"Quando se inicia um relacionamento, assina-se uma espécie
de contrato com a outra pessoa e conosco mesmos. Nesse contrato existe
uma cláusula que diz que você pode ou não ser muito feliz", que o sonho
pode ou não dar certo." É desta forma que Ligia Clarck, psicóloga da
Universidade de Cambridge, na Inglaterra, define os relacionamentos
entre homem e mulher. Segundo ela, por tudo isso, é importante não
terceirizar a felicidade própria depositando todas as expectativas no
ser amado. "Agir assim é pedir para o relacionamento não dar certo",
diz.
Quase todo o mundo, no entanto, age levado pelo impulso momentâneo,
quando o assunto é o coração, e deposita todas as fichas no próximo,
situação que aumenta consideravelmente as possibilidades de frustração.
"Daí não vale colocar a culpa toda no outro por sua infelicidade. Será
que você não terceirizou sua felicidade? Será que você pode fazer alguém
feliz se não se sente assim? Pense bem, ninguém podem dividir aquilo
que não tem", aconselha Ligia Clark
Refletindo sobre tais conselhos, fica evidente que o problema nem
sempre está só no outro. "Às vezes, por pior e mais difícil que seja,
devemos olhar primeiro para nós mesmos. Agir assim não é egocentrismo.
Longe disso, é respeitar a si mesmo e aos outros", continua a
pesquisadora, que alerta também para o fato de ser preciso sempre
reavaliar as próprias atitudes, parar e pensar antes de agir e, acima de
tudo, aprender a ser feliz. Como? "Amando-se muito", completa. "Só
amando primeiro a você mesmo é que você poderá deixar alguém te amar. Só
assim, ensina a psicóloga, é possível entregar a vida a outra pessoa e
viver em função do amor. “Do contrário, nada feito. É frustração na
certa", finaliza.
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