quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ESCRAVOS DAS EMOÇÕES.

Muitas pessoas recorrem à “voz do coração” para tomar decisões importantes e, com isso, logo surge a dúvida se esta é a atitude mais acertada


Em setembro do ano passado, o professor universitário Rendrik Vieira Rodrigues, de 35 anos, foi acusado de matar a estudante Suênia Sousa Farias. Segundo informações do processo, o suspeito teria confessado o crime, no qual a motivação teria sido o fim do relacionamento que durou 3 meses, período em que ela esteve separada do marido. De acordo com a Polícia Civil, o professor disse em depoimento que alvejou a ex-namorada com três tiros. Após o crime, ele levou o corpo até a 27ª Delegacia de Polícia de Recanto das Emas, na periferia do Distrito Federal, e se entregou. Em entrevista, o delegado Ulysses de Oliveira Campos disse que Rodrigues afirmou que tudo aconteceu no ímpeto, durante uma discussão. O professor responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. A pena prevista é de 12 a 30 anos de prisão.

Casos como o relatado têm sido cada vez mais comuns nos dias atuais. Movidos por um sentimento de perda, pessoas que jamais deram a impressão de serem violentas acabam se deixando levar pelas emoções passageiras e cometem atos impensados, onde as
conseq
uências são duradouras. Para Maria Luiza Bustamante, chefe do serviço de psicologia aplicada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em todos os relacionamentos afetivos, não há como se ter garantias, e a única certeza é de que há possibilidades.

“Em tudo o que se refere a emoções e sentimentos, nós temos probabilidades. A única coisa que realmente oferece mais certezas é o lado negativo. Por exemplo, se a pessoa diz que gosta da outra, mas maltrata, bate, destrata e diz desaforos, então os fatores negativos são tão presentes e em tanta quantidade que não vale a pena arriscar. Se ela age com a emoção tem mais probabilidade de dar errado”, afirma.


Maria Luiza salienta que quando o ser humano age baseado na emoção a possibilidade de dar certo é quase a mesma de quem espera pela sorte. “Lógico que a probabilidade é de não dar certo. Isso porque emoção e sentimento no ser humano é algo muito volátil e, em geral, as pessoas são muito volúveis. Quando se une emoção e sentimento, é dificílimo ter um mínimo de certeza. Qualquer coisa que envolve sentimentos não tem garantia de sucesso”, assegura.

Diferença entre razão e emoção

Para o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), ao agir pela razão, o ser humano tem a capacidade de estabelecer relações lógicas para raciocinar, entender e julgar as informações enviadas pelos sentidos e pelas emoções. “A razão dá acesso aos conhecimentos e faculta o livre direito de escolha entre o bem e o mal, mas, com a interferência da emoção, o homem pode perder sua capacidade de decisão correta”, afirma.

No caso das pessoas que agem pela emoção ao tomar decisões na área afetiva, o bispo esclarece que o ser humano, quando está perdidamente apaixonado, não consegue usar a capacidade de raciocínio para avaliar e julgar se o sentimento obsessivo justifica o comportamento cego.

“Tanto é assim que muitos se suicidam, outros têm cometido assassinatos, ou os dois, em virtude de uma paixão desenfreada ou do orgulho ferido. Quando os sentimentos do coração ocupam o lugar da razão e tomam decisões, a vida se torna literalmente um inferno.”

O bispo explica ainda que a fé dá equilíbrio na relação razão-emoção. “Aquele que vive pela fé não permite que a emoção ultrapasse os limites da razão, tampouco que esta fique na responsabilidade total do viver. A plenitude da vida começa na coordenação harmoniosa da fé, razão e emoção. Isto somente é possível pelo exercício da fé sobrenatural, pois ela tanto dá segurança à razão, como controla os impulsos da emoção quando a fé não é cega”, finaliza.

Doenças ligadas à emoção

Um comentário:

  1. O bispo já disse tudo que precisaria ser dito. A plenitude da vida está no equilíbrio da razão-emoção-fé. A razão é capaz de julgar os atos. A emoção deve estar sempre sobrepujada à razão. A fé racional está apoiada pela razão, em situações bem definidas pelo intelecto. E o sentimento? O sentimento provém do coração, tanto os bons quanto os maus. O que fazer? É necessário ter domínio próprio. É difícil? Depende do ponto de vista. Mas isso é uma outra história ... Deus abençoe a todos.

    Lourdes,
    Jd. Novo Sto. Amaro

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