segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um país de evangélicos

Número de fiéis aumenta 61% em 10 anos e ultrapassa os 42 milhões. Ao mesmo tempo, católicos diminuem sua representatividade no Brasil




O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou: o País tem cada vez mais evangélicos. Segundo levantamento do Censo de 2010, a porcentagem de fiéis subiu de 15,4% para 22,2% em 10 anos. Para ser mais específico: dos 190,7 milhões de brasileiros entrevistados pela pesquisa, 42,3 milhões se disseram seguidores da doutrina.


O aumento não é um fenômeno recente. Em 1981, os evangélicos representavam 6,6% dos brasileiros e, em 1991, 9%. Ou seja, em 3 décadas, a parcela dos que seguem a crença mais do que triplicou. "Os evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período intercensitário", reconhece o estudo. E a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tem grande responsabilidade nesse crescimento, com 35 anos, recém-cumpridos, de muito trabalho e dedicação. (Leia mais na matéria Igreja Inovadora)


Ao mesmo tempo, os católicos perderam espaço. Se em 2000 detinham 73,6% da população, 10 anos mais tarde registraram 64,6%. Queda ainda mais significativa se comparada também com o ano de 1981, quando eram em absoluta maioria: 89,9%. Redução que "ocorreu em todas as [cinco] regiões" do País, lembra o texto do IBGE.




Durante 3 décadas, muitos trocaram de religião. Dentre as várias explicações para isso, o teólogo Rubens Teixeira arrisca uma simples: "Eles são encorajados a pregar para as outras pessoas e, por conta disso, o número de evangélicos só vai subir", disse em entrevista ao "Jornal da Record".


Foi assim que aconteceu com a família Santana. Sérgio e seus pais eram católicos praticantes. O pai perdeu o emprego e começou a ter problemas com a bebida. A mãe sofreu a "ponto de buscar ajuda em outras religiões". Recebeu convites para ir à Igreja Universal, mas não cedia. "Um certo dia, resolveu tirar as próprias conclusões, foi à Igreja e de lá nunca mais saiu", disse Sérgio. Já são 21 anos de conversão.


A expectativa é que, até 2040, católicos e evangélicos dividam a maioria da preferência dos brasileiros. Isso porque os evangélicos têm uma forte base jovem, com 15,4 milhões de pessoas até 20 anos, cerca de 36,4% do seu grupo – contra 31,9% dos católicos. Por outro lado, 16% dos católicos são idosos, contra uma parcela de 8% entre os evangélicos.

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