quarta-feira, 27 de junho de 2012

DETETIVES PARTICULARES



EM APENAS 5 ANOS, PROCURA POR SERVIÇOS DE DETETIVES PARTICULARES TRIPLICOU NO BRASIL, FAZENDO DO PAÍS UM DOS MERCADOS MAIS LUCRATIVOS PARA ESSES PROFISSIONAIS 




CASOS CONJUGAIS SÃO O "CARRO-CHEFE" E CONCENTRAM 80% DO TRABALHO DOS AGENTES, SEGUIDOS POR PAIS QUE QUEREM SABER SE OS FILHOS USAM DROGAS E DE EMPRESAS QUE DESCONFIAM DE ATITUDES ILÍCITAS DE FUNCIONÁRIOS

Contratar um detetive particular não é mais coisa de cinema. Hoje, principalmente nos grandes centros urbanos, esses profissionais estão vendo sua clientela triplicar nos últimos anos. A grande demanda pelos serviços de espionagem é comprovada pelo detetive Eloy Lacerda, um dos mais requisitados de São Paulo. Lacerda explica que a maioria de seus clientes são mulheres que querem provar a traição ou o desvio de bens por parte do marido. Segundo ele, a cultura de banalização sexual e dos relacionamentos tem deixado as pessoas mais dispostas a traírem, o que se reflete diretamente na atividade profissional dos detetives particulares.

Ainda de acordo com o agente, nem todas as provas levantadas pelos detetives chegam à Justiça, porque muitas vezes são obtidas de forma ilícita. "Mas elas servem para nortear os advogados sobre o caminho a seguir", diz. Desta forma, os detetives se transformaram nos maiores aliados na hora do divórcio legal, já que, de acordo com a lei, se as provas apontam que um dos cônjuges é responsável pelo fracasso da união, ele pode ter de pagar indenização ao parceiro por danos materiais e emocionais.

Atualmente, as investigações conjugais representam 80% do trabalho dos detetives brasileiros, seguidas de pais que querem saber se os filhos usam drogas (10%) e de grandes empresas que querem investigar seus funcionários (5%). Outras 5% das investigações têm outros motivos mais particulares. Mas devido à grande demanda pelas espionagens entre casais, esse serviço ainda é o “carro-chefe” dos detetives, o que faz com que a maioria deles se especialize apenas nesse tipo de caso, classificado pelos profissionais como um dos mais complexos, devido às diferentes expectativa que os clientes têm para o caso.

"Há quem gaste fortunas com a contratação desses profissionais, que provam inúmeras vezes à pessoa que seu parceiro não tem caso extraconjugal, mas ela nunca se dá por satisfeita e, passado pouco tempo, ela pede uma nova investigação. Mas existem também as personalidades mais inflamadas, que optam por acabar com a relação imediatamente, sem nenhuma prova concreta de traição nas mãos", relata Lacerda.

Como nos casos das investigações conjugais o emocional está envolvido no caso, o detetive diz que é preciso evitar atitudes precipitadas e, que, na hora em que a dúvida de uma suposta traição surgir, toda cautela pode ser pouco. "Dar prioridade à razão e ao bom senso nunca é demais. Uma conversa franca com o parceiro é, sim, uma questão delicada, mas muitas vezes traz bons resultados. E o melhor: quase sempre sai bem mais barato que contratar um detetive", finaliza o detetive.

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