quarta-feira, 1 de junho de 2011

O anel





Um aluno chegou a seu professor com um problema: "Venho aqui porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?" O professor, sem olhá-lo, disse: "Sinto muito meu jovem, mas agora não posso ajudá-lo. Devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez, depois." E, fazendo uma pausa, falou: "Se você me ajudar, eu posso resolver meu problema com mais rapidez e depois, talvez, possa ajudá-lo." "Claro, professor!", gaguejou o jovem. O professor, então, tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse: "Monte no cavalo e vá até o mercado. Deve vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenha pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro." O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado e começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele. Só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas. Depois de oferecer a joia a todos que passavam pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor para poder receber a sua ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse: "Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel." "Importante o que me disse, meu jovem", contestou, sorridente. E disse: "Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com o meu anel." O jovem foi ao joalheiro e lhe deu o anel para examinar. Ele examinou o anel com uma lupa, pesou-o e disse: "Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro." "58 MOEDAS DE OURO!", pestanejou o jovem. "Sim", retrucou o joalheiro. "Eu sei que com o tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente..." O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu. "Sente-se", disse o professor. E depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, falou calmamente: "Você é como esse anel, uma joia valiosa e única. Só pode ser avaliada por um especialista. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?" E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. Todos nós somos como joia: valiosa e única. Andamos pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem, mas só um especialista, Jesus, o Grande Joalheiro, sabe o seu real valor. Portanto, repense o seu valor!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mágoa



