domingo, 23 de março de 2014

Vidas interrompidas

A morte não escolhe dia, nem hora, nem lugar. O que você faria se tivesse apenas mais alguns minutos de vida?

Você sabe onde vai estar amanhã? No último dia 7 de março, 239 pessoas embarcaram no voo MH370, da Malaysia Airlines, que partiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Passageiros e tripulantes acreditavam que estariam na capital da China em poucas horas.
No entanto, o rumo dessas pessoas se transformou em um dos maiores mistérios da aviação mundial. Até o fechamento desta edição, ninguém sabia ao certo o que havia acontecido com os cidadãos de 15 nacionalidades que estavam a bordo, entre eles uma delegação de 19 artistas chineses. Para familiares que aguardavam os entes queridos restaram dor e muitas dúvidas.
O desespero tomou conta de todos no Aeroporto Internacional de Pequim. Uma apreensão parecida com a que familiares e fãs sentiram ao saber da reviravolta na vida do ex-piloto Michael Schumacher, um dos maiores campeões da história da Fórmula 1. O alemão, de 45 anos, sofreu uma lesão grave na cabeça em um acidente de esqui nos Alpes franceses, em 29 de dezembro. Há quase três meses, a vida do campeão está, de certa forma, suspensa: ele permanece internado em um hospital francês, em coma. Schumacher não pôde comemorar o próprio aniversário e os médicos não sabem quanto tempo levará até que ele se recupere. O fato é que, desde o fim de 2013, ele está ausente do cotidiano: não fala, não come sozinho e não se comunica com a esposa e os dois filhos de 14 e 16 anos de idade. Nem se sabe quando e se irá acordar.
Inesperado
Acidentes que interrompem vidas sempre chocam por causa da imprevisibilidade. Tragédias não escolhem dia nem local para ocorrer. No Brasil, dois desastres também abalaram o País. Em 2007, 199 pessoas morreram de forma abrupta quando um avião da TAM se chocou contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Entre os mortos estavam todos os passageiros, 11 funcionários que trabalhavam no prédio e um taxista que estava perto do local. Em junho de 2009, um avião da Air France que fazia o trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris caiu no oceano Atlântico. Todos os 228 ocupantes morreram. Eram médicos, psicólogos, gerentes, músicos, pesquisadores e outros tantos profissionais de diversas nacionalidades que tiveram as vidas cessadas.
O que aqueles passageiros deixaram de fazer antes de embarcar? Quais planos foram interrompidos? Quantas perguntas ficaram sem resposta? No caso do voo da Malaysia Airlines, autoridades e responsáveis pela investigação trabalham para desvendar o que aconteceu com a aeronave. Mas talvez uma incógnita permaneça para sempre: o que passou pela cabeça dos passageiros ao perceberem que havia um problema com o avião? Só quem já esteve em uma situação parecida pode explicar como é a experiência de chegar tão perto da morte.
Vida por um fio













Há quatro anos, a vida do cinegrafista Alexandre Silva de Moura, o “Borracha”, esteve em risco após um acidente de helicóptero. O profissional se preparava para fazer uma participação ao vivo na Rede Record quando o comandante Rafael Delgado Sobrinho, que pilotava a aeronave, avisou que havia uma pane no rotor da cauda. “A aeronave deu um tranco. O Rafael não conseguia estabilizá-la”, relembra.
O problema ocorreu por volta das 7h da manhã, na região da Marginal Pinheiros, em São Paulo. Centenas de carros, casas e prédios do local poderiam transformar um pouso de emergência em uma verdadeira tragédia. A alternativa do comandante foi procurar um lugar mais seguro.
Ele não tinha muito tempo: foram apenas 7 minutos até a queda. “Estávamos em uma situação muito complicada. A única coisa que me restou foi pedir proteção a Deus”, conta Alexandre. O helicóptero girou algumas vezes até chegar ao chão. Estava a uma altura de 150 metros.
Pouco antes de a aeronave cair na pista de corrida do Jockey Club, “Borracha” lembra que conversou com o amigo Rafael sobre o ciclo da vida. “Ele tinha perdido o pai e estava abalado. Eu disse que aqui nessa vida a gente está para contar nossa história, assim como o pai dele fez. Falei que cada pessoa precisa escrever a própria vida da melhor maneira possível, pois a única certeza que temos é que a morte é inevitável”, revela.
O curioso é que “Borracha” só participou daquele voo porque, na noite anterior, o cinegrafista escalado para a tarefa disse que não poderia trabalhar por causa de um problema pessoal. Sem hesitar, ele topou substituir o colega.
Mudança














Após 15 dias em coma, “Borracha” acordou confuso, sem conseguir se mexer ou falar. O acidente havia deixado muitas marcas: todas as costelas quebradas, fratura em cinco vértebras da coluna lombar e no maxilar superior. Ele ainda sofreu com uma hemorragia, que só não foi fatal por causa do sucesso de uma delicada cirurgia, feita poucas horas depois do resgate.
“Graças a Deus minha medula espinhal não foi atingida. Por três milímetros não fiquei em uma cadeira de rodas para sempre”, conta. Rafael, no entanto, morreu na hora. “Borracha” acredita que sobreviveu por causa do trabalho dos médicos e da perícia do comandante, que fez uma manobra para evitar a explosão do helicóptero. Ele assegura que também teve uma ajudinha divina: “Ali eu reconheci quanto a gente necessita de Deus e que Ele tinha me dado uma nova chance”.
“Borracha” ainda fez cirurgia na coluna, lutou para recuperar os movimentos e passou por uma depressão. “Não via mais graça na vida. Eu costumava me perguntar por que eu fiquei e o Rafa não”, avalia. Com o apoio dos pais e dos dois irmãos, ele conseguiu reencontrar forças para lutar, retomou o tratamento e fez terapia. Aos 41 anos, “Borracha” garante que sua vida mudou. “Fiz uma revisão dos meus valores, abandonei o que me fazia mal. Hoje vivo um dia de cada vez”, conclui.
Missão cumprida







