Cenáculo é atacado no Senegal
Onda de violência contra governo provoca morte e deixa muitos feridos
David Telles e Cristiane Alves
redacao@folhauniversal.com.br
Senegal – Milhares de manifestantes senegaleses, contrários a mudanças na legislação eleitoral do país, incendiaram prédios do governo e igrejas cristãs no final do mês passado. Essa onda de violência chegou até a sede do Cenáculo do Espírito Santo, localizado na capital Dacar. A situação no Senegal permanece muito tensa, com a população passando por grandes transtornos. Também estão ocorrendo cortes de energia em várias regiões, prejudicando a economia.
“O presidente Abdoulaye Wade queria alterar a constituição, assegurando a vitória ao candidato que conquistasse apenas 25% votos nas eleições de fevereiro de 2012, sem precisar de um segundo turno. Essa medida garantiria a ele um terceiro mandato e acabou provocando um protesto na frente da Assembleia Nacional, com confronto entre manifestantes e a polícia. Após um recuo de Abdoulaye, a população ficou ainda mais motivada e continuou nas ruas para lutar por melhorias no abastecimento de energia”, relatou o bispo Luís Valente, responsável pelo trabalho evangelístico da IURD no Senegal.
Durante os ataques contra escritórios do governo e igrejas cristãs, mais de 100 pessoas ficaram feridas. Dias após o início dos tumultos, os manifestantes atacaram um templo, desta vez deixando como saldo um morto.
“No fim de semana seguinte, mais de mil manifestantes atacaram a sede da Igreja Universal. Eles roubavam o que viam pela frente, queimando o que não podiam levar. A investida ocorreu no fim da noite, em várias etapas, prolongando-se até a madrugada. Outros endereços da IURD também foram saqueados e queimados. No dia seguinte, por volta das 21h, o Exército apareceu com carros de combate para proteger o que restou da sede”, revelou o bispo Luís Valente.
Perseguições não intimidam
Há 15 anos, a IURD vem promovendo a transformação espiritual e social dos habitantes do Senegal, um país localizado na África ocidental. “Não contamos com a proteção das autoridades, mas, claro, contamos com a proteção de Deus. É guerra contra o inferno. Esta é a minha profissão”, assegura o bispo Luís Valente.
Mesmo sendo vítima de covardes perseguições, a IURD não se intimida e continua crescendo não só nesse país africano, como no mundo, marcando presença em quase 200 países.
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