA"
(Maria, estudante de psicologia, de 19 anos)
Mas perder a vida repentinamente em alguma esquina da cidade não é a única consequencia dos excessos de uma noitada levada ao extremo, isso porque muitos jovens são apresetados às drogas justamente durante as baladas. Então, a vida também se perde. O que muda é apenas a velocidade da perda.
"VOLTO DE CARRO
NÃO DÁ NADA, NÃO"
(de um frequentador das baladas de SP, também de 19 anos, ao ser questionado como volta para casa, depois de beber a noite toda)
"A balada é o único lugar onde encontro, de uma vez, sexo, drogas, bebidas e curtição", diz um jovem de 19 anos, frequentador assíduo de festas noturnas. "E como você faz para voltar para casa, depois de uma noite inteira bebendo?", perguntam a ele. "Carro!", ele responde. "Não dá nada não...".
A estudante de psicologia Maria (nome fictício), também de 19 anos, confessa: "é na balada que a gente desconta o estresse do dia-a-dia. É bom também para esquecer do namorado chato. Aqui, eu uso os homens mesmo. Depois jogo fora!".
Para os psicólogos e especialistas em comportamento infanto-juvenil, a maioria das festas perdeu sua essência. e não é mais uma reunião saudável, de gente saudável, a fim de diversão, lazer e troca de experiências. "Hoje, elas viraram pretexto. Pretexto para o consumo abusivo de drogas e bebidas, para a banalização do sexo, do parceiro e da própria vida", dizem.
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