sexta-feira, 6 de julho de 2012

Síndrome de burnout




Um dia você acorda cansado e sem vontade 

de ir trabalhar. Parece uma tortura estar 
naquele ambiente, conversar com
 as pessoas, desempenhar suas funções. 
 No dia seguinte, 
você arruma qualquer desculpa para faltar.
 No terceiro, 
 sente dores pelo corpo e algo o angustia, 
mas você não 
sabe bem o que é. Se essa situação parece 
familiar, 
cuidado: você pode estar com a síndrome 
de burnout, 
ou estafa crônica.

Descoberta na década de 70 por um 

psiquiatra inglês, 
a burnout, referência a “consumir-se de 
dentro para fora”,
 se caracteriza pelo estresse crônico 
 vivenciado 
principalmente por profissionais que lidam
 com 
dificuldades alheias, como médicos e 
professores,
 jovens em início de carreira e operários.

Mas ninguém está imune. Segundo o 

psicanalista 
Chafic Jbeili, especialista no assunto, a 
síndrome 
se inicia 
com o desânimo e a desmotivação com o 
trabalho e pode culminar em doenças 
psicossomáticas, levando o 
profissional a faltas frequentes, afastamentos
 e até à aposentadoria por invalidez.

“Descobri que tinha a síndrome a partir 

de uma crise 
de asfixia. Fiquei internada por 3 dias. 
O diagnóstico foi 
crise nervosa”, conta a professora afastada
 Mara Rubia, 
de 40 anos.

Ela lembra que o pesadelo começou com o 

comportamento inadequado dos diretores 
da escola onde trabalhava: “Eles queriam 
disputar poder e humilhavam os funcionários.

Tenho pesadelos diariamente. Não passo 

em frente aos 
colégios com medo de encontrar os diretores
 e, pior, 
perdi o total interesse pelo magistério.”

Jbeili diz que os professores estão entre as 

maiores
 vítimas da burnout, porque saem da faculdade 
querendo
 “mudar o mundo” através da educação, e 
 quando se 
deparam com a realidade se frustram muito.

“As condições de trabalho são precárias. Segundo

 pesquisas recentes, mais de 43% dos professores 
da rede pública apresentam sinais da síndrome 
de burnout”, aponta.Sonia 
Maria Tavares também viveu o desgaste na pele.
 Como psicopedagoga, aceitou um trabalho que 
envolvia crianças e adolescentes em situação de 
risco atraída pelo alto salário,
 mas acabou pagando com a saúde.

Ela conta que quando completou 6 meses no 

emprego
 tinha se tornado amarga, tratava os colegas com
 frieza e 
chegou a pagar pessoas para desempenhar suas 
 funções: “Eu comecei a faltar, não dormia direito, 
vivia angustiada” Sonia procurou ajuda 
psicológica
 e reuniu forças para mudar de emprego.

Mônica Amaral de Oliveira, consultora de 

recrutamento e 
seleção, diz que as empresas precisam entender 
que 
garantir a qualidade de vida do trabalhador é 
 garantir o rendimento. “Há empresas hoje com
 salas de massagem ou academia para os 
colaboradores se desligarem por um tempo.

O investimento garante a saúde dos funcionários 

e, consequentemente, mais rendimento”, diz. Ela 
explica que,
 para não estressar, é importante ver o trabalho 
como apenas uma das tarefas na vida. E dá uma
 dica preciosa: “É preciso ser comprometido, 
mas 
também pensar em si”.

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