sábado, 28 de setembro de 2013

Um caminho para o inferno.

Crack, pra que te quero?

Problemas gerados pelo vício nas drogas tomaram grandes proporções no País. O combate precisa ser firme e imediato





Não é de hoje que a juventude da Universal levanta a bandeira contra o crack. Jovens que um dia foram escravizados pelas drogas, hoje contam suas experiências e mostram que essa causa não é perdida, e que pode, sim, representar a mudança de vida para muitos que ainda estão com essa pedra no caminho.


Por esse motivo, a Câmara Municipal de São Paulo realizou a “Sessão Solene em Homenagem à Juventude Contra o Crack”. A cerimônia mostrou o trabalho da Universal e de centros de recuperação de usuários de drogas. Cerca de 315 ex-dependentes químicos receberam uma Moção de Congratulação – homenagem pela força de vontade na luta contra o vício das drogas.



Autoridades, como o vereador Jean Madeira (PRB) e o bispo Carlos Oliveira, relações institucionais da Universal, ajudaram a compor a mesa da cerimônia. Além deles, estavam presentes o deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B), o secretário de esportes, lazer e recreação, Celso Janete, o secretário municipal de promoção da igualdade racial, Netinho de Paula, entre outras personalidades.


Eles contaram, através de histórias pessoais, algumas dificuldades da luta contra as drogas e o problema que elas representam para a sociedade. Além de formas de combater esse mal. O enfoque foi o Projeto de Lei nº 039/2013, proposto pelo vereador Jean Madeira no começo deste ano, com o objetivo de criar a Semana de Prevenção ao Crack e Outras Drogas, em escolas municipais na capital paulista, de forma permanente e eficaz.


O vereador acredita que o problema causado pelas drogas tomou grandes proporções; desta forma, é necessário que exista uma semana dedicada à conscientização – nas escolas, comunidades e secretarias envolvidas – sobre os males causados pelas drogas, divulgando valores humanos e salientando a priorização da saúde e da vida.


“Quero unir forças para que enfrentemos esse mal. Não podemos ver um dependente e dizer ‘isso não é comigo, é culpa do governo’. Se você tem um filho, afaste-o do caminho das drogas. Aos educadores, vamos promover conscientização contra esse problema social”, declarou, acrescentando que não acredita em qualquer resistência ao projeto de lei. “Até porque quem não é contra as drogas, é a favor.”


Para o bispo Carlos Oliveira, o crack é um assunto que se relaciona a diversas áreas da sociedade, além de ser responsabilidade de cada cidadão contribuir na luta contra as drogas.


“Ao mesmo tempo em que se trata de caso de saúde pública, também diz respeito à segurança pública e esbarra em questões de direitos humanos, haja vista a polêmica gerada pela proposta de internação compulsória. Há muito tempo a Universal tem estado na linha de frente de combate ao uso do crack, da recuperação dos dependentes e da inclusão social de jovens e adultos. Cremos sinceramente que existe solução para o fim deste terrível mal, e que somos parte desta solução. A Universal tem contribuído e pode contribuir muito mais com a sociedade”, enfatizou.


A liberdade




Depois das pertinentes palavras daqueles que compuseram a mesa, foi exibido um vídeo que mostra a história de Edson Moreira dos Santos, de 32 anos, ex-morador de rua que recebeu apoio do Centro Terapêutico Ebenezer. O vídeo conta como foi a luta de Edson contra as drogas, como conseguiu dominar sua vontade e de que forma passou a ter o controle da própria vida. “Eu não tinha documento, não tinha dignidade diante da sociedade e os outros não me viam como uma boa pessoa. Hoje, por onde passo as pessoas me abraçam e veem que realmente eu estou mudado. Casei, minha esposa está grávida e a expectativa é que minha vida melhore cada vez mais.”


A jovem Fernanda Alves também contou um pouco de sua trajetória na luta contra os vícios. Ela destacou que durante oito anos usou crack, chegando a morar nas ruas. Mas foi liberta do mundo das drogas através do trabalho da Universal. No encontro, ela disse, com lágrimas nos olhos: “Hoje faço faculdade e atuo como assessora parlamentar. Sei que tenho capacidade. Não foi fácil a minha luta, mas acredito que, assim como eu tive forças para vencer, todos podem ter também.”


A cerimônia foi encerrada com uma apresentação dos rappers Médice e Gaspar, durante a qual os jovens foram incentivados a tirar as pedras do caminho.


A luta contra as drogas muda vidas




Adriano Santos de Santana, de 32 anos, é uma prova de que a história de mudança se repete na vida daqueles que decidem deixar as drogas. Adriano conta que, incentivado pelas más amizades na adolescência, começou o vício em bebidas, cigarro e, mais tarde, em maconha. “Eu achava que não ia me viciar, mas com o tempo percebi que já estava viciado”, observa.


