domingo, 2 de junho de 2013

“Larguei a vida”

Força Jovem ajuda Edson Silva a voltar ao caminho do bem e hoje o jovem orienta outros a superar o vício das drogas











O montador de móveis Edson Silva de Figueiredo sonhava ser pai e ser exemplo para o filho. Hoje, é um homem realizado: além de Kayky, de 6 anos, ele tem Kamyla, de 1 ano, e é casado com a bancária Keite. Mas a segunda parte do sonho não aconteceu com facilidade. Além de assaltante, Edson era drogado e, segundo suas palavras, foi preciso muita fé e apoio do Força Jovem, da Universal, para que sua vida mudasse radicalmente e ele voltasse para a Igreja.


“Com 24 anos, cheguei ao fundo do poço. Quando o meu filho nasceu, eu era o pior dos exemplos para ele. Não queria aquilo nem para o meu pior inimigo. Consumia crack várias vezes ao dia. Até que certa vez cheguei em casa drogado, agredi minha esposa e contei que era viciado em crack. Ela desabou, mas, em momento algum, disse que me largaria; pelo contrário, prometeu me apoiar para me livrar das drogas. Diminuí o consumo, mas não conseguia largar de vez”, conta.


No dia anterior ao nascimento do filho, Edson consumira crack a noite toda. Ainda com dores por conta do parto, Keite tentou localizá-lo. Em vão. Aquele era o pior momento da vida de Edson.


Assim como conta a história do filho pródigo - um jovem que resolveu sair de casa para viver sua vida longe do pai - Edson abandonara a fé, parando de frequentar a Igreja e deixara-se levar por um estilo de vida irregular, como bebida, drogas e dinheiro fácil. Faltava também temor a Deus.


“Tinha muita curiosidade em conhecer os prazeres do mundo, mas não imaginava as consequências. Larguei a Igreja e me entreguei a baladas, drogas... ‘Curtia’ muito, mas era infeliz”, admite.


No blog do bispo Macedo, o bispo Sérgio Correa, responsável pelos obreiros do Brasil, comenta mais sobre o texto bíblico do filho que deixou o lar.


“A princípio tudo parece ser liberdade, felicidade, noitadas, sexo, drogas, bebidas entre outros. Porém, depois que isso consume toda a vida, o afastado se dá conta da fome que sua alma sente, pois nada daquilo serviu para saciá-la. Daí inicia-se a queda livre para o fundo do poço, para o chiqueiro”, referência ao momento de pobreza extrema enfrentada pelo filho pródigo.


A história de Edson só começou a mudar quando sofreu uma infecção estomacal no presídio. Sofrendo, preso por roubo de celular, quando já respondia por outro processo, também por assalto, foi condenado a três anos e seis meses.


“Foi o momento de reflexão da minha vida e pedi para Deus me salvar”, lembra.


Depois de ouvir um anúncio no rádio sobre a Fogueira Santa, Edson deu um exemplo de fé durante a visita da esposa no presídio. 


“Do dinheiro que ela recebia de pensão por eu estar preso, pedi que separasse 10% para o dízimo e colocasse em um envelope para a Fogueira Santa, além de toda a quantia que traria para minhas necessidades. Disse-lhe que só iria me ver quando eu saísse da cadeia. Isso foi numa sexta-feira. No sábado, recebi o alvará de soltura. No domingo, levei o envelope da Fogueira Santa e dei meu testemunho de vitória por ter me libertado daquele inferno”, conta, emocionado.


Hoje, com 30 anos, Edson é exemplo não só para os filhos, mas para a família. Dedicado, tem dois empregos, comprou recentemente um apartamento e planeja fazer uma faculdade. Segundo ele, o Grupo Jovem foi o ponto de inspiração na sua vida.


“O Força Jovem ajuda a me manter no caminho do bem. Aqui, tenho o objetivo de ajudar outros jovens na comunidade a superar situações semelhantes ou até piores que aquela que vivi. Falo do milagre que Deus fez em minha vida e digo que é possível sair desse vício que tem escravizado nossos jovens no Rio de Janeiro”.

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