COM RELAÇÃO A TRANSTORNOS EMOCIONAIS DECORRENTES DE
OUTRAS CAUSAS, SITUAÇÃO SE AGRAVA, METADE DA POPULAÇÃO DO PLANETA (3,5
BILHÕES) É ATINGIDA POR ELES
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que
quase metade da população mundial, o equivalente a cerca de 3,5 bilhões
de pessoas, sofra de algum distúrbio de cunho emocional e que outros 400
milhões sejam vítimas da depressão, a mais comum das desordens
psíquicas. Com isso, o consumo de medicamentos psicoativos em países
como Estados Unidos já superou o de remédios para a redução de peso e de
colestorol.
Também nos Estados Unidos foi verificado que, entre
1987 e 2007 o número de crianças diagnosticadas com algum tipo de
transtorno de ordem psíquica aumentou 35 vezes. Na população adulta esse
aumento foi de duas vezes e meia. Hoje, portanto, 10% dos americanos
com mais de seis anos de idade tomam algum tipo de psicotrópico,
especialmente os antidepressivos.
Na América Latina o cenário pouco muda, e as vítimas
da depressão somam 24 milhões, sendo que 60% dos casos de suicídio
registrados no continente envolvem pessoas desse universo, e é o sexo
masculino o mais atingido. Os homens depressivos morrem quatro vezes
mais por suicídio do que as mulheres, embora as estatísticas mostrem que
elas cometem mais tentativas que eles.
ANSIEDADE ATINGE 1,75 BILHÃO NO MUNDO
Depois da depressão, os transtornos de ansiedade,
como fobias, transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) e pânico são os
mais freqüentes. Eles atingem 25% da população mundial (cerca de 1,75
bilhão).
Todas essas enfermidades são capazes de limitar a
vida cpor completo. Há inúmeros relatos de portadores de distúrbio de
ansiedade, por exemplo, que dizem ter perdido quase tudo para o
transtorno: o emprego, uma grande proposta de trabalho, amigos e até
mesmo o casamento. Para os médicos, isso acontece porque, apesar de
essas doenças estarem cada vez mais presentes na vida das pessoas, elas
ainda despertam muito preconceito, o que leva o doente a sofrer calado,
piorando a situação.
PRECONCEITO
A maioria dos que sofrem com depressão ou outro
distúrbio psíquico qualquer se recusa a se tratar, seja por meio de
psicoterapia, seja tomando remédio. Esses, de acordo com os
psiquiatras, devem praticar exercício físico com regularidade (melhora o
humor e a autoimagem) e aumentar o número de atividades diárias capazes
de lhes dar prazer. A comunidade médica também é unânime ao afirmar que
cultivar uma crença e cuidar da "alma" responsavelmente proporciona
resultados tão bons (senão melhores) que os obtidos por meio da
medicação tradicional.
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