Através da maconha, outras drogas, como a cocaína, entraram na vida de Adriano. O vício influenciou sua entrada no mundo do tráfico. “Minha esposa e eu brigávamos muito. Eu não conseguia dar atenção à minha filha e fui mandado embora do emprego. Trocava o dia pela noite e por mais que os meus pais quisessem me ajudar, não sabiam como”, relembra Adriano, que, através de um convite, chegou à Universal e tomou a decisão de deixar as drogas.


“Um obreiro me convidou para um núcleo de oração, disse que Deus estava me dando uma oportunidade. Com o tempo, Ele restituiu tudo o que perdi, consegui ter minha família de volta.”


Hoje, através do Força Jovem Universal, Adriano auxilia outras pessoas que passam pela mesma situação. “Faço parte do Força Jovem Universal e nós visitamos a Cracolândia. Para mim, que achava que morrer era lucro, hoje ajudo jovens a superar esse mal.”


Localizada na região central de São Paulo, a Cracolândia é conhecida pela intensa movimentação de usuários de drogas.


Drogas: uma causa social




“Crack!” é o som do estalo da pedra fumada no cachimbo. O nome dessa droga, entretanto, não é apenas uma alusão ao som, pois tem sua origem na língua inglesa, significando “estalo”, “quebra”, termo cunhado a partir da década de 1980, quando a droga começou a se tornar mais popular nos Estados Unidos. O produto deriva da cocaína e é comercializado no formato de pequenas pedras.


São necessários cerca de cinco a dez segundos, após a fumaça alcançar o sistema nervoso central, para que se fique sob o efeito da droga. Depois disso, a temperatura do corpo começa a subir, a pessoa passa a sentir tontura, dores de cabeça, o coração descompassa e a pele, com o tempo, muda para um tom pálido. Em alguns casos, ocorre derrame cerebral. A bronquite asmática é o primeiro sintoma, facilmente observado pelas tosses constantes. Sinais de queimaduras na boca do dependente também são característicos. O crack pode causar ainda aborto espontâneo. Quando o bebê sobrevive, nasce com cérebro de tamanho reduzido e chora quando exposto à luz.


Embora o efeito dessa droga seja forte, não é duradouro, por isso o usuário sente necessidade de consumir de 20 a 30 vezes por dia. Em pouco tempo de uso, a sensação de euforia, causada pelo neurotransmissor dopamina, diminui. A pessoa, então, começa a sentir depressão, sensação de vazio, o que provoca o desejo de consumir novamente.


Esse mal não escolhe classe social nem etnia e está amplamente difundido, principalmente nas grandes cidades. Muitos são os jovens que vêm perdendo a vida para o crack, seja pelo consumo desenfreado, seja pelo envolvimento com o tráfico. Quem luta contra esse mal, merece todas as homenagens.











Meu nome é Robson de Freitas, tenho 41 anos, fui ex- viciado em drogas, como crack ,cola maconha, lança perfume, cocaína, entre outras drogas, tudo começou por pura curiosidade do tempo em que estudava , fiz de tudo para usar as drogas, vendia meus sapatos, objetos pessoais, mais nada me saciava , ficava muito agressivo dentro de casa chegando ao ponto de colocar minha mãe em risco. uma vez Roubei um carro, sem saber que era de um policial, os policiais foram atrás De mim na minha casa. arrebentaram a porta para me matar. Minha mãe ficou na minha Frente, abriu a camizola e disse para o policial para matar meu filho vai ter que atirar em mim primeiro. Então um olhou para outro e disse que lá fora tinha muita gente e foram Embora sem atirar em mim. tudo aconteceu na minha vida por falta de esclarecimento, hoje eu não tenho um pedaço do meu corpo em conseqüência das drogas, a cocaína ela te da um ar de heroísmo, e você fica disposto a tudo. Passei por várias situações, durante 10 anos no mundo do crime e das drogas, as coisas que não pratiquei no crime , foi matar e seqüestrar.
Quando estava drogado sentia-me corajoso, forte, com ar de heroísmo, eu lembro que eramos cinco na quadrilha, 04 morreram eu fui o único que restou e sem uma parte do meu corpo. O crime ele te dá prazer mais ao mesmo tempo ele te da uma rasteira. Hoje sou liberto das drogas, aceitei ao Senhor Jesus, sou casado, tenho um bom emprego, filhos, enfim minha vida teve um antes e depois das drogas.

Qual a cena que mais marcou no mundo do crime?

Como você se sentia nos momentos de abstinência
e quanto tempo é  preciso para superar a crise?

O que você fez para sair definitivamente das drogas?

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