segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Bem das pernas

Bem das pernas

Com tecnologia brasileira, método a laser para tratar varizes poderá ser utilizado pelo SUS

As varizes, veias arroxeadas, dilatadas e tortuosas que surgem nas pernas, afetam cerca de 40% dos brasileiros e abalam a vaidade feminina. Mais do que pela estética, é preciso cuidar do problema. Em casos graves, ocorrem alterações na pele e tromboses. As varizes dificultam a circulação do sangue e podem causar dor, inchaço e sensação de cansaço nas pernas.


Além do fator genético, idosos e mulheres são mais afetados. “Os mais jovens podem ter varizes devido ao sedentarismo e ao tipo de trabalho. A mulher moderna, por uso prolongado de anticoncepcional”, diz Calógero Presti, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular/SP.


Varizes superficiais são tratadas com o uso de meias elásticas ou injeções que secam os vasos. Para as mais grossas e profundas, indica-se a cirurgia. Cientistas do Instituto de Física da Universidade São Paulo (São Carlos) e da Faculdade de Medicina da Unesp (Botucatu) desenvolveram com tecnologia nacional um novo aparelho a laser para tratar as varizes. Um similar importado pode custar mais de R$ 100 mil.


Menos invasiva, a cirurgia a laser substitui o método tradicional, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que extrai as veias varicosas. A aplicação da luz causa o desaparecimento do vaso dilatado. “A recuperação é mais precoce, e as dores e incômodos do pós-operatório costumam ser menos frequentes”, diz Winston Bonetti Yoshida, professor da Unesp. O procedimento tende a ser mais rápido e o resultado igual ao do método tradicional.


Novos testes com o equipamento nacional podem popularizar a tecnologia. “Se o preço for menor que o do aparelho importado, o que é provável, poderá ser adquirido por hospitais ligados ao SUS”, diz.

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