terça-feira, 27 de março de 2012

DIA DE FÚRIA



ATAQUES DE FÚRIA MOTIVADOS POR SITUAÇÕES BANAIS OU SEM CAUSA APARENTE ESTÃO ENTRE OS CINCO TRANSTORNOS PSÍQUICOS MAIS COMUNS DA ATUALIDADE

SÓ NOS EUA, POR EXEMPLO, DOENÇA ATINGE 16 MILHÕES E COLOCA OUTROS 32 MILHÕES EM RISCO


Levar uma fechada de carro, mesmo que o motorista não tenha tido intenção, já suficiente para você transbordar de raiva? Já precisou se segurar para não avançar sobre a pessoa que está à sua frente na fila, que demora para usar o caixa eletrônico? E quando você vai fazer compras e o vendedor diz que não tem o que você está procurando, é preciso controle para não dar um escândalo público?

Então, cuidado. Distúrbios psiquiátricos marcados por ataques de fúria repentina podem ser uma doença muito mais comum do que se imagina. Depois de analisar inúmeros casos, psiquiatras norte-americanos batizaram esse desequilíbrio de Distúrbio da Explosão Intermitente (DEI), e se assustaram com a grande quantidade de pessoas acometidas pela doença.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que existem mais de 16 milhões de americanos vítimas do Distúrbio da Explosão Intermitente, número bastante superior ao de paciente de esquizofrenia. Segundos os estudiosos, esses ataques de fúria oferecem riscos não só às pessoas que convivem com o doente, mas também ao próprio paciente, que em alguns casos acaba se ferindo gravemente. Lançar objetos contra a parede, danificar o próprio carro ou os móveis da casa também são eventos comuns. Em alguns casos mais graves, é possível que o portador do distúrbio machuque seriamente as pessoas que o cercam, mesmo quando em situações inusitadas, como no escritório da empresa em que trabalha. "Basta que o colega se negue a ajudá-lo numa tarefa para que a crise seja desencadeada", exemplifica um dos realizadores da pesquisa.

O que coloca todos em alerta, segundo os especialistas, é que, se apenas nos Estados Unidos há 16 milhões de portadores desse distúrbio, então, na melhor das hipóteses, haverá 32 milhões de pessoas com potencial risco de perder a vida! "Trata-se de um problema de saúde pública, pois cada uma das crises pode fazer múltiplas vítimas, inclusive o paciente", explicam.

Para que uma pessoa seja diagnosticada com o DEI, é preciso observar se a raiva despertada condiz com a situação. A principal característica da doença é desproporção entre a intensidade da ira e o evento que a produziu. Além do mais, o indivíduo nunca dá sinais de que está entrando em crise. Apenas três ou quatro episódios de ataque de fúria, durante toda a vida, já podem caracterizar o distúrbio, apesar de que a maioria dos pacientes estudados apresentou mais de 43. Mesmo assim, consultar um psiquiatra é a única forma segura de constatar a doença.

O transtorno é mais comum em homens, e o tratamento compreende o uso de antidepressivos e psicoterapia, que visa principalmente à modificação de comportamento e exercícios de controle da raiva. A idade média do primeiro ataque é de 14 anos.

Um comentário:

  1. Doenças psicológicas no homem ou na mulher se tornam perigosos para sociedade tem que ser tratados mais rápido possível.Diz o bispo Geraldo Vilhena.

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