terça-feira, 2 de outubro de 2012

Perdoei a traição



Saí para a rua sem rumo. Fiquei andando por horas à beira da praia que ficava perto de onde eu morava. Fiquei recordando os dias de preparação para o meu casamento e o quanto Léo era carinhoso. Durante a caminhada, me lembrava de minha mãe dizendo para não me casar com ele, porque não daria certo, ele não professava a mesma fé e era mais novo que eu...

Lembrei-me do dia em que ele deu em cima de uma amiga minha, mas relevei, e que toda vez que ia à igreja comigo, dormia no banco e não via a hora de ir embora. As situações nos mostram que não dará certo, mas quando a gente age pelo coração e não pela razão... Vaguei a noite toda, cheguei em casa pela manhã e para minha surpresa Léo não havia chegado.

Nesse dia não fui trabalhar, não consegui. Ele só apareceu por volta das 9 horas da manhã, com a roupa amassada e cheiro de álcool. Mais uma briga, desta vez pior. Eu o agredi, dei um tapa em seu rosto, rasguei sua camisa, gritei como louca.

Ele me segurou com força me imobilizando e me jogou no sofá.

Foi para o banheiro, tomou um banho e saiu novamente. Conversei com minha mãe e com muita vergonha eu disse o que estava acontecendo, mas claro que omiti a briga que tivemos.

O que ela poderia fazer? Eu que fiz essa escolha, eu decidi com quem iria me casar, eu procurei o problema! Cheguei em casa à noite, não fui para a faculdade e Léo chegou mais tarde. 

– Léo, me desculpa. Vamos ficar bem, eu quero muito que nosso casamento dê certo.

– A culpa é sua que fica aí brigando à toa.

Ele estava me traindo, mas resolvi perdoar tudo para ficarmos bem. No outro dia, fui para o trabalho, estava acabada e com olheiras profundas. Eu não comentava nada com ninguém, tinha muita vergonha.

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