Por Talita Boros talita.boros@folhauniversal.com.br
“Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.” A frase do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare reproduz exatamente o efeito desse sentimento negativo, que é alimentado pelas más lembranças e que provoca até reflexos na saúde. Pessoas ressentidas comumente sofrem de gastrite nervosa, úlcera e tem mesmo mais disposição para desenvolver o câncer. Compromete a autoestima e prende permanentemente a pessoa no papel de vítima, impedindo a superação do problema. Além disso,estudos recentes mostram o impacto de sentimentos negativos, como a mágoa e o rancor,no sistema cardíaco.A psicanalista Lindalva Moraes explica que a pessoa ressentida sente necessidade de alimentar a dor, fortalecendo a posição de injustiçada,e confirma que esses sentimentos negativos podem acabar influenciando numa piora da saúde, colaborando para o aparecimento de sintomas físicos e até de doenças graves, como o câncer. “Isso só começa a mudar quando a pessoa passa a analisar a situação, tentando entender se teve alguma culpa naquilo que aconteceu. O questionamento é o primeiro passo,depois é tentar abstrair o sentimento negativo”,diz.Segundo o professor de Psicologia Júlio Rique Neto, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), existem diversas formas de controlar a mágoa, mas somente o perdão é capaz de fazer as pessoas realmente superarem esses anseios. “Mesmo aquelas que têm o sentimento de vingança, não se sentem melhor depois que quem lhes fez mal paga por isso. O ressentimento não passa”, explica. “Se existe alguém que conseguiu superar uma situação de traição sem perdoar, não conheço, nunca passou pelo meu consultório ou respondeu às minhas pesquisas”, enfatiza o pesquisador,que desenvolve estudos sobre o desenvolvimento sociomoral e o perdão.A estudante de nutrição Jéssica da Silva, de 19 anos, conseguiu aliviar a mágoa perdoando o namorado. Quando era mais jovem se relacionou com um homem mais velho que a magoou intensamente. O namorado pediu perdão, conseguiu reconquistar o coração da jovem e hoje os dois estão juntos há mais de 1 ano. “Quando a pessoa mostra arrependimento verdadeiro, a gente consegue perdoar. O perdão também faz bem para quem está sofrendo. É um recomeço. E nós dois conseguimos superar a situação”,conta.O Forgiveness Institute (Instituto do Perdão) da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, se dedica a estudar cientificamente os benefícios do perdão e defende a prática. O psicólogo Robert Enright, uma das autoridades no tema, explica que quando uma pessoa perdoa,ela exerce o aprendizado da virtude moral. “O perdão é como a paciência, bondade, justiça e o respeito. Em todas essas virtudes, não existem pré-requisitos para oferecê-las. A pessoa não precisa ser justa para receber lealdade, por exemplo. E o mesmo funciona para o perdão.Nós podemos oferecê-lo aos outros sempre que desejarmos. O perdão é incondicional,assim como a justiça”, diz. Patrícia da Silva Armani, prima do eletricista brasileiro Jean Charles (que foi morto injustamente pela polícia de Londres há 6 anos), confessa não saber se perdoou a chefia da Scotland Yard e os policiais que mataram o primo. “Eu tentei superar. Nos últimos anos tenho evitado pensar nisso. Quando eu lembro, a dor volta. Não sinto rancor dos policiais, afinal eles estavam cumprindo ordens do Ian Blair (chefe da polícia londrina na época). Dele eu guardo mágoa”, diz. Segundo Enright, não é fácil perdoar qualquer tipo de erro e muitas pessoas não conseguem perdoar injustiças terríveis, como no caso do assassinato de um ente querido.
A norte-americana Robin Casarjian foi estuprada quando era jovem e, apesar da violência que sofreu, lutou para conseguir superar o rancor que sentia pela situação. “O que muitas vezes as pessoas não entendem é que perdoando estamos fazendo um favor a nós mesmos. O perdão serve para nos libertar da prisão emocional da raiva, ressentimento e infelicidade. É um presente que damos a nós mesmos”, destaca Robin, que se tornou terapeuta especializada no trato de preconceitos e raivas e escreveu “O Livro do Perdão — O Caminho para o Coração Tranquilo”. O estudo científico sobre o perdão explodiu na última década e pesquisas mostram que pessoas que perdoam sofrem menos ansiedade e depressão. Segundo Robin, durante recente Reunião Anual da Sociedade de Medicina Comportamental dos Estados Unidos, uma pesquisadora da Duke University Medical Center afirmou que os benefícios do perdão estão correlacionados com o aumento da função imunológica em pacientes com o vírus HIV. Além de dar a sensação de liberdade, como afirma Robin, o ato de desculpar pode fazer muito bem à saúde de quem consegue realizá-lo. Segundo o professor da UFPB, pessoas que sofrem de estresse cardíaco após uma grande decepção restauram as funções do coração depois que conseguem perdoar o outro, assim como as que tinham alterações de pressão, retomam o ritmo normal após relevarem o rancor e perdoarem. “O perdão reestabelece o controle emocional e físico do corpo, além de reabilitar a dignidade e o bem-estar da vítima”, afirma. O operador de telemarketing Péricles de Souza Macedo, de 19 anos, acredita que esse sentimento negativo realmente afeta a saúde. “Quem guarda ressentimento fica doente, faz mal para cabeça e para corpo. É muito ruim”, diz. Ele se considera uma pessoa que sabe perdoar e lembra que já exercitou a prática algumas vezes na vida. “Descobrimos que as pessoas que foram tratadas injustamente tendem a ter menos energia se não perdoarem. Perdão adiciona vitalidade, acrescenta alegria, e isso tem um efeito positivo no sistema cardiovascular já que a raiva incessante é prejudicial”, relaciona o psicólogo Robert Enright. A última pesquisa feita na Universidade de Wisconsin mostra que quem perdoa apresenta um grande crescimento da autoestima e da esperança no futuro. Os resultados serão explicados no próximo livro do estudioso chamado “A Vida Perdoa”, que será lançado em breve pela Associação Americana de Psicologia. No outro lado, para ser verdadeiramente perdoado, primeiramente a pessoa que cometeu a injustiça deve se arrepender do erro que cometeu. “Se queremos o perdão do outro é importante assumir total responsabilidade por aquilo que fizemos, pedir desculpas e tentar fazer as pazes. Mas a decisão de perdoar ou não cabe a outra pessoa”, explica Robin. A terapeuta destaca ainda que mesmo quando o pedido de desculpa não é aceito, a pessoa precisa trabalhar o autoperdão, para entender o que a levou a cometer aquele comportamento negativo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