Em 5 de setembro de 2009, muitos sonhos da família da radialista Andrea Moreira Alves foram interrompidos. Naquela data, um acidente inesperado de trânsito havia tirado a vida do patriarca. Ailton tinha 44 anos e era motorista.
“Era a primeira vez que meu pai trabalhava naquele horário e deveria retornar bem cedo para casa, mas ele não chegava. Minha mãe começou a ficar desconfiada por volta das 7h30”, relembra Andrea. Uma amiga da família ligou para confirmar que o pior tinha acontecido.
Andrea teve uma crise nervosa. O irmão dela, Anderson, de apenas 15 anos, ficou revoltado e deu murros descontrolados em alguns objetos da casa. A mãe deles, Ana, não conseguia mais falar. Os três anos seguintes foram difíceis. “Minha mãe ligava para o celular do meu pai só para ouvir a voz dele na caixa postal. Meu pai era jovem, forte, saudável. Para nós, ele era imortal”, afirma.
Hoje, a família se inspira no exemplo de amor ao próximo que Ailton deixou para seguir em frente. “Ele era um excelente pai, marido, funcionário, amigo. Ele vivia a palavra de Deus dentro e fora da igreja, ajudava quem estava sofrendo, valorizava a família, amava sem esperar nada em troca. Ele conseguiu fechar um ciclo. Entendo que meu pai está bem, ele teve um encontro com Deus”, resume.
Aos 30 anos, Andrea é casada e tem uma filha de 4 anos. “Faço questão de estar cada vez mais perto da minha família e não tenho medo de dizer eu te amo. Não sei até quando vamos estar aqui”, acrescenta.
Sem arrependimentos
Dizem que a única certeza que temos na vida é a certeza da morte. Isso vale para todo ser humano, não importa classe social, crença, nacionalidade ou idade. A vida é, sim, limitada. Para uns, ela se estende por 70, 80, 90, 100 anos. Outros morrem de forma inesperada. Não se sabe quanto tempo restará para realizar todas as metas traçadas para a vida pessoal e profissional. O importante é fazer o melhor em todos os momentos e perseguir seus sonhos enquanto houver vida.
Mas e quando a morte chegar? Deixaremos de existir ou passaremos a viver em outro lugar? Aliás, há vida após a morte? A Bíblia, texto sagrado para o Cristianismo e livro mais vendido dos últimos 50 anos, segundo pesquisa do escritor inglês James Chapman, afirma que há, sim, vida eterna.
Isso é confirmado na história de um homem que havia enriquecido e tinha certeza de que viveria por muitos anos. Mas ele tem uma surpresa ao descobrir que toda aquela riqueza acumulada talvez não pudesse ser desfrutada. “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”, diz Lucas 12.20. No texto, Deus alerta as pessoas a não viverem a vida na certeza da longevidade, mas com a possibilidade da morte a qualquer momento. Ou seja, cada ser humano precisaria se preparar também para a morte e para o que pode acontecer depois dela.
Não é possível controlar quando se nasce nem quando se morre. Mas cada ser humano pode decidir onde quer passar a eternidade. É o que milhões de pessoas têm feito nas reuniões da “Noite da Salvação”, que acontecem todas as quartas-feiras na Universal (veja os endereços na pág 20). Elas aprendem como viver cada dia como se fosse seu último. E o mais importante: sem medo da morte.



UNIVERSAL NA FUNDAÇÃO CASA























Neste último domingo  na unidade da Fundação Casa em Franco da Rocha os voluntários da IURD realizaram um evento para os familiares e internos.




























 Na oportunidade foram efetuadas as seguintes prestações de serviços: cabeleireiros (cortes de cabelo e escovas), manicure, maquiagem. Os funcionários também puderam desfrutar destes benefícios e mudaram o visual.










































Foram realizadas palestras sendo os temas : "Começar de 
Novo" com a palestrante Ana Maria informando que se cometemos algo errado devemos começar de novo, nos dar esta chance, pois todo ser humano tem um grande potencial dentro de si."Prevenção de Drogas" com a palestrante Marta Alves, que levou os internos a reflexão sobre os malefícios causados pelas drogas e que os mesmos tem o direito de escolha e dizer NÃO ás drogas. Esse tema causou um grande interesse pelos internos, que participaram com perguntas e sugestões para deixar a dependência química
























O pastor Geraldo Vilhena coordenador de evangelização nas unidades da Fundação Casa de São Paulo orou pelos internos e esclareceu sobre nossas emoções. Que muitas das vezes cometemos um erro por que não sabemos nos conter, e que o resultado nos leva a pagar um preço muito caro. Mas quando temos uma comunhão com Deus, o Espírito Santo nos ajuda a controlar estes instintos e passamos a viver uma vida de alegria.A coordenadora Salma ficou satisfeita com o evento e relatou que este tipo de iniciativa reflete nos internos, pois eles começam a mudar o comportamento acreditando que eles são capazes de mudar a situação de suas vidas (auto-estima)





































Foi distribuido pipocas, algodão doce, refrigerantes e sorvetes para os internos e famílias. Tudo isto num clima de muita alegria e satisfação. 


























































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