terça-feira, 4 de maio de 2010

Fraturas


Fraturas (quase)invisíveis
Ivonete Soares redacao@folhauniversal.com.br Mesmo sem traumas aparentes no raio X, dores contínuas após quedas e batidas precisam ser investigadas com mais precisão Você caiu, sofreu uma batida ou torção e, ao procurar ajuda médica, nada foi detectado num primeiro exame de raio X. Mas, depois de alguns dias, a dor persiste e, o que é pior, com a mesma intensidade. Cuidado: não deixe de voltar ao médico, pois você pode ter sofrido uma fratura incompleta, ou seja, um tipo de fratura que não aparece em um primeiro raio X, mas, quando repetido dias depois, pode ser visualizada. Em outros casos, ela somente é identificada com exames mais complexos e precisos, como a ressonância magnética ou a tomografia. É o que alerta o ortopedista Miguel Akkari, chefe do grupo de Ortopedia e Traumatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo. Segundo Akkari, esse problema normalmente acontece porque o osso não desvia da posição normal dele, mas apenas sofre uma fissura. “Em alguns casos, a fratura acaba se consolidando e a pessoa nem fica sabendo que estava com o osso fissurado. Porém, quando isso não acontece, a situação pode se agravar, pois há a possibilidade de o osso fissurado sofrer um desvio, ou seja, sair do lugar, sendo necessário procedimento cirúrgico”, explica o médico, acrescentando que as crianças e os idosos são os que mais sofrem com este tipo de problema. Por isso, é muito importante observar os sintomas, especialmente em crianças, que, dependendo da idade, não conseguem expressar claramente o que estão sentindo. Os pais devem ficar atentos a queixas de dor persistente de baixa e média intensidade após episódios de queda ou batidas. “Nelas, as fraturas incompletas acontecem geralmente na região do punho e do cotovelo. Normalmente, o diagnóstico é feito através de exame clínico, a região afetada é imobilizada e a criança fica em observação para que seja avaliada a evolução do qua- dro”, esclarece. Já entre os idosos, a maior incidência de fraturas é no quadril. “Nesses casos, é possível pedir exames mais incisivos para diagnosticar a fratura incompleta, como ressonância magnética e tomografia”, adverte. Akkari esclarece, porém, que após um incidente é normal sentir dor na região atingida por 1 ou até 2 semanas. “No entanto, essa dor deve melhorar progressivamente, dia após dia. Do contrário, é importante procurar novamente o médico para realizar uma segunda avaliação”, finaliza.

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