sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sem compromisso

Sem compromisso

Será que investir em relacionamentos temporários é o melhor caminho para vencer a solidão?

Ficar e não namorar, morar junto e não casar são decisões comuns na atualidade. Ao contrário do que se pensa, este comportamento não é comum apenas aos jovens, mas também a pessoas com idade mais avançada que, por vários motivos, optam pelo não compromisso oficial. A psicóloga cognitivo-comportamental e especialista em Neuropsicologia, Betty Federman, explica o porquê de muitas pessoas não desejarem se comprometer.


“A maioria das pessoas que preferem não enveredar-se em um relacionamento mais tradicional alega que é melhor não ter compromisso, não estabelecer uma relação. Para elas ‘ficar’ é uma maneira de expressão da própria liberdade de viver”, diz.


A psicóloga ressalta que estas pessoas, muitas vezes, necessitam de um fortalecimento e de uma autoafirmação e contam com certo orgulho o número de “ficadas” que estabeleceram, por exemplo, em uma festa.


“Ficar é ocasional e é também superficial. Com o tempo, estes mesmos ‘ficantes de carteirinha’ começam a perceber que não conseguem encontrar a felicidade que tanto buscam, pois a emoção de sentir-se bem, feliz e seguro depende da continuidade de um processo que uma relação estável promove”, enfatiza.


Devido a frustrações amorosas, a auxiliar administrativa C.D.D. (como prefere ser identificada), de 38 anos, não pensa em assumir um compromisso. “Vivi uma relação onde só eu estava envolvida inteiramente. Hoje só fico. É cada um com a sua vida. Não quero dividir o mesmo teto porque não abro mão da minha individualidade”, afirma.


“Não queria fazer feio para as amigas”


A empresária Sandra Aparecida Martins Costa, de 31 anos, conta que não queria assumir nenhum compromisso sentimental. Durante as baladas, ela ficava com vários rapazes, tudo para não fazer feio no meio das colegas e preencher a sensação de vazio interior que sentia. “Eu bebia e beijava muito. A sensação de alegria terminava ao chegar em casa, quando sentia nojo do que havia feito e chorava bastante. Sempre ficava arrependida”, lembra.


O estilo de vida descompromissado de Sandra terminou quando conheceu uma pessoa com a qual se relacionou durante 7 anos até descobrir que era traída. “Fiquei arrasada. Passei a acreditar que ninguém jamais me daria valor. Mas, ao participar da Terapia do Amor, descobri que tinha de dar valor a mim mesma e a Deus para então ser valorizada”, diz.


Nesta época Sandra conheceu, na Igreja Universal, o jovem Wesley, hoje seu marido. “Quando tive a certeza de que ele era a pessoa certa que Deus queria para mim, tomei a iniciativa de ir ao encontro dele e indagar se ele tinha algum compromisso. Começamos a namorar, casamos e somos muito felizes, porque Deus está à frente de tudo em nossas vidas”, conclui.


Terapia do Amor
A Terapia do Amor é uma reunião realizada aos sábados, em todas as sedes estaduais e regionais dos cenáculos do Espírito Santo. Nos encontros, as pessoas recebem orientações de como proceder para obter sucesso nesta área em que há tanto sofrimento. As reuniões acontecem em vários horários, especialmente às 19h.


Colaborou: Douglas Ferreira

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