segunda-feira, 3 de maio de 2010

Beijo Artistico


BEIJO ARTÍSTICO:PARA BEIJAR E NÃO SE APAIXONAR É PRECISO SER PROFISSIONAL, “FRIO” OU LUTAR CONTRA O INSTINTO?O beijo técnico, ainda amplamente utilizado em filmes e telenovelas, é uma invenção norte-americana, que surgiu praticamente ao mesmo tempo que a televisão, nos anos 50, e tem como princípio apenas uma regrinha: o ator jamais deve utilizar a língua. A ideia do beijo técnico veio à tona quando o puritanismo americano se sentiu obrigado a distinguir o duplo sentido que o beijo inspira, ou seja, a intenção era não deixar que a família americana se deparasse com aquilo que poderia ser o prenúncio de desejo sexual. Com o beijo “interpretado”, evitava-se constrangimentos maiores e apenas a manifestação mais resguardada de carinho e amor chegavam ao restrito público. Hoje em dia, embora ainda bastante utilizado, muitos críticos de tevê condenam o beijo técnico, sob a alegação de que o público quer mesmo é ver “o circo pegar fogo”! Para eles, beijos ensaiados são como falas decoradas que ecoam artificialmente da boca de um amador. “São artificiais, não agradam, nem interessam a ninguém”. Críticos mais ríspidos afirmam, sem titubear, que o telespectador de hoje não é mais aquele ser inocente do início dos anos 50, e que, hoje, todos sabem muito bem que beijos não se interpretam. “Não há quem não se frustre quando vê isso acontecer”. Para eles, o telespectador moderno ordena que haja emoção despida da ficção, além de que, se o proibido faz parte da realidade, deve então ser utilizado na arte “com pouco pudor”. E completam: “A ficção está na obrigação de demonstrar que o beijo é de verdade”.

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