CONFORME DETERMINAÇÃO JUDICIAL DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, os cerca de 400 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar ocuparam o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para a retirada dos estudantes que protestam, há mais de uma semana, contra a presença da PM no campus. O prazo para a desocupação estipulado pela Justiça se esgotou às 23 horas de segunda-feira (7) e, desde então, o emprego da força policial estava autorizado.
O BATALHÃO DE CHOQUE COMEÇOU A AGIR POR VOLTA DAS 5 HORAS DESTA TERÇA-FEIRA (8) e, inicialmente, não houve confronto. Mesmo assim, três estudantes foram detidos por tentar furar o bloqueio policial para entrar novamente na reitoria. Um deles tentou se passar por profissional da impressa para voltar a ocupar o prédio.
RETIRADA DOS ESTUDANTES
UM GRUPO DE 60 "REBELDES" OCUPAVA A REITORIA QUANDO O BATALHÃO DE CHOQUE da PM chegou ao campus, por volta das 4h30 da manhã. Todos eles foram mantidos dentro de uma sala do prédio, enquanto, do lado de fora, cerca de 50 estudantes protestavam contra a ação. Antes de a PM retirar os manifestantes da reitoria, um a um, depois de ser revistado, era conduzido por um longo corredor formado por policiais, protegidos por escudos e cassetetes, até um ônibus da polícia. De lá, eles foram encaminhados ao 91º Distrito Policial (Ceasa).
CONSEQUÊNCIAS
A SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO (SSP-SP) informou que todos os estudantes que ocuparam a reitoria da USP irão responder por desobediência pelo não cumprimento da ordem judicial de abandonar o prédio até às 23 horas de ontem. Os estudantes poderão responder, também, por crime de dano ao patrimônio público, caso a perícia no prédio comprovar danos. A imprensa, no entanto, foi autorizada a visitar o local logo após a reintegração de posse da reitoria. As imagens feitas pela equipe da Rede Record mostraram paredes pichadas com inscrições em defesa do uso da maconha e móveis depredados.
PARA RELEMBRAR
OS CONFRONTOS ENTRE ESTUDANTES E PMs QUE FAZEM PATRULHAMENTO no campus da USP da capital, localizado no bairro do Butantã, acontecerem depois que três jovens foram detidos por policiais militares porque estavam fumando maconha no estacionamento da universidade. Revoltados com a abordagem, outros estudantes tentaram evitar que o trio fosse levado a uma delegacia. Eles passaram a exigir, também, que a PM abandonasse definitivamente o campus. Iniciava-se, assim, um dos maiores conflitos já registrados na Cidade Universitária.
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