terça-feira, 10 de abril de 2012

VINGANÇA DE AMOR




INSTINTO VINGATIVO, QUE SE CONFUNDE COM O DE JUSTIÇA, É COMUM A TODO SER HUMANO, RELATAM CIENTISTAS; "ATÉ AS PESSOAS MAIS BOAZINHAS SENTEM, DE VEZ EM QUANDO, ESSA NECESSIDADE"



SENTIMENTO HERDADO DOS ANCESTRAIS HUMANOS JÁ TEVE UMA FUNÇÃO BEM DEFINIDA, HOJE, NO ENTANTO, NINGUÉM PRECISA DELE PARA VIVER

O desejo de vingança, apesar de ser uma demonstração clara do politicamente incorreto, é um sentimento inerente a todos os seres humanos e, portanto, tem um fundo fisiológico. Isso é o que diz a maioria dos psicólogos. Outros, mais audaciosos, chegam a afirmar que o instinto vingativo é uma ferramenta necessária à perpetuação da espécie e necessário para a existência da vida em sociedade. "Mesmo as pessoas mais boazinhas e pacíficas, de vez em quando, sentem vontade de retrucar com mais vigor, em demonstração clara de vingança e defesa de seus valores", exemplificam.

A vingança, portanto, funciona feito um gatilho, acionado sempre que um estímulo externo provoca algum tipo de prejuízo a pessoa. Ou seja, ela está diretamente relacionada ao desejo, mesmo que inconsciente, de fazer justiça, a fim de que o prejuízo tomado seja reparado. Só assim o acometido por esse sentimento perturbador volta ao estado normal de equilíbrio emocional.

HERANÇA ANCESTRAL

Por isso é comum que os estudiosos definam vingança como uma sirene que se dispara indicando que algo está errado. Desarmá-la, portanto, passa a ser um grande desafio que, além de trazer equilíbrio, apaga um pouco os "costumes tão ancestrais" do ser humano, dos quais, definitivamente, ninguém mais precisa para viver.

Mesmo admitindo-se que a vingança seja uma ferramenta de defesa primitiva, o grande problema é que o conceito de justiça não é o mesmo para todas as pessoas. Uma situação que para alguns é apenas incômoda, para outros é motivo de consternação, ira e necessidade urgente de vingança. Por isso, impor limites à sociedade e a si mesmo é a ordem a ser seguida. Agir de forma racional e com bom senso pode ser uma tarefa árdua para muitos, mas é também essencial para a vida em comunidade.

É aí que entra o papel do Sistema Judiciário existente na cultura ocidental: padronizar as situações que caracterizam injustiça. Através dele, tenta-se frear o instintivo vingativo e substituí-lo por algo mais universal, justo, lógico e imparcial.

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