sábado, 14 de julho de 2012

Condenado à morte por tráfico internacional de drogas.


Empenho da diplomacia brasileira consegue retardar fuzilamento de brasileiro preso na Indonésia por tráfico. Ele seria executado ainda neste mês


A execução do carioca Marco Archer Cardoso, de 50 anos, condenado à morte por tráfico internacional de drogas na Indonésia, foi adiada após acordo entre o Itamaraty e o presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono. A condenação continua sem data definida. O instrutor de voo livre foi preso em 2003 ao tentar entrar naquele país com 13,4 quilos de cocaína, uma das maiores apreensões da droga no local.


A decisão foi tomada depois de intervenções feitas pela presidente Dilma Rousseff, pelo chanceler Antonio Patriota e pelo embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Alberto Da Silveira Soares. Os esforços brasileiros foram empenhados quando o jornal indonésio "Jakarta Post" divulgou que a execução de Archer aconteceria este mês e que o último pedido do carioca seria uma garrafa de uísque. Na ocasião, o promotor do caso, Andi DJ Konggoasa, declarou ter "se preparado para a execução em coordenação com os ministérios relevantes, as embaixadas e as famílias".


Desde 2004 Archer tenta converter a pena de morte em prisão perpétua ou a máxima aplicada na Indonésia (20 anos de cadeia). Ele já apresentou duas cartas de clemência ao presidente Yudhoyono, última opção legal para tentar escapar da morte. O primeiro pedido de perdão foi negado. A resposta ao segundo ainda não foi divulgada pelos órgãos oficiais. Caso seja morto, ele será o primeiro brasileiro executado em outro país e o primeiro ocidental a cumprir esse tipo de sentença, que é feita por fuzilamento na Indonésia.


Ele está na prisão de segurança máxima Pasir Putih, localizada a 430 quilômetros de Jacarta, a capital do país – formado por mais de 13 mil ilhas, entre elas a de Bali, um paraíso dos surfistas. A cocaína levada por Archer estava escondida dentro dos equipamentos de voo livre e havia sido adquirida em Lima, capital do Peru. Ele alega que com a venda da droga iria pagar a dívida de uma cirurgia feita em Cingapura, depois de sofrer um acidente de parapente, em 1997.


Outro brasileiro que também está no corredor da morte é o surfista paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 39 anos. Ele está preso desde 2004, quando foi detido ao portar 6 quilos de cocaína escondidos dentro de uma prancha de surfe. Para ele, as opções de recursos não se esgotaram e ainda lhe resta um pedido de perdão.


Desde 1997, quando a pena de morte para traficante internacional de drogas foi instituída no país, apenas uma pessoa foi executada no paredão. Há quatro anos a Indonésia não realiza execuções. Os dois brasileiros integram uma lista de 30 estrangeiros que estão no corredor da morte – a maioria deles por tráfico de drogas.

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