terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Um basta na mentira


Pais buscam ajuda na EBI para que filhos parem de mentir. Psicólogo ressalta importância de se falar a verdade

redacao@folhauniversal.com.br
Leônidas Gomes de Andrade, de 10 anos, tinha uma mania bastante comum entre as crianças e que deixava a mãe, Josélia Maria, 40 anos, muitas vezes em situação embaraçosa. Na idade de 2 para 3 anos, o garoto não parava de mentir. Inventava várias histórias para fugir de responsabilidades, tanto em casa como na escola e entre familiares. Para piorar, era teimoso e não obedecia aos pais.

“Eu não entendia o porquê das mentiras. Não adiantava conversar com ele, pedir para parar de inventar histórias. Não conseguia me impor e aquilo me angustiava muito. Ele não gostava de estudar e dizia que adiantava o dever de casa na escola só para não fazer”, conta Josélia, que vivia deprimida com as mentiras do filho. Até que um dia uma vizinha a aconselhou a levá-lo à Educação Bíblica Infanto-juvenil (EBI).

“Tudo mudou logo no primeiro domingo. Fiquei maravilhada. Vi a mudança ao chegar e ao sair da EBI. Ele foi mudando. A mentira acabou, ele ficou mais obediente, mais prestativo em casa. Ele mesmo disse que estava diferente. A transformação do meu filho reforçou a minha permanência na Igreja”, observa.

A técnica de enfermagem Luciana Nunes Gabriel, de 34 anos, não suportava mais as mentiras do filho Fabiano Gabrielo de Azevedo, na época com 5 anos. A criatividade para mentir evoluía a cada dia, a ponto de inventar a morte da avó para disfarçar a dificuldade que estava tendo para entender a explicação da professora. “Foi a maior vergonha de minha vida. Foi um dia horrível. Fiquei chocada quando a professora me chamou a atenção por não ter comentado nada sobre a morte da avó do Fabiano. Cheguei a chorar. Foi quase uma depressão, não sabia mais o que fazer. No dia seguinte, uma amiga me aconselhou a colocá-lo na EBI. Lá ele conheceu a Palavra de Deus e nunca mais mentiu”, relata Luciana.

Segundo o psicólogo Jose Mauro da Costa Pereira (www.marisapsicologa.com.br), as crianças aprendem a se comportar no contexto do lar, na escola, no seu relacionamento com outras pessoas. Ele destaca que, dos 4 aos 5 anos de idade, algumas tendem a confundir realidade com fantasia. 

“Os pais devem buscar diferenciar esse comportamento, lembrando que crianças mais velhas podem usar a mentira para fugir de responsabilidades, castigos ou culpa. A atitude dos pais é enfatizar a importância de se falar a verdade, inclusive com exemplos pessoais, e ensinar que a mentira pode trazer prejuízos para a própria criança ou a terceiros. Se a mentira se tornar um comportamento usual, deve-se buscar a ajuda de um profissional para uma avaliação psicológica”, orienta.

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