AMOR QUE ENLOUQUECE



PAIXÃO PODE, SIM, TRANSFORMAR-SE EM ÓDIO E MOTIVAR ATITUDES VIOLENTAS, MAS PROCESSO É LONGO

QUANDO AS BARREIRAS ENTRE UM SENTIMENTO E OUTRO SE TORNAM EVIDENTES, QUASE SEMPRE É TARDE DEMAIS
Há muito tempo a ciência tenta explicar como um dos sentimentos mais nobres do homem, o amor, pode pegar a contramão e acabar destruindo violentamente a quem se ama. Os inúmeros casos de crimes ditos passionais trazem à tona, também, o instigante enigma de como a mente pode se transformar num vulcão de sentimentos devastadores quando alguém vive uma paixão patológico-obsessiva.

PAIXÃO X ÓDIO: APESAR DE SEREM SENTIMENTOS OPOSTOS, ORIGEM É A MESMA
Uma corrente de psiquiatras acredita que amor e ódio são como cabeça e cauda de uma mesma serpente. Ou seja, um não pode viver sem o outro. Segundo esse princípio, nenhum ser humano ama, nem odeia outro absolutamente. Apesar do quase contrassenso, ainda de acordo com essa teoria, nenhum amor sobrevive ou prospera sem algum resquício mínimo de aversão, e vice-versa.

APAIXONADOS E DOENTES: PERFIS SEMELHANTES
A medicina acredita que nos casos patológicos possa haver desequilíbrio de um desses dois sentimentos antagônicos, que acaba ganha proporções anormais. Quando isso acontece, punir o outro é quase sempre um dos objetivos de quem tira a própria vida em nome do amor. Quem se mata pode ser incapaz de conviver com a frustração de não ter o objeto amado. Mas a transformação da paixão em ódio muitas vezes é um processo muito longo, o que dificulta saber exatamente quando o amor saudável se transformou em nocivo. Às vezes, quando as barreiras entre um sentimento e outros se tornam evidentes pode ser tarde demais.

“Quem se mata pode ser incapaz
de conviver com a frustração
de não ter o objeto amado”

Apesar da complexidade do assunto, psiquiatras e psicólogos deixam uma dica importante: O amor saudável se caracteriza por sentimentos de generosidade e de solidariedade. A pessoa que ama quer, antes de tudo, a realização pessoal do ser amado, e não apenas a dela própria. Já o amor patológico inverte essa proposição. A pessoa amada precisa servir ao narcisismo daquele que ama. Então, pode-se dizer que essa pessoa não ama a outra. Ele apenas a usa para reforçar sua autoestima.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CRIME DE SALTO ALTO



PARTICIPAÇÃO DA MULHER EM CRIMES DE TODA NATUREZA VEM AUMENTANDO DESDE 2005; TRÁFICO É A ATIVIDADE A QUE ELAS MAIS TÊM SE DEDICADO
MAIORIA DAS INFRATORAS É JOVEM, BRANCA E TEM ALGUMA ESCOLARIDADE, MOSTRA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
A participação do sexo feminino em praticamente todas as modalidades de crimes aumentou no Brasil pelo quinto ano consecutivo. O tráfico de drogas foi o tipo de delito em que mais cresceu a participação de mulheres. Enquanto o índice tráfico entre os homens cresceu 4% no último ano, entre as mulheres o aumento foi bem maior e chegou a 11%.

TRANSPORTE INTERNACIONAL DE DROGAS É PRATICADO EM 90% DOS CASOS POR MULHERES, AUMENTO DE 11% EM CINCO ANOS
Só no Estado da Bahia, por exemplo, das cerca de 400 mulheres que cumprem pena, 280 (ou 59,5%) estão enquadradas em ocorrências relacionadas com o tráfico de entorpecentes. Em todo o País, de cada 20 mulheres presas na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente – cuja carceragem é destinada a abrigar mulheres detidas – 15 (75%) estão lá por flagrantes de tráfico de drogas. Com relação ao tráfico internacional de entorpecentes, 90% dos casos são praticados por mulheres.
A faixa etária das detentas, em todo o País, varia de 20 a 30 anos. Os números são da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e foram divulgados recentemente pelo jornal A Tarde.

MULHERES SÃO AS QUE MAIS APLICAM GOLPES CONTRA A PREVIDÊNCIA
Quase a totalidade de crimes contra a Previdência no Brasil é cometida por quadrilhas lideradas por mulheres. Até o início do ano 2000, esse tipo de crime tinha mais de 90% de participação masculina.
Como consequência da inserção feminina no mundo da criminalidade, pesquisas têm mostrado que, apenas nos últimos cinco anos (de 2005 a 2010), o número de mulheres encarceradas subiu de 3% para 6%. Do total de presos em delegacias e penitenciárias brasileiras, estimado em 420 mil detentos, existem atualmente 26,2 mil mulheres.

FIM DO “ESTEREÓTIPO DO CRIME”
Quanto ao perfil das mulheres criminosas, a maioria tem entre 18 e 24 anos e é da cor branca (cerca de 30%, contra 10% da raça negra). Apenas pouco mais de 3% são analfabetas e mais de 30% têm apenas o ensino fundamental incompleto. As que concluíram a 8ª série são apenas 10% e as que possuem ensino superior não representam nem 0,5% da população encarcerada. Os dados são do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça.

terça-feira, 24 de maio de 2011

KIT ANTI-HOMOFOBIA


MEC COMEÇA A DISTRIBUIR KIT ANTI-HOMOFOBIA EM MAIS DE 6 MIL ESCOLAS PÚBLICAS A PARTIR DO SEGUNDO SEMESTRE
COM CUSTOS QUE SUPERARÃO R$ 1,5 MILHÃO, MATERIAL GERA POLÊMICA AO CONTAR HISTÓRIA DE RICARDO, QUE SE APAIXONA POR COLEGA DE ESCOLA E EXIGE SER CHAMADO DE BIANCA

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com entidades ligadas aos direitos LGBTs, produziu um kit de material educativo que será distribuído oficialmente para os professores de 6 mil escolas públicas a partir do segundo semestre de 2011. O projeto, batizado informalmente de “kit anti-homofobia”, é uma das ações do programa federal “Escola sem Homofobia” e tem como principal objetivo promover os Direitos Humanos no que diz respeito à diversidade sexual e criar um ambiente escolar menos homofóbico, que consequentemente se estenderá fora dela, na sociedade.

O KIT

Destinado ao Ensino Médio, o kit é composto de caderno, pôster, carta ao gestor da escola, seis boletins (boleshs) e cinco vídeos. O caderno, considerado peça-chave do material, é um livro de 165 páginas, no qual o educador encontra referências teóricas, conceitos e sugestões de atividades e oficinas para trabalhar o tema da diversidade sexual.


“MEU NOME É BIANCA”
(Ricardo, de 14 anos, personagem de uma história que compõe o ‘kit’, se dirigindo à professora durante à chamada)

Criado por uma equipe multidisciplinar, o kit completo levou cerca de dois anos para ser pesquisado, construído e validado e custará aos cofres públicos mais de R$ 1,5 milhão.

ROMANCE NO BANHEIRO
Na principal história que listra o caderno “anti-homofóbico”, um garoto de nome Ricardo, de 14 anos, certa hora vai ao banheiro da escola urinar e encontra um colega seu. Enquanto ele urina, Ricardo dá uma olhada para o lado e se apaixona pelo garoto, que também está urinando. Em outro episódio, Ricardo, quando atende à chamada do professor na escola, fica constrangido, pois não quer mais ser chamado de Ricardo, e sim de “Bianca”.

LESBIANISMO EM PAUTA
O comportamento de duas meninas lésbicas de aproximadamente 13 anos de idade é posto como exemplar em uma outra história, o que também tem gerado polêmica entre os opositores do projeto do MEC. Na “trama” que ilustra o lesbianismo, discute-se a profundidade que a língua de uma menina deve entrar na boca da outra ao realizar o beijo lésbico.

OPOSITORES VEEM INCONSTITUCIONALIDADE NO ‘KIT’
A decisão de lançar um kit anti-homofóbico nos moldes como os sugeridos pelo MEC, de acordo com os opositores, fere explicitamente alguns artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma vez que o material pode constranger profundamente alguns alunos criados em famílias mais conservadoras.
Como exemplo são citados o artigo 17, que afirma que “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais” e o 18: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.

TRECHOS DA CARTILHA ANTI-HOMOFÓBICA
“Me lembro do primeiro dia em que fui à escola com as unhas pintadas de vermelho. Zoaram tanto comigo que eu não fui à escola no dia seguinte.” (Ricardo).
“Aquelas roupas de menino, aquele cabelo... Não tinham nada a ver comigo.” (Idem).
“Me sinto bem assim, como hoje, sendo chamado pelo nome de minha atriz preferida: Bianca.” (Idem).
“ Sofri muito, e demorou muito para as pessoas começarem a me aceitar.” (Idem).
“Sendo a Bianca, eu deveria usar o banheiro feminino, mas geralmente não me deixam. Por que não, se eu me sinto mulher? Aliás, esse ‘lance’ de banheiro já deveria estar superado.” (Idem).
“Eu gosto de estudar, e sou boa aluna. Só fiquei de recuperação uma vez.” (Idem).

segunda-feira, 23 de maio de 2011

EM BUSCA DO PAR IDEAL




BUSCA INCESSANTE PELO PARCEIRO IDEAL ALIADA A FRUSTRAÇÕES AMOROSAS SEVERAS E CONSTANTES PODEM DESENCADEAR DOENÇAS FÍSICAS GRAVES, COMO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

A expressão popular “morrer de amor” nunca esteve tão atual quanto agora. Isso porque médicos e pesquisadores andam preocupados com o aumento de casos de doenças físicas decorrentes do estado afetivo das pessoas. Hoje se sabe, por exemplo, que a frustração amorosa, a angústia por um grande amor perdido ou a dor sentida por quem nunca encontrou seu par ideal podem ser responsáveis por quadros de infarto e outras sérias complicações cardíacas.
MULHERES SÃO MAIS SENSÍVEIS AO PROBLEMA E REPRESENTAM DOIS TERÇOS DOS CASOS JÁ REGISTRADOS
Estudos japoneses que procuram relacionar doenças físicas ao estado emocional sugerem que dois terços dos pacientes que já apresentaram alguma complicação do tipo são mulheres na faixa pós-menopausa, que passaram por eventos emocionais fortemente negativos ou por grande estresse físico. Os estudos mostraram também que, mesmo quando a angústia aguda não desencadeia complicações físicas graves, elas podem causar sintomas praticamente idênticos aos de um ataque cardíaco.
ÓBITOS REPRESENTAM MENOS DE 2% DOS CASOS; NO GRUPO DE RISCO ESTÃO PESSOAS COM ALGUM PROBLEMA CARDÍACO CRÔNICO ANTERIOR
Quadros mais graves somente se agravam radicalmente em cerca de 20% dos casos, exigindo os mesmos cuidados de emergência que um ataque cardíaco. Nos outros 80%, principalmente quanto o atendimento é rápido, a totalidade dos pacientes que superam as primeiras 48 horas sobrevive e tem recuperação total, sem sequelas. Óbitos decorrentes da angústia amorosa são os mais raros, não representam nem 2% dos casos e, geralmente, acometem aqueles que já apresentavam algum problema cardíaco crônico